Seleção italiana

Em busca do bi

Com boa participação de Éder, Darmian e Verratti a Itália garantiu vaga para a Euro 2016 (Reuters)

“Missão cumprida”. Foi o que muitos disseram após a partida em Baku. Depois de seis jogos, a Itália finalmente está classificada para a Euro 2016, depois de superar o Azerbaijão fora de casa, em boa atuação do time de Conte. Com isso, a Squadra Azzurra vai em busca do bicampeonato da competição – curiosamente, a Itália só faturou a Euro uma vez, em 1968.

Na verdade, foi uma das poucas vezes que o selecionado italiano em campo pode ser chamado de time. Coerente, equilibrado e organizado, os azzurri entraram em campo com uma ideia clara de jogo, executando bem a ideia de Conte e, assim, colhendo os frutos com bom jogo, talvez o melhor desde que o ex-treinador da Juventus assumiu o comando da Nazionale.

A Itália fez uma experiência no 4-3-3, em que já tinha demonstrado alguma melhora, e havia abandonando o 3-5-2 consagrado nos tempos de Conte na Juventus. Dessa vez a Nazionale partiu de um 4-4-2 simples, mas muito bem orquestrado. Ora marcando alto, com pressing agressivo, ora marcando baixo, mostrando a boa defesa posicional italiana, o time sempre esteve muito compacto, com os três setores próximos, formando, de fato, uma unidade.

Líder em chutes totais e no gol, acerto nos passes, dribles, duelos aéreos, desarmes e interceptações, o time de Conte controlou o jogo à sua maneira. Isso incluiu também jogar sem a bola, mesmo que a Itália tenha terminado com menor posse de bola, resultado também de um Azerbaijão ordenado e surpreendemente técnico, treinado por Prosinecki, craque croata dos anos 90.

A partida também consagrou individualmente alguns jogadores, como Verratti, o maestro do time, melhor em campo, assim como os participativos Candreva e El Shaarawy pelas pontas. Mas fortaleceu principalmente Éder. O ítalo-brasileiro da Sampdoria segue sua evolução pela seleção, conquistando a confiança de Conte, e dessa vez fez o gol que abriu o placar, chegando perto de outro e participando de outro. O centroavante Pellè, apesar de não ter tido participação direta nos gols, também segue crescendo, tendo grande peso nos ataques italianos.

Os gols: o primeiro veio aos 11 minutos, quando Éder recebeu belo lançamento de Verratti e se antecipou para vencer o goleiro; aos 31 minutos aconteceu o empate dos donos da casa, quando, após bola longa, Bonucci errou no bote pelo alto e Nazarov finalizou o passe de Gurbanov. Só que a Itália fechou o primeiro tempo com a vantagem. Aos 43 minutos, em ataque rápido todo orquestrado pelos atacantes italianos, Pellè fez o pivô e assistiu a enfiada de bola de Éder para a descida de Candreva: na cara do gol, o camisa 6 rolou para El Shaarawy completar para as redes. Aos 65 minutos, a Squadra Azzurra fechou o placar, em uma jogada fruto do pressing. Darmian recuperou a bola e chutou firme de fora da área para decretar o placar final.

Classificada, a Itália voltará a jogar na terça-feira, contra a Noruega, em Roma, onde não joga desde agosto de 2013. Um empate classifica os nórdicos e complica a vida da Croácia, terceira colocada e punida por causa de atos neonazistas de torcedores.

Azerbaijão 1-3 Itália
11′ Éder (Verratti), 31′ Nazarov (Gurbanov), 43′ El Shaarawy (Candreva), 65′ Darmian

Azerbaijão (4-1-4-1): Agayev; Medvedev, Hüseynov, F. Sadygov, Dashdemirov; Garayev; Ismayilov (Mirzabekov 91′), Eddy (A. Sadygov 66′), Amirguliyev, Nazarov; Gurbanov (Erat 74′). T: Robert Prosinecki

Itália (4-4-2): Buffon; Darmian, Bonucci, Chiellini, De Sciglio; Candreva (Montolivo 88′), Verratti, Parolo, El Shaarawy (Florenzi 74′); Éder (Giovinco 79′), Pellè. T: Antonio Conte

Local: Estádio Nacional, Baku, Azerbaijão
Árbitro: William Collum (Escócia)

Cartão vermelho: 88′ Badavi Hüseynov (Azerbaijão)
Veja os melhores momentos da partida.
Compartilhe!

Deixe um comentário