Desde que Roberto Mancini assumiu o comando da seleção italiana, em maio de 2018, a Nazionale vem em constante evolução. Os resultados e as performances iniciais na Uefa Nations League foram medianos, mas, conforme o trabalho ganhou corpo, os azzurri aumentaram o nível de seu futebol. A ponto de conseguirem 10 vitórias seguidas – nove delas pelas Eliminatórias da Euro – e um novo recorde em sua história. Nesta sexta, os itálicos não quiseram saber que a sua classificação ao torneio continental estava garantida e aplicaram um sonoro 3 a 0 sobre a Bósnia, colocando a cereja do bolo em sua excelente campanha.
A melhor partida da gestão Mancini começou facilitada pelos outros resultados do Grupo J. Antes de a bola rolar em Zenica, a Finlândia venceu Liechtenstein e garantiu a segunda vaga da chave na Euro 2020 – o que significava que os bósnios só poderiam se classificar através da repescagem entre os vencedores de grupos da Liga das Nações.
O time da casa entrou em campo sem grandes perspectivas e a Itália aproveitou para estabelecer um novo recorde. Com 10 vitórias seguidas, Mancio superou o bicampeão mundial Vittorio Pozzo, que nos anos 1930 havia triunfado nove vezes consecutivas. O resultado, que deixou a Squadra Azzurra com 27 pontos no grupo, também determinou que a seleção será cabeça de chave na Eurocopa.
A Itália aproveitou a falta de vontade de Pjanic para estabelecer, de forma confortável, uma pressão alta com Barella e Tonali. Os dois também rodaram bastante a bola e, com Jorginho, fizeram os azzurri terem o controle da posse na etapa inicial. Aos 21 minutos, depois que Bernardeschi quase venceu Sehic, a seleção italiana chegou ao gol. O meia-atacante da Juventus construiu a jogada pelo lado esquerdo e passou para Barella, que só ajeitou para Acerbi fintar Pjanic e colocar no cantinho. Foi o primeiro tento do zagueiro da Lazio pela Nazionale.
Os visitantes ampliaram ainda antes do intervalo. Belotti, que fez uma partidaça, caiu pelo lado direito e iludiu a marcação ao deixar a referência. Após se livrar dos bósnios, ajeitou para Insigne, que surpreendeu Sehic com um chute fortuito, fraquinho e colocado, que morreu na lateral da rede. A Bósnia chegou a criar oportunidades para reduzir a desvantagem, mas Donnarumma estava atento e se destacou com uma defesaça à queima-roupa em finalização de Cimirot.
A Itália voltou do descanso em ritmo mais baixo, mas não se furtou a aproveitar desatenções dos adversários. Aos 52, Barella encontrou Belotti com um passe em profundidade e o atacante do Torino viu Sehic fora do gol: sem hesitar, finalizou de primeira e fez o terceiro. Foi aplaudido até mesmo pelos adversários.
Com a larga vantagem, a Itália pode abaixar o ritmo de uma vez por todas e apenas administrar o resultado. Mancini chegou até a promover duas estreias no segundo tempo: o meia Castrovilli e o goleiro Gollini entraram em campo nos derradeiros minutos. Na segunda, contra a Armênia, em Palermo, a Nazionale tem tudo para encerrar as Eliminatórias com 100% de aproveitamento.
Bósnia 0-3 Itália
Bósnia: Sehic; Kvrzic, Kovacevic, Mihojevic, Bicakcic; Cimirot, Pjanic (Jajalo), Besic (Saric); Krunic, Dzeko, Visca (Hodzic). Técnico: Robert Prosinecki.
Itália: Donnarumma (Gollini); Florenzi, Bonucci, Acerbi, Emerson; Barella, Jorginho, Tonali; Bernardeschi (El Shaarawy), Belotti, Insigne (Castrovilli). Técnico: Roberto Mancini.
Local: Stadion Bilino Polje, em Zenica, Bósnia e Herzegovina.
Árbitro: Sandro Schärer (Suíça).
Gols: Acerbi, Insigne e Belotti.