Liga dos Campeões

Os jogadores italianos mais importantes da história da Liga dos Campeões

Com 65 anos de existência, a maior competição de clubes da Europa já passou por diversas mudanças. O torneio nasceu como Copa dos Campeões e teve esse nome até ser reformulado em 1992, quando se tornou a Uefa Champions League tal qual a conhecemos hoje – ou quase. O que não mudou desde então é que times e jogadores italianos obtêm grande destaque nos principais gramados europeus.

Nessas mais de seis décadas de Liga dos Campeões, as equipes da Itália somaram 12 títulos e 16 vice-campeonatos. O que não faltam, portanto, são jogadores que tiveram ótimo desempenho nesse percurso. Selecionamos os 50 mais célebres e os organizamos num ranking de performance.

Para montar a lista, a Calciopédia levou em consideração a importância de determinado jogador na história da Copa dos Campeões e/ou da Champions League, sua qualidade técnica e o grau de participação nas conquistas, além do respaldo atingido através das campanhas europeias. Atletas naturalizados, como os ítalo-brasileiros José Altafini e Thiago Motta, não foram considerados – embora tenham retrospecto continental exemplar.

A ideia do ranking surgiu a partir de um texto produzido pelo site de apostas online em futebol Betway. Em seu blog, a Betway escolheu os 50 melhores jogadores da Liga dos Campeões, desde a reformulação do torneio, em 1992. Nós, contudo, decidimos abarcar todo o histórico do principal torneio de clubes europeu, levando em conta alguns aspectos. No passado, por exemplo, era raro que um jogador tivesse a chance de realizar muitas partidas da competição ou mesmo disputá-la em diversas edições, já que apenas campeões nacionais se classificavam. Ademais, o sistema de competição da copa previa o mata-mata desde a primeira fase.

Bom, sem mais delongas. Confira a lista da Calciopédia.

Os 50 italianos mais importantes da Champions League

11. Alessandro Del Piero; 12. Alessandro Costacurta; 13. Tarcisio Burgnich; 14. Armando Picchi; 15. Marco Tardelli; 16. Mario Corso; 17. Antonio Cabrini; 18. Carlo Ancelotti; 19. Dino Zoff; 20. Gennaro Gattuso; 21. Giovanni Trapattoni; 22. Roberto Donadoni; 23. Giuliano Sarti; 24. Roberto Bettega; 25. Gianluca Vialli; 26. Alessandro Nesta; 27. Roberto Pruzzo; 28. Angelo Peruzzi; 29. Bruno Conti; 30. Demetrio Albertini; 31. Gianluca Zambrotta; 32. Fabio Cannavaro; 33. Cesare Maldini; 34. Aristide Guarneri; 35. Ciro Ferrara; 36. Gianluca Pessotto; 37. Daniele Massaro; 38. Franco Causio; 39. Roberto Mancini; 40. Agostino Di Bartolomei; 41. Giovanni Galli; 42. Angelo Di Livio; 43. Sergio Brio; 44. Francesco Totti; 45. Giorgio Chiellini; 46. Leonardo Bonucci; 47. Andrea Barzagli; 48. Antonio Conte; 49. Stefano Tacconi; 50. Marco Simone.

10º – Gianluigi Buffon

(imago)

Edições disputadas: 16
Número de partidas: 123
Títulos: nenhum

Gigi Buffon nunca venceu a Champions League, mas é um dos jogadores mais importantes que desfilaram no tapete vermelho continental. O goleiro é um dos 15 atletas que mais vezes entraram em campo no principal torneio europeu, que disputou tanto com a camisa do Parma quanto com a da Juventus. Pela Velha Senhora, o Superman se consolidou como um dos maiores arqueiros de toda a história do futebol e foi três vezes vice-campeão da UCL: amargou a derrota na decisão em 2003, 2015 e 2017.

9º – Paolo Rossi

(imago)

Edições disputadas: 2
Número de partidas: 18
Títulos: 1

Pablito Rossi precisou de apenas duas participações na Copa dos Campeões para marcar época. O atacante já tinha feito os brasileiros chorarem no Mundial de 1982 e sido campeão mundial pela Itália quando estreou no maior torneio europeu, em 1982-83. Naquela campanha, uma Juventus fortalecida com Michel Platini e Zbigniew Boniek contou com os tentos de Rossi em todas as fases eliminatórias para avançar até a final, vencida pelo Hamburgo. Depois de ser artilheiro da competição, com seis bolas nas redes, Pablito teve uma participação mais discreta em 1984-85, mas anotou cinco vezes e levantou o título após o triunfo sobre o Liverpool.

8º – Gaetano Scirea

(imago/Reporters)

Edições disputadas: 8
Número de partidas: 44
Títulos: 1

Scirea foi um dos maiores líberos da história, ao lado de Franz Beckenbauer e Franco Baresi, e exerceu tal função com muita elegância, senso tático e correção – nunca recebeu um cartão vermelho. O lombardo se destacou internacionalmente pela Juventus, onde foi o líder de uma das melhores linhas defensivas da história: Zoff no gol, Claudio Gentile de um lado, Cabrini do outro e ele pelo centro. Pela Velha Senhora, além de sete scudetti e um Mundial Interclubes, Scirea disputou oito edições da Copa dos Campeões e conquistou o título como capitão, em 1985. O defensor ainda somou um vice-campeonato e uma ida às semifinais.

7º – Giacinto Facchetti

(imago)

Edições disputadas: 5
Número de partidas: 39
Títulos: 2

Facchetti foi um dos principais laterais-esquerdos da história do futebol: apesar de muito alto (1,94m), era uma das peças mais dinâmicas do catenaccio de Helenio Herrera. O grandalhão atuava pela esquerda com muita liberdade para usar sua velocidade e atacar as defesas adversárias, algo inovador para a época. O jogador fez parte da chamada Grande Inter, com a qual foi bicampeão da Copa dos Campeões, em 1964 e 1965. Facchetti, que vestiu apenas a camisa nerazzurra, ainda somou dois vice-campeonatos e uma aparição nas semifinais do torneio continental.

6º – Andrea Pirlo

(AFP/Getty)

Edições disputadas: 12
Número de partidas: 108
Títulos: 2

Não há dúvida de que classe e Pirlo são sinônimos: passes precisos, lançamentos mágicos e cobranças de falta venenosas se aliaram a um grande senso tático e fintas de corpo para formarem um mais completos meio-campistas que o mundo já viu. O regista brilhou na Champions League com as camisas de Milan e Juventus, chegando a quatro finais no espaço de 12 anos. Pelos rossoneri, Andrea conquistou dois títulos (2003 e 2007), além de ter participado de outra decisão e de uma semifinal. No fim da carreira, quando defendia a Velha Senhora, o meia adicionou mais um vice-campeonato ao seu currículo.

5º – Filippo Inzaghi

(AFP/Getty)

Edições disputadas: 11
Número de partidas: 81
Títulos: 2

Pippo Inzaghi começou sua trajetória na Champions League com um vice-campeonato pela Juventus, mas foi com a camisa do Milan que se tornou um ícone da competição. A técnica refinada nunca foi o forte do atacante, mas ele sabia se posicionar e empurrar a bola para as redes como poucos. Não à toa, é o 11º maior artilheiro da UCL, com 46 gols – além de mais quatro em playoffs. Super Pippo foi o artilheiro do torneio em 2002-03, com 12 tentos, e ainda comemorou o seu primeiro título pelo Diavolo. Em 2007, ano da sua segunda “orelhuda”, ainda seria decisivo com uma doppietta na revanche contra o Liverpool.

4º – Gianni Rivera

(imago/AFLOSPORT)

Edições disputadas: 4
Número de partidas: 19
Títulos: 2

Ícone do Milan e do futebol italiano, Rivera foi o gênio que iluminou os caminhos dos rossoneri nas campanhas de dois dos seus sete títulos europeus. O “golden boy” foi justamente aquele que fez o Diavolo assustar os outros times europeus e entrar no hall dos gigantes do continente – afinal, Gianni foi o protagonista das primeiras conquistas da equipe de Milão, em 1963 e 1969. Um fantasista no melhor sentido da palavra, utilizou a camisa 10 rubro-negra por quase duas décadas e conquistou a Bola de Ouro em ocasião do bicampeonato continental. No ano do debute na Copa dos Campeões, o meia-atacante havia ficado com o segundo lugar na premiação.

3º – Sandro Mazzola

(imago)

Edições disputadas: 5
Número de partidas: 38
Títulos: 2

Filho do mitológico Valentino Mazzola, Sandro honrou o legado do pai e também foi um craque. Em 18 anos de Inter, ele se transformou em um dos maiores nomes da história azul e preta e também de todo o futebol italiano. Atuando como meia ou ala aberto pela direita, Mazzola mostrava muita velocidade e habilidade, úteis para os contra-ataques clássicos da Grande Inter, bicampeã europeia nos anos 1960. Também era conhecido pelo ótimo poder de finalização e, não à toa, foi um dos artilheiros da Copa dos Campeões de 1963-64, com sete gols: o ponta tinha predileção por grandes jogos e decidiu a final daquela edição, contra o Real Madrid. Mazzola ainda foi o líder do elenco nerazzurro em dois vices e uma campanha semifinalista.

2º – Franco Baresi

(imago)

Edições disputadas: 8
Número de partidas: 50
Títulos: 3

Zagueiro maiúsculo, apesar da estatura mediana, Baresi é uma lenda do futebol mundial e foi gigante tanto na Copa dos Campeões quanto na era moderna do torneio da Uefa, já transformado em Champions League. Capitão e líder anímico dos times de Arrigo Sacchi e Fabio Capello, Franchino foi a cinco finais da competição e levantou a “orelhuda” em 1989, 1990 e 1994. Baresi sempre demonstrou uma leitura de jogo fantástica, com um senso de antecipação e poder de recuperação muito acima da média. Um gênio tático, que tudo enxergava em campo, foi um dos protagonistas da inesquecível semifinal contra o Real Madrid, em 1988-89, vencida pelos rossoneri por um placar agregado de 6 a 1.

1º – Paolo Maldini

(imago/AFLOSPORT)

Edições disputadas: 16
Número de partidas: 135
Títulos: 5

Paolo Maldini foi um acumulador de recordes e marcas praticamente inalcançáveis muito antes de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo sonharem em assumir tal papel. A carreira do defensor versátil, forte, inteligente, classudo e de marcação implacável (que atuava como lateral-esquerdo ou zagueiro) se confunde com a de Baresi. Contudo, foi mais longa e mais vitoriosa. Os dois foram colegas de Milan por 15 anos e formaram uma dupla icônica, mas Paolo disputou oito finais de Copa/Liga dos Campeões (recorde que divide com Francisco Gento, lenda do Real Madrid) e é pentacampeão do torneio, sendo capitão em três dessas conquistas. Detalhe: o primeiro título veio em 1989 e o último em 2007. Longevo, Maldini foi titular em todas as campanhas vitoriosas de que participou.

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