Totti mudou o jogo mais uma vez e mantém Roma na briga pelo vice (LaPresse)
Com o título da Serie A já definido, a principal luta do fim de temporada era a por vagas na Liga dos Campeões. Esta também se encaminhou neste final de semana: com a derrota da Inter, Napoli e Roma se classificaram matematicamente para a competição, embora ainda esteja em aberto qual das duas equipes ficarão com a vaga na fase de grupos. Em termos de Liga Europa, o Sassuolo conseguiu ultrapassar o Milan e agora seca o Diavolo no Campeonato Italiano e na Coppa Italia para conseguir um feito inédito. Na parte de baixo da tabela, Frosinone, Palermo, Carpi, Udinese e Sampdoria ainda brigam para não cair. Acompanhe o resumo da 36ª rodada.
Genoa 2-3 Roma
Tachtsidis (Laxalt), Pavoletti (Rincón), El Shaarawy (Dzeko) | Salah (Perotti), Totti (De Rossi), El Shaarawy (Dzeko)
Tops: Suso (Genoa) e Totti (Roma) | Flops: Izzo (Genoa) e Maicon (Roma)
Quantas
vezes teremos de repetir a frase “no Totti, no party”? Após o jogo,
Spalletti disse que o capitão da Roma é “um diamante que não deve ser
utilizado todos os dias”, mas o fato é que o craque colocou o time
matematicamente na Liga dos Campeões e foi fundamental na arrancada do
time desde a chegada do treinador. Totti jogou somente 56 minutos nas
últimas quatro partidas da Roma, e fez quatro gols (média de um a cada
14 minutos). Seus gols significaram 8 pontos para os giallorossi.
Nesta
segunda, no Marassi, Totti entrou em campo aos 59 minutos, substituindo
Perotti – que ia bem, até. A partida estava em ritmo muito alto, e logo
no início a Roma, pressionada, abriu o placar com Salah e teve pênalti
não marcado. Por sua vez, o Genoa fez o seu com Tachtsidis, aproveitando
jogada nas costas de Macon, e virou no início do segundo tempo, em
outra falha do brasileiro. Foi aí que o capitão entrou no jogo: fez um
golaço de falta e deu outra vida ao time romano. Tanta vida que até
Dzeko apareceu bem, recebendo lançamento de De Rossi e ajeitando para El
Shaarawy virar a partida em definitivo. Outro ponto positivo para a
equipe, terceira colocada, foi a volta de Strootman ao time titular: o
holandês não começava uma partida desde janeiro de 2015.
Juventus 2-0 Carpi Hernanes (Asamoah) e Zaza (Pogba)
Tops: Pogba e Asamoah (Juventus) | Flops: Martinho e Sabelli (Carpi)
Abrindo o domingo de futebol na Itália, a Juventus fez sua primeira partida diante de seus torcedores após a conquista do scudetto. Em campo, o time fez mais do mesmo e, com muita tranquilidade, garantiu mais uma vitória e um clean sheet em casa: em 2016, a Velha Senhora não sofreu nenhum gol jogando em Turim pela Serie A.
Ponto positivo para o meio-campo formado por Pogba, Hernanes e Asamoah, que controlaram a partida e foram protagonistas nos gols: o brasileiro em assistência do ganês e o francês ajudando Zaza a marcar seu quinto gol como substituto. O Carpi, que provavelmente não contava com pontos nesta partida, perdeu a chance de se aproximar da Udinese e agora vê o Palermo com os mesmos 35 pontos. Nas rodadas finais, enfrentará a Lazio em casa e fará jogo de vida ou morte contra a Udinese no Friuli.
Napoli 2-1 Atalanta Higuaín (Hamsík), Higuaín (Callejón) | Albiol (contra)
Tops: Higuaín e Hamsík (Napoli) | Flops: Djimsiti e Diamanti (Atalanta)
O Napoli entrou em campo pressionado: minutos antes de o jogo começar no San Paolo, a Roma havia batido o Genoa e havia assumido a vice-liderança temporariamente. Debaixo de muita chuva, os azzurri enfrentariam uma Atalanta que só cumpria tabela e precisariam de pouco para recuperar o segundo posto. Deu o esperado: jogo fácil, participações fundamentais de Hamsík e Higuaín e três pontos na bagagem.
Logo nos primeiros minutos, a partida já estava encaminhada. O eslovaco, que foi homenageado antes do apito inicial pelos 400 jogos com a camisa azul, achou Higuaín na área e o Pipita abriu o placar. Os napolitanos continuaram com domínio total do jogo, e no segundo tempo acertaram o travessão com Allan, antes de o argentino fazer mais um – com 32 gols, ele é o maior artilheiro da Serie A desde 1959, e com dois jogos pela frente, ainda pode igualar ou ultrapassar Gunnar Nordahl, autor de 35 gols em 1950. A Atalanta ainda descontou, com gol contra de Albiol, mas Reina foi um mero espectador da partida.
Lazio 2-0 Inter Klose (Lulic) e Candreva (pênalti)
Tops: Keita (Lazio) e Kondogbia (Inter) | Flops: Murillo e Miranda (Inter)
A Inter 2015-16 tem muitas facetas. Assim como é o quarto time que mais venceu no campeonato, perdeu dez partidas; tem a terceira defesa menos vazada e é um dos que mais leva gols através de erros individuais; e, se é um dos times que menos faz faltas, está entre aqueles que mais jogadores expulsos teve (12). Tanta ambivalência impede que a equipe alce voos mais altos.
Dessa vez, Miranda e Murillo tiveram um dia horrível, errando todos os posicionamentos e tomadas de decisões, e foram engolidos pelo veteraníssimo Klose, autor de cinco gols e três assistências nas últimas cinco partidas na Serie A. Os nerazzurri também sofreram com o talentoso Keita, cada vez mais maduro e importante para a Lazio, que sofreu com uma temporada ruim de Candreva e Felipe Anderson. Com preguiça, poucos da Inter acompanharam o ritmo de Kondogbia – bem na partida, apesar do domínio de Biglia e Lulic no setor. O resultado garantiu matematicamente Roma e Napoli na Champions e a Inter na Liga Europa. A Lazio ainda tem remotas chances de se classificar para a competição continental de segundo escalão.
Milan 3-3 Frosinone Bacca, Antonelli (Alex), Ménez (pênalti) | Paganini (D. Ciofani), Kragl, Dionisi
Tops: Bardi e Dionisi (Frosinone) | Flops: Donnarumma e Alex (Milan)
Este
Milan-Frosinone deveria ser um objeto de estudo para os cientistas que
trabalham a teoria do caos. Assim como o Milan, que mais uma vez aplicou
a lei de Murphy: se algo pode dar errado, dará. O
time de Brocchi, que levou três gols do Frosinone em casa, não se achou em campo e o domingo só não foi
pior graças à reação aos trancos e barrancos no final, que descontou o 0-2 inicial. Nos dois primeiros gols, de Paganini e Kragl, Donnarumma pecou pela inexperiência e falhou.
Balotelli teve pênalti defendido pelo
interista Bardi, autor de oito defesas, mas também de uma falha no gol
do quase desaparecido Bacca. De meia-bicicleta, Antonelli recolocou o Diavolo
na partida e Ménez empatou de pênalti nos acréscimos – depois que Dionisi aproveitou erro duplo de Alex e Monotlivo para anotar o 3 a 1. O empate não diminui
o fracasso do Milan, agora ultrapassado pelo Sassuolo e fora da zona de classificação para a Liga Europa, competição que os rossoneri só jogarão se ganharem da Juventus na final da Coppa Italia ou se conseguirem se recuperar contra Bologna e Roma e os neroverdi tropeçarem. O Frosinone se esforçou muito, mas deve voltar para a Serie B: quatro pontos atrás do Carpi, último time fora da zona, e com uma tabela difícil, só um milagre o salvará.
Chievo 0-0 Fiorentina
Tops: Hetemaj (Chievo) e Zárate (Fiorentina) | Flops: Tello e Kalinic (Fiorentina)
Mais um resultado negativo para a Fiorentina. No dia seguinte, a Viola viu a Inter perder e se lamentou ainda mais por outra partida sem graça, com muita posse de bola e pouca efetividade – tanto que o veterano goleiro Bizzarri, do Chievo, não teve muito trabalho e o lado esquerdo anfitrião, com Gobbi e Hetemaj, neutralizou os adversários. O protagonismo sobrou para Zárate, mas apesar de alguns bons lances do argentino, a atuação não foi suficiente para que o time de Paulo Sousa chegasse à vitória. A equipe de Florença somou apenas oito pontos nas últimas dez partidas e deve mesmo ficar com a quinta colocação, enquanto o Chievo deve ficar entre os 10 primeiros.
Sassuolo 1-0 Verona Pellegrini
Tops: Acerbi (Sassuolo) e Ionita (Verona) | Flops: Falcinelli (Sassuolo) e Juanito (Verona)
Em dia negativo do ataque neroverde, o meio-campo de Di Francesco honrou seu passado e manteve o time vivo na partida. O jovem Pellegrini marcou o gol após erro de Moras, Magnanelli manteve a ordem no setor e liderou o time, enquanto Duncan deu ritmo e força para criar o gol. Atrás, Acerbi fez partida quase perfeita e anulou, juntamente com Consigli, um Verona agressivo, mas ineficaz com a bola – apesar de não estar entregue, mesmo já estando rebaixado. Três pontos que colocam o clube de Squinzi na frente do Milan e pode levá-lo para um competição europeia pela primeira vez: o time precisa garantir a vantagem sobre os rossoneri nos jogos contra Frosinone e Inter e torcer para a Juventus na final da Coppa Italia.
Udinese 1-5 Torino
Felipe (Bruno Fernandes) | Jansson (Silva), Acquah, Martínez (Acquah), Belotti e Martínez
Tops: Martínez e Belotti (Torino) | Flops: Heurtaux e Danilo (Udinese)
Em temporada irregular e decepcionante pelo potencial da equipe, o Torino conseguiu bons resultados nas últimas partidas, mas vinha de duas derrotas seguidas. Dessa vez, a equipe grená massacrou a Udinese com protagonistas inesperados: Martínez, Acquah e Jansson. Com exceção de Acquah, os dois foram titulares porque o técnico Ventura colocou em campo uma formação alternativa, deixando, por exemplo, sua defesa titular no banco –
até certo ponto, uma escolha justa, pelo mau desempenho recente do trio Maksimovic,
Glik e Moretti. Tudo isso aconteceu um dia depois de o comandante dizer que, para a próxima temporada, o
elenco teria que passar por mudanças ou a comissão técnica teria que sair.
Os três protagonistas inesperados foram acompanhados pelo cara que decide sempre: o jovem bomber Belotti. O ex-atacante do Palermo é o segundo maior goleador de 2016, atrás apenas de Higuaín, e é o segundo maior artilheiro italiano no campeonato, perdendo somente para Éder. Enquanto o camisa 9 granata fez um e teve dois anulados, seu companheiro de ataque, o venezuelano Martínez, foi o homem do jogo, com sua primeira doppietta na Serie A. Aos anfitriões, uma derrota aterrorizante em um Friuli mais uma vez vazio. O time inteiro foi mal, especialmente Heurtaux e Danilo, e agora a equipe tem apenas três pontos de vantagem para a zona de rebaixamento, além de confrontos diretos desfavoráveis contra Carpi, Palermo e Sampdoria. O que poderia ser uma salvezza tranquila se torna outra dor de cabeça para o clube dos Pozzo.
Palermo 2-0 Sampdoria Vázquez (Gilardino) e Krsticic (contra)
Tops: Vázquez e Thiago Cionek (Palermo) | Flops: Ranocchia e Krsticic (Sampdoria)
Quem diria que o Palermo teria forças para reagir com Ballardini, logo o único dos tantos treinadores rosanero de 2015-16 que saiu brigado com o elenco? O orgulho ficou para trás, e a equipe está focada em tirar os sicilianos desta situação: agora são duas vitórias consecutivas e, diante de Fiorentina (fora) e Verona (casa), a equipe rosanero terá que brigar pela salvezza. De volta ao Renzo Barbera, Vázquez foi protagonista: marcou o primeiro, aproveitando a roubada de bola de Gilardino em cima de um péssimo Ranocchia, e participou do gol contra de Krsticic. Fundamental também o brasileiro naturalizado polonês Thiago Cionek, que salvou um gol na linha de De Silvestri logo após o primeiro dos anfitriões. E a Sampdoria, que poderia ter vida muito mais fácil, está a cinco pontos da zona de rebaixamento, terá o Derby della Lanterna e a Juventus nas últimas rodadas. Caso faça um pontinho nestes jogos, está matematicamente salva, mas não é bom dar sopa para o azar.
Empoli 0-0 Bologna
Tops: Croce (Empoli) e Giaccherini (Bologna) | Flops: Zielinski (Empoli) e Mounier (Bologna)
A
partida mais sem graça da rodada, quem diria, foi entre Empoli e
Bologna. Tudo bem que ambos estão apenas cumprindo tabela, já salvos,
mas são times interessantes: os anfitriões, pelos jovens técnicos e um
jogo atrativo, os visitantes, pela organização e ataques diretos. No entanto,
pouco disso foi visto no Castellani. O time de Giampaolo teve posse de
bola estéril, criou pouquíssimo e viu Zielinski, que faz ótima temporada
e chama atenção de clubes grandes, perder gol inacreditável. Por sua vez, o
time de Donadoni levou mais perigo com Giaccherini, exigindo algumas
defesas de Pelagotti, mas não foi o bastante para marcar.
*Os nomes entre parênteses nos resultados indicam os responsáveis pelas assistências para os gols
Relembre a 35ª rodada aqui.
Confira estatísticas, escalações, artilharia, além da classificação do campeonato, aqui.
Sou Juve.. Mas gostaria aqui de dedicar algumas linhas à um grande rival, um clube pelo qual me simpatizo muito.. Trata-se do Torino.. Concordo muito com o quattro tratti, pelo potencial, Torino sai deste campeonato devendo muito. Talvez o grande problema da eauipe esse ano foi a defesa, que "entregou a rapadura" em quase todos os jogos.. Glik, depois da ultima otima temporada, caiu muito.. Passa por ele boa parte so insucesso granata nessa temporada. Bovo e Moretti até dão alguma garantia, mas a idade avançada e condicionamento fisico pesam bastante em muitos jogos.. Maksimovic é um caso peculiar. A wualidade está ali, é fácil de se ver, mas jamais ofereceu ao jogo tudo aquilo que se espera dele.. Tarda em se confirmar como um zagueiro de topo como sempre prometeu.. Pra mim, resta claro que se o Toro reformular a defesa e contratar um bom lateral/ala esquerdo, tem tudo para fazer a melhor temporada na Série A desde 90/91.. Assim como Maks, talvez Jansson e Gaston Silva também estão devendo.. Acho que precisam de mais minutos em campo para provar se dão ou não conta do recado. Do meio pra frente, a qualidade, força e juventude sobram… Listo aqui alguns dos jovens do elenco que são garantias de muitos anos de excelente futebol: Zappacosta, Aquah, Benassi, Baselli, Martinez e, principalmente, Belloti, quem eu considero o grande futuro do ataque da squadra azzurra, um craque, com muita competitividade e, via de consequência, uma insaciável fome de gol.. Ainda há Boyé, revelaçao do River Plate quem em Itália já dizem estar acertado, embora tratando-se de notícia de mercado isso nao queira dizer muita coisa.. Enfim, a cointinuar com essa politica, acho que dentro de duas temporadas veremos um Torino brigando por algo grande dentro do Calcio..
Sou Juve..
Mas gostaria aqui de dedicar algumas linhas à um grande rival, um clube pelo qual me simpatizo muito..
Trata-se do Torino..
Concordo muito com o quattro tratti, pelo potencial, Torino sai deste campeonato devendo muito. Talvez o grande problema da eauipe esse ano foi a defesa, que "entregou a rapadura" em quase todos os jogos..
Glik, depois da ultima otima temporada, caiu muito.. Passa por ele boa parte so insucesso granata nessa temporada. Bovo e Moretti até dão alguma garantia, mas a idade avançada e condicionamento fisico pesam bastante em muitos jogos..
Maksimovic é um caso peculiar. A wualidade está ali, é fácil de se ver, mas jamais ofereceu ao jogo tudo aquilo que se espera dele.. Tarda em se confirmar como um zagueiro de topo como sempre prometeu..
Pra mim, resta claro que se o Toro reformular a defesa e contratar um bom lateral/ala esquerdo, tem tudo para fazer a melhor temporada na Série A desde 90/91.. Assim como Maks, talvez Jansson e Gaston Silva também estão devendo.. Acho que precisam de mais minutos em campo para provar se dão ou não conta do recado.
Do meio pra frente, a qualidade, força e juventude sobram…
Listo aqui alguns dos jovens do elenco que são garantias de muitos anos de excelente futebol: Zappacosta, Aquah, Benassi, Baselli, Martinez e, principalmente, Belloti, quem eu considero o grande futuro do ataque da squadra azzurra, um craque, com muita competitividade e, via de consequência, uma insaciável fome de gol..
Ainda há Boyé, revelaçao do River Plate quem em Itália já dizem estar acertado, embora tratando-se de notícia de mercado isso nao queira dizer muita coisa..
Enfim, a cointinuar com essa politica, acho que dentro de duas temporadas veremos um Torino brigando por algo grande dentro do Calcio..