Em 2021-22, a Atalanta não está fazendo uma temporada exatamente brilhante na Serie A. Os problemas que enfrenta no Campeonato Italiano, porém, não estão afetando o seu rendimento na Liga Europa: em quatro jogos, a Dea soma quatro vitórias. Nesta quinta, 17 de março, a equipe bergamasca superou novamente o Bayer Leverkusen e, com o triunfo por 1 a 0 na Alemanha, avançou às quartas de final do torneio continental.
Na semana passada, no confronto de ida, a Atalanta criou o suficiente para construir um placar elástico sobre o Leverkusen, mas não conseguiu transformar todo o volume de jogo em bolas nas redes. A vitória por 3 a 2 deixou a eliminatória aberta, já que qualquer sucesso alemão por um gol de diferença levaria a disputa para a prorrogação. Sabendo disso, Gian Piero Gasperini preparou a sua equipe para resistir às investidas dos aspirinas e, ao mesmo tempo, tentar controlar a partida dentro de suas características.
Logo nos primeiros minutos, o Bayer Leverkusen de Gerardo Seoane mostrou que atacaria de maneira consistente, sempre buscando verticalizações com Diaby. Logo aos 8 minutos, Bakker ajeitou para o francês, ex-Crotone, que parou numa ótima defesa de Musso. Na sequência da jogada, Rafael Toloi sofreu uma lesão na parte posterior da coxa e foi substituído por Djimsiti.
A partida continuou num ritmo alto e com bastante intensidade, embora as equipes não conseguissem acertar o último passe para que as oportunidades se transformassem em finalizações perigosas. Mesmo quando os times concluíam, a bola geralmente saía pela linha de fundo ou parava em bloqueios. Nesse contexto, a Atalanta chegou mais vezes à meta adversária, defendida por Hrádecky, e viu o primeiro tempo terminar com vantagem territorial e placar zerado. Era um panorama positivo para os comandados de Gasperini.
A Atalanta teve uma sólida atuação defensiva e eliminou o Leverkusen na Liga Europa (AFP/Getty)
Seoane sabia que seu time precisava de um gol no início do segundo tempo para incendiar o jogo e orientou o Leverkusen a intensificar o ritmo desde a volta do intervalo. Assim, aos 48 minutos, Demirbay encontrou Diaby em profundidade, mas, outra vez, o francês não superou Musso no cara a cara – no rebote, o camisa 10 alemão ainda levou perigo. Demirbay também tentou um gol olímpico aos 52, mas Musso estava atento.
Depois dessas oportunidades, a Atalanta conseguiu limitar as chegadas do Leverkusen, que jamais voltaram a levar tanto perigo. Embora o time alemão tivesse a posse de bola e arriscasse vez ou outra, os nerazzurri tinham um sistema defensivo bem postado, o que reduzia as possibilidades de os alemães marcarem. Aos 65 minutos, Gasperini resolveu manter a postura mais cautelosa e, ao atrair os mandantes para seu campo, apostar em contragolpes. Assim, trocou Malinovskyi por Boga – e, aos 79, Muriel por Pessina.
O Leverkusen, que iniciara a partida sem centroavantes, chegou a terminá-la num 4-2-4, com Azmoun e Alario dentro da área, mas não tinha eficácia. Gasperini, por sua vez, teve êxito em seu planejamento. Além de ver seu time segurar o rival, viu Boga puxar um contra-ataque aos 91 minutos, deixar Tah na saudade ao ajeitar para o pé esquerdo – que não é seu preferido – e acertar um forte chute, vencendo Hrádecky. A vaga nas quartas de final estava assegurada.
Com o placar, a Atalanta chegou a tal estágio de um torneio continental pela quarta vez em sua história – havia obtido o feito anteriormente na Recopa, em 1988, na Copa Uefa, em 1991, e na Champions League, em 2020. Os nerazzurri conhecerão o seu adversário em sorteio realizado nesta sexta, 18 de março.
