Serie A

Review da temporada: Parma

Nesta temporada, foi difícil parar Giovinco. O Formiga Atômica foi um dos melhores jogadores da Serie A e levou o Parma a um ano confortável, com direito a recorde (Getty Images)

A campanha: 8ª colocação, 56 pontos. 15 vitórias, 11 empates e 12 derrotas
Ao final de 2011: 13ª colocação
Fora da Serie A: Eliminado na quarta fase da Coppa Italia pelo Verona
O ataque: 54 gols
A defesa: 53 gols
Time-base: Mirante; Zaccardo, Paletta, Lucarelli; Biabiany, Valiani, Morrone (Valdés, Mariga), Galloppa, Gobbi (Modesto); Giovinco, Floccari
Os artilheiros: Sebastian Giovinco (15 gols), Sergio Floccari (8) e Jonathan Biabiany (6)
Os onipresentes: Jonathan Biabiany (38 jogos), Sebastian Giovinco (36) e Cristian Zaccardo (35)
O técnico: Franco Colomba, da 1ª à 17ª rodada e Roberto Donadoni, da 18ª em diante
O decisivo: Sebastian Giovinco
A decepção: Raffaele Palladino
A revelação: Gabriel Paletta
O sumido: Raffaele Palladino
Melhor contratação: Jonathan Biabiany
Pior contratação: Gonçalo Brandão
Nota da temporada: 7,5

A temporada parmiggiana é facilmente dividida em duas: a primeira parte, com Franco Colomba, era de muita vulnerabilidade na defesa e de atuações muito irregulares. A equipe beirava a zona de rebaixamento, mesmo com boas atuações de Giovinco. Após a saída do técnico toscano e a chegada de Roberto Donadoni, muita coisa mudou. O esquema, frequentemente 3-4-3 ou 4-4-2, mudou de vez para o 3-5-2, dando mais equilíbrio à equipe e mais liberdade ao Formiga Atômica. No comando do ataque, Floccari continuava responsável por fazer o pivô e puxar a marcação para que a estrela do time jogasse mais solta. E, por vezes, permitia também que Biabiany jogasse mais solto, explorando sua velocidade – sobretudo após a chegada de Jonathan, que fez bons jogos. A fórmula engrenou principalmente nas últimas rodadas do campeonato, quando o Parma conseguiu sete vitórias consecutivas, estabelecendo seu recorde histórico de triunfos.

A veloz e habilidosa dupla formada por Giovinco e Biabiany deu liga. O italiano, provável peça-chave no time de Cesare Prandelli na Euro, foi um dos melhores jogadores do campeonato, sempre resolvendo partidas a favor dos crociati, seja com assistências ou golaços – como o marcado contra o Siena. Giovinco, ao lado de Miccoli, foi o único jogador na Serie A a alcançar duas casas de numerais seja nos gols, seja nas assistências: ao todo, foram 15 gols e 12 bolas para  companheiros deixarem os seus. Tão importante quando o Formiga Atômica, Biabiany recuperou o futebol na sua volta a Parma e participou diretamente de 10 gols emilianos.

Na defesa, o grande destaque vai para o zagueiro Paletta. Já com 26 anos, o argentino voltou à Europa – teve uma passaca pelo Liverpool, em 2006-07 – sem grandes perspectivas, mas se firmou como um  dos pilares da zaga do Parma, sendo importante na marcação, mas também no ataque: marcou quatro gols em jogadas de cruzamento na área. Zaccardo, que havia sido brilhante na última temporada, caiu um pouco, mas manteve a média. Quem sumiu de vez foi o meia-atacante Palladino, que parece ter sucumbido de vez aos problemas físicos, cada vez mais frequentes. Para ele, a solução é procurar uma equipe menor. Para o Parma, se livrar desses refugos e seguir bem no mercado é a chave para voltar a ser uma força do médio escalão italiano. Os resultados vão dando razão ao presidente Tommaso Ghirardi.

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