Liga dos Campeões

Traída pelo sistema defensivo, Roma amarga derrota pesada para o Barcelona

Alisson conseguiu vencer o duelo contra Messi, mas não contava que seu próprio sistema defensivo fosse lhe complicar tanto. A Roma até teve bons momentos contra o Barcelona, mas os seguidos erros de seus defensores custaram caro. O 4 a 1 para os catalães no Camp Nou deixa o jogo de volta, no Olímpico, com cara de formalidade.

A Roma entrou em campo com uma enorme disparidade de experiência em relação ao Barcelona. Enquanto o time italiano fazia apenas sua quarta aparição nas quartas de final da Liga dos Campeões, o Barça chegava a esta fase do torneio pela 11ª vez consecutiva. Os giallorossi ainda vinham de duas eliminações consecutivas neste estágio (numa delas, levou 7 a 1 do Manchester United) e haviam sido goleados por 6 a 1 pelos blaugrana no último encontro entre as equipes. Mesmo assim, o time de Di Francesco não se deixou intimidar pelo histórico e atuou bem durante cerca de 30 minutos.

Na primeira meia hora de jogo, o Barcelona acertou a trave com Rakitic, viu Alisson reagir a um chute de Suárez e teve um gol do uruguaio bem anulado. No entanto, pode-se dizer que a defesa romanista sofreu pouco ante o time da casa: encaixotava Messi e dava menos opções de passe a Iniesta, mesmo com a ausência do aguerrido Nainggolan, vetado por lesão.

Antes do intervalo, a Roma também pode contestar um pênalti não marcado de Semedo em Dzeko e uma entrada de Umtiti em Pellegrini, que o árbitro acabou, erroneamente, assinalando fora da área. Só não pode reclamar quando uma rápida tabela do Barça envolveu sua defesa. Na tentativa de evitar que a bola chegasse a Messi, De Rossi tirou de Alisson com um carrinho e marcou contra.

Os visitantes voltaram para o segundo tempo como se não houvessem sentido a desvantagem. Logo no primeiro lance da etapa final, Perotti cabeceou para fora e perdeu grande oportunidade de empatar. Dez minutos depois, a Roma fez história e adicionou mais um fato insólito à sua existência: se tornou o único time a marcar dois gols contra em uma única partida eliminatória da Champions League. Este gol, aliás, aconteceu de forma rocambolesca: Manolas tentou cortar, com um carrinho, o cruzamento que chegava para Umtiti, mas acertou a trave. No rebote, enquanto escorregava, viu a bola rebater em seu joelho e entrar. Aos 59, um contra-ataque barcelonista envolveu a defesa romana, mas Alisson salvou, com uma boa defesa. O problema é que Fazio deu condições e tirou Piqué do impedimento: o zagueiro aproveitou o rebote e fez o terceiro.

Quando o jogo parecia definido, a Roma tentou reagir. Primeiro, quase chegou ao gol quando Ter Stegen saiu jogando errado e deixou a meta desguarnecida. O arqueiro alemão, porém, foi rápido em sua recuperação e retornou ao posicionamento correto enquanto Defrel ajeitava a bola para chutar: acabou fazendo uma defesa fenomenal na finalização do francês. Ter Stegen voltou a ser decisivo minutos depois, quando voou para espalmar o chute de fora da área de Perotti.

Ter Stegen só não conseguiu evitar o gol de Dzeko, que recebeu bom passe de Perotti e bateu no canto, dando alguma esperança à Roma. Uma ilusão que durou apenas sete minutos e foi destruída por Gonalons. O volante francês não conseguiu dominar (ou afastar) uma bola dentro da área e acabou ajeitando a pelota involuntariamente para Suárez se livrar do jejum de gols nesta edição do torneio e fazer o quarto. A derrota foi a quarta seguida da Roma nas quartas de final da Liga dos Campeões.

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