Liga dos Campeões

Liga dos Campeões: balanço e primeiras impressões das oitavas de final

Allegri e Garcia terão enorme desafio no mata-mata da Champions (Calcio e Finanza)

As duas equipes italianas trilharam caminhos bem diferentes na fase de grupos da Liga dos Campeões. Em um grupo difícil, a Juventus conseguiu chegar na última rodada já classificada. Já a Roma, por pouco não viu sua classificação ser arrancada do Estádio Olímpico pelo BATE Borisov. Mas as diferenças se foram e a partir de agora o caminho dos rivais nacionais é bem parecido, já que enfrentam dois dos maiores postulantes ao título. Os bianconeri encaram o Bayern de Munique e os giallorossi pegam o Real Madrid. E é pensando nesses duelos que fazemos um balanço da fase de grupos e projetamos as primeiras impressões dos jogos das oitavas.


Juventus

Boas impressões: diante de um começo de temporada bem nebuloso, na Liga dos Campeões a equipe de Allegri evoluiu e mostrou um ótimo poder de reação e a antiga capacidade de suportar pressão sem esmorecer. Houve também o despertar de Pogba e o encaixe gradativo de algumas peças, como Alex Sandro e Dybala.

Pontos negativos: A queda de rendimento de Morata ligada à individualidade e à falta de pontaria, e a incerteza quanto a escalação do meio-campo

Como bater o Bayern: Para começar, torcendo para que os problemas de lesões do time alemão continuem a pleno vapor. O duelo começa apenas em fevereiro, mas para se ter uma ideia da fase do rival, no momento a lista de baixas inclui Götze, Ribéry, Benatia, Alaba, Thiago e Bernat.

Uma arma interessante seria o uso da velocidade diante de uma defesa exposta e avançada, como fez o Borussia Mönchengladbach na vitória sobre o Bayern na Bundesliga, mas isso a Juventus não tem. Seria injusto montar um esquema voltado para isso colocando 90% da responsabilidade em Dybala e Cuadrado.

Embora faça muitos gols, o Bayern de Munique ainda conta com uma deficiência nos remates de média e longa distância, o que tem que ser explorado pela Juventus. E todo cuidado é pouco para deslocamentos e trocas de posições no time de Guardiola. Todos são capazes nestes quesitos no setor ofensivo, mas as personificações disso são Douglas Costa e Müller. Uma preocupação nesse ponto é a falta de concentração de Pogba para acompanhar a marcação em alguns momentos do jogo. Se o francês não ficar de olho nas subidas de alguns adversários que busquem tabelar com os pontas bávaros, um abraço.


Roma

Boas impressões: um dos meios-de-campo mais técnicos da Europa quando atua com De Rossi, Nainggolan e Pjanic – o bósnio, inclusive, vive a melhor fase da carreira; Florenzi também mostrou grande amadurecimento.

Pontos negativos: Não há evolução no trabalho de Garcia e pode ser que em fevereiro ele nem seja o treinador contra o Real Madrid. O setor defensivo é um caos, com a falta de cobertura aos laterais e zagueiros que além de errarem na marcação não tem a menor condição de ajudar na saída de bola, deixando De Rossi sobrecarregado. Em alguns jogos a ausência de talento no banco de reservas também pesou. Além disso, o time venceu apenas um dos seis jogos e foi a segunda pior defesa – melhor apenas que o Malmö.

Como bater o Real Madrid: Embora sobre técnica aos meio-campistas da Roma, vai ser preciso uma combatividade maior no duelo contra o Real Madrid para impedir que Kroos, Modric ou Casemiro tomem conta do jogo. E para isso, contar com a solidariedade de Salah e Gervinho no primeiro combate é crucial.

Depois da surra levada diante do Barcelona, ficou nítido que adiantar a marcação não é uma boa opção. Com isso se gera muito espaço para as disparadas de Bale e Cristiano Ronaldo.

Há uma dificuldade de encontrar novas armas no time italiano que deve ser um dos foco do trabalho até fevereiro. Depender apenas da velocidade pelas pontas é complicado e contar com o pivô de Dzeko mais ainda.

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