Juventus e Inter têm rivalidade centenária, mas raras vezes disputaram títulos diretamente. Em toda a história da Coppa Italia, por exemplo, as gigantes tinham feito a final apenas em 1959 e 1965, com dois triunfos da equipe de Turim. Em 2022, 57 anos depois, a Velha Senhora e a Beneamata decidirão novamente o título do torneio, após vitórias consistentes sobre Fiorentina e Milan, respectivamente. No dia 11 de maio, teremos um Derby d’Italia especial, entre a atual campeã da copa e a detentora do troféu da Serie A. Veja, abaixo, como os times superaram seus adversários na volta das semifinais.
Inter 3-0 Milan
Em Milão, Inter e Milan iniciaram a segunda partida válida pelas semifinais da Coppa Italia com tudo igual no marcador, visto que empataram sem gols na ida. Simone Inzaghi pode contar com o retorno de De Vrij à equipe titular e, ao mesmo tempo, optou por poupar Dumfries e Dzeko, escalando Darmian na ala direita e Correa como companheiro de ataque de Lautaro. Já Stefano Pioli consumou a volta de Calabria à lateral direita, deslocando Kalulu para formar a zaga com Tomori e deixando Gabbia no banco. Essa foi a única modificação em relação ao onze inicial da vitória por 2 a 0 sobre o Genoa, pela Serie A.
Antes que as equipes pudessem ter qualquer padrão de estudo e deixarem claras as posturas adotadas para a partida, a Inter foi logo balançando as redes, aos 3 minutos. Lautaro tabelou com Barella e Darmian recebeu pela direita, cruzando na medida para o próprio argentino completar para o fundo da rede, com um grande chute de primeira. Maignan ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol.
Poderia se esperar um cenário em que a Inter apostaria nos contra-ataques e o Milan fosse em busca de uma imposição maior em seu jogo, mas Inzaghi optou por manter uma postura agressiva e a Beneamata foi superior nos primeiros 20 minutos. O panorama começou a mudar quando o lado esquerdo do Diavolo cresceu, tendo Hernandez como construtor desde a beirada do campo e Rafael Leão oferecendo dificuldades no mano a mano. A zaga nerazzurra teve muito trabalho para encontrar o melhor encaixe e Handanovic foi fundamental para evitar o empate.
No melhor momento do Milan na partida, porém, a Inter marcou de novo. Correa recebeu pela esquerda e encontrou lindo passe para Lautaro nas costas da zaga; o camisa 10 avançou, recebeu e, num toque sutil, encobriu Maignan, aumentando a vantagem nerazzurra.
Na volta do intervalo, Pioli foi com tudo em busca do resultado, trocando Tonali e Saelemaekers por Díaz e Junior Messias. Um Milan mais agressivo ofereceu chances de contra-ataque para a Inter, mas soube contornar bem essas situações e aumentou o volume ofensivo, que já havia sido bom na primeira etapa.
Pelo lado nerazzurro, Skriniar subiu sua produção e, junto a Handanovic, realizou ações decisivas, impedindo o gol que colocaria o Diavolo de volta na partida. Aos 68, o tento até aconteceu. Após escanteio cobrado na área, a zaga da Inter afastou e Bennacer pegou de primeira, numa batida seca, sem chances para o arqueiro esloveno. Contudo, o VAR entendeu que Kalulu, que estava em posição de impedimento, atrapalhou a visão do goleiro da Inter e recomendou a revisão do lance. No fim das contas, o lance foi anulado pelo árbitro Maurizio Mariani.
O Milan seguiu tentando, mas o seu ritmo foi caindo e, aos 82 minutos, as trocas de Inzaghi decidiram o confronto. Vidal e Gosens, que entraram nas vagas de Çalhanoglu e Perisic, precisaram de pouco tempo para causar impacto. Em jogada pela zona central, o chileno encontrou Brozovic entrando na área rossonera e o croata só levantou a cabeça para cruzar na medida para o alemão. O ala fechava na segunda trave e mandou a bola para a rede, como várias vezes fez pela Atalanta. Com o resultado, a Inter voltou à decisão da copa após 11 anos de ausência.
Juventus 2-0 Fiorentina
Em Turim, Juventus e Fiorentina decidiram a segunda vaga na grande decisão. Na ida, a Viola fez uma partida muito sólida, mas amargou o triunfo adversário no final. Dessa vez, o roteiro foi bem diferente, já que a equipe da casa competiu de forma mais consistente.
Massimiliano Allegri optou novamente por contar com Danilo como um volante iniciador de jogadas e teve Morata e Vlahovic como dupla de ataque. Na Fiorentina de Vincenzo Italiano, Saponara substituiu o lesionado Castrovilli.
Depois de muito estudo entre os times, a primeira chance surgiu aos 11 minutos, quando Vlahovic desgarrou pelo lado direito e encontrou Rabiot na ultrapassagem. O meia bateu e Dragowski defendeu. A Viola buscava responder, mas encontrou muita dificuldade para fazer a bola circular.
O jogo continuou truncado até os 32 minutos. Até que Rabiot roubou a posse no campo de defesa, Danilo acelerou e encontrou Morata pela direita. O atacante cruzou e Dragowski saiu muito mal do gol, de modo que a bola sobrou na medida para Bernardeschi abrir o placar e consolidar a lei do ex.
Nos minutos seguintes, a Fiorentina cresceu e teve grande chance de empatar a peleja, em jogada finalizada por Arthur Cabral. O gol não saiu e, no segundo tempo, o ritmo do jogo caiu – o que era ideal para a Juventus. Vlahovic perdeu uma boa oportunidade, Nico González quase empatou e a partida seguiu assim até os 94, quando Cuadrado passou para Danilo completar para o fundo da rede.