Serie A

3ª rodada: com grande equilíbrio, Serie A termina fim de semana com seis times na ponta

Apenas três rodadas foram disputadas nesta Serie A, mas não temos mais nenhum time com 100% de aproveitamento. O equilíbrio é a tônica do início de temporada no Campeonato Italiano e a jornada deste fim de semana ratificou esta condição: equipes que haviam feito grandes jogos até então tropeçaram e outras, que não tinham mostrado seus melhores atributos, ensaiaram recuperação. Assim, temos um cenário pitoresco: seis clubes somam 7 pontos e dividem a liderança do certame. Confira, no resumo, o que de melhor ocorreu entre sexta e domingo.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Milan 2-0 Bologna

Gols e assistências: Rafael Leão (De Ketelaere) e Giroud (Rafael Leão)
Tops: Rafael Leão e De Ketelaere (Milan)
Flops: Kasius e Cambiaso (Bologna)

Contra um Bologna que começa a temporada devagar, mas tem muita qualidade individual e um bom trabalho coletivo, o Milan demonstrou muita força ao realizar uma exibição extremamente segura e com brilho de suas peças ofensivas. O jogo começou bastante equilibrado, com Vignato e Kasius trabalhando bem pelo lado direito e Arnautovic sendo uma presença importante em campo ofensivo, se movimentando bastante e criando espaço para as infiltrações de seus companheiros. Entre intervenções de Maignan e a firmeza de sua dupla de zaga, o Milan foi levando a partida sem maiores sustos.

Aos 21, o Bologna saiu jogando errado e De Ketelaere roubou a bola, avançou e apenas rolou para Rafael Leão marcar. O gol deu muita confiança para o jovem belga, que cresceu muito na partida. Sendo o meia centralizado no 4-2-3-1 de Pioli, o camisa 90 desfilou suas qualidades. Técnico, inteligente e muito veloz, criou outras boas jogadas, como um passe por elevação que deixou Kalulu frente a frente com Skorupski – o zagueiro, contudo, perdeu a chance.

O Bologna não conseguiu voltar ao ritmo dos minutos iniciais em nenhum momento até o final da partida. O Milan controlou muito bem o jogo, soube se defender sem a bola e aproveitou cada oportunidade para acelerar e criar perigo para a meta adversária. Aos 63 minutos, outra saída equivocada dos visitantes fez Rafael Leão levantar na medida para Giroud, que finalizou de maneira acrobática e marcou um golaço, com a sua assinatura. No fim das contas, os atuais campeões entregaram uma atuação de respeito no San Siro: parecem melhores do que nunca em nível coletivo e vão encontrando novas boas soluções em termos individuais. (Henrique Mathias)

Juventus 1-1 Roma

Gols e assistências: Vlahovic; Abraham (Dybala)
Tops: Miretti (Juventus) e Smalling (Roma)
Flops: Alex Sandro (Juventus) e Cristante (Roma)

Em Turim, Juventus e Roma protagonizaram o grande jogo da rodada, ao menos em expectativas. O confronto colocou frente a frente uma Velha Senhora com muita pressão por resultados melhores do que os da última temporada, mas que vem sofrendo com desfalques neste começo de campanha, e uma Loba em estado de graça com sua torcida após a conquista da Conference League e das ambiciosas contratações feitas para que seja possível almejar voos ainda maiores.

Sem poder contar com Bonucci, Allegri escalou Danilo como dupla de zaga de Bremer e apostou no jovem Miretti como titular no meio-campo, organizando sua equipe dentro de um 4-2-3-1 que se transformava em 4-5-1 no momento sem bola. O jogo não poderia ter começado melhor para a Juventus, que marcou logo aos dois minutos de partida, em cobrança de falta magnífica de Vlahovic. O gol acabou sendo uma injeção de confiança para o time, que superou por muito a Roma na primeira etapa, em termos coletivos, técnicos e de agressividade.

A Roma foi escalada no 3-4-2-1 por Mourinho, com Matic ganhando a vaga do machucado Zaniolo e Pellegrini sendo adiantado para completar o trio de frente com Dybala e Abraham. No entanto, muito por causa da apagada tarde de seu capitão, a equipe não conseguiu jogar na primeira etapa. A Loba sofreu muito para organizar boas jogadas ofensivas, teve uma posse de bola nada produtiva e viveu constante perigo no sistema defensivo. Smalling foi crucial para que o time fosse ao vestiário com uma derrota por apenas 1 a 0.

Nada contente com a performance de sua equipe, Mourinho voltou do intervalo com mudanças: trocou Mancini e Spinazzola por El Shaarawy e Zalewski, respectivamente, e passou a adotar o 4-4-2. Com as alterações promovidas pelo treinador e uma postura bem mais agressiva nos embates individuais e na disputa pela bola, a Roma melhorou muito o seu desempenho no segundo tempo. Assim, conseguiu sofrer menos defensivamente e, aos poucos, foi criando volume ofensivo.

Com 25 minutos disputados na etapa complementar, Pellegrini cobrou escanteio no lado esquerdo, a pelota viajou por toda grande área e encontrou Dybala no lado contrário. O argentino pegou de primeira, num lindo voleio, e encontrou a cabeça de Abraham, que empatou a partida. O jogo foi bastante equilibrado dali em diante, com a Roma incomodando em uma ou outra bola parada e a Juventus tentando um abafa no final. Porém, o confronto terminou mesmo num empate mais favorável aos visitantes. (HM)

Num jogo de dois tempos bastante díspares, Juventus e Roma ficaram no empate (AFP/Getty)

Lazio 3-1 Inter

Gols e assistências: Felipe Anderson (Milinkovic-Savic), Luis Alberto (Pedro) e Pedro (Immobile); Martínez (Dumfries)
Tops: Milinkovic-Savic e Pedro (Lazio)
Flops: Dimarco e Bastoni (Inter)

No Olímpico, Sarri repetiu a equipe da Lazio que vem fazendo bons jogos nesse começo de temporada. Na Inter, Inzaghi optou por manter Dimarco na ala esquerda e colocou Gagliardini na vaga de Çalhanoglu, visando um encaixe individual sobre Milinkovic-Savic. Desde o início, o técnico da casa foi feliz em suas escolhas.

O jogo começou com a Lazio tentando muitas jogadas pelo lado direito, com Lazzari, Milinkovic-Savic e Felipe Anderson. Já a Inter, sofreu para ter continuidade e teve as melhores chances quando Lautaro recuou para dialogar com Dumfries na ponta direita. Os esperados duelos entre Lukaku e Patric e Immobile e De Vrij tiveram os zagueiros como vencedores, na maior parte das vezes. Muito abaixo, o belga não conseguiu ser efetivo e fazer o ataque nerazzurro andar; do outro lado, o italiano pouco produziu.

No final do primeiro tempo, o placar se movimentou. Milinkovic-Savic recebeu pelo lado esquerdo, Lukaku demorou muito para fazer a pressão e o sérvio teve toda a calma todo mundo para levantar a cabeça e fazer um cruzamento maravilhoso para Felipe Anderson bater a marcação ineficiente de Bastoni e Dimarco, inaugurando o marcador. Sem muita utilidade com a bola nos pés e tendo falhado na missão de acompanhar Sergej como um carrapato, Gagliardini não justificou sua presença na equipe titular e Inzaghi insistiu no erro na volta para a segunda etapa.

Entretanto, mesmo sem mudanças nas peças, a Inter voltou com uma postura bem mais agressiva para a segunda etapa e, logo aos 50 minutos, Dumfries ganhou um duelo aéreo e Lautaro empatou. Os instantes seguintes foram os melhores da Beneamata na partida: o argentino se movimentava constantemente e o holandês atuava espetado como um atacante. A virada parecia apenas questão de tempo. Bem, parecia.

Inzaghi promoveu trocas na equipe, tirando Lukaku e Dimarco para as entradas de Dzeko e Gosens, mas não corrigiu a questão da criação no meio-campo, que implorava por Çalhanoglu, e errou ao substituir Dumfries por Darmian. Sem o incomodo do ala holandês pelo lado direito, a Lazio recuperou terreno e castigou com Luis Alberto e Pedro, que haviam entrado pouco antes.

O primeiro espanhol a brilhar foi Luis Alberto, que, com extrema felicidade, finalizou uma jogada que começou na direita e terminou no lado contrário. Depois do tremendo golaço do camisa 10, Pedro deixou a zaga da Inter na saudade e colocou a bola na bochecha da rede. A Lazio soube levar a partida e aproveitou seus melhores momentos para punir a Inter. Já Inzaghi teve jornada para esquecer e demonstrou não ter aprendido com erros cruciais que cometeu na temporada passada. (HM)

Fiorentina 0-0 Napoli

Tops: Amrabat (Fiorentina) e Anguissa (Napoli)
Flops: Jovic (Fiorentina) e Lozano (Napoli)

Como Fiorentina e Napoli são dois dos times mais capazes de entregar um futebol brilhante na Serie A, se imaginava que teríamos um grande jogo no Artemio Franchi. Contudo, os sistemas defensivos se sobressaíram diante de uma noite apagada dos criativos de ambos os lados. Pouquíssimas chances foram criadas ao longo dos 90 minutos.

O primeiro tempo da peleja foi sofrível. De um lado, a Fiorentina tentou ameaçar o Napoli em investidas com Sottil, mas ofereceu apenas petelecos para Meret, que não teve dificuldades. Os visitantes, contudo, chegaram a balançar as redes, mas o gol de Osimhen foi bem anulado – o nigeriano estava impedido.

Na etapa complementar, as equipes tentaram acelerar o jogo. O Napoli teve uma chance cristalina quando Kvaratskhelia cruzou com perfeição para Lozano que, sozinho, conseguiu cabecear para fora. A Fiorentina respondeu com um chute perigoso do estreante Barák, e foi só. Dali em diante, as principais oportunidades foram dos partenopei, que também lançaram mão de um debutante: Raspadori, que se mostrou bastante ativo, apesar da ineficácia nas finalizações. (Nelson Oliveira)

Se Inzaghi não fez mudanças necessárias para a Inter, Sarri fez a Lazio vencer o duelo com as entradas de Pedro e Luis Alberto (Getty)

Cremonese 1-2 Torino

Gols e assistências: Sernicola (Dessers); Vlasic e Radonjic (Vojvoda)
Tops: Radonjic e Ricci (Torino)
Flops: Aiwu e Bianchetti (Cremonese)

Em Cremona, o Torino venceu os donos da casa com autoridade e o placar acabou não traduzindo o quão superior o time de Juric foi no confronto. A partida começou com a Cremonese buscando estabelecer posses longas, trabalhando o início de suas jogadas quase sempre pelo lado direito, com Vásquez e Escalante. Contudo, a equipe da casa encontrava muita dificuldade em progredir, sendo obrigada a recuar sempre que chegava em campo ofensivo. Assim, aos poucos foi arriscando cada vez mais passes verticais, que acabavam virando recuperações do Toro.

O time de Juric é moldado para o contra-ataque e ficou bastante confortável em ver os adversários com a posse. Com Singo sendo uma arma muito importante pelo lado direito e tendo em Sanabria um atacante muito capaz de gerar espaços e ajudar no jogo coletivo de seus companheiros, Vlasic e Radonjic foram tomando conta da partida. Aos 17, Vojvoda recebeu pela esquerda e, na sequência do lance, a bola sobrou na medida para Vlasic marcar.

O Torino seguiu em cima, criou muitas chances e poderia ter ampliado o placar ainda no primeiro tempo. Não fez. O gol que estava desenhado desde então só aconteceu aos 65 minutos, quando Radonjic recebeu na intermediária, tabelou com Vojvoda e apareceu na grande área para mandar a bola para o fundo da rede. Superada coletivamente, a Cremonese outra vez mostrou uma capacidade mental boa, sendo capaz de continuar lutando para voltar para a partida.

Com Dessers trabalhando muito bem como pivô, a equipe treinada por Alvini começou a ter um maior volume ofensivo e criar chances. Até que, aos 80 minutos, Sernicola aproveitou uma bola ajeitada pelo nigeriano e finalizou com extrema felicidade, marcando um golaço. Os grigiorossi tentaram ensaiar uma pressão pelo empate, mas o Torino segurou a vitória e consolidou seu ótimo início de campeonato. Os donos da casa, outra vez, conseguiram ser competitivos e mostraram resiliência, mas já somam três derrotas. (HM)

Verona 0-1 Atalanta

Gols e assistências: Koopmeiners (De Roon)
Tops: Montipò (Verona) e Musso (Atalanta)
Flops: Lasagna (Verona) e Zapata (Atalanta)

O Verona fez a sua melhor partida na temporada, mas mesmo assim continua sem vencer. Longe de ser brilhante, a Atalanta teve dificuldades na etapa inicial e, ainda que tenha testado bastante o goleiro Montipò, mostrou problemas para finalizar jogadas e correu o risco de desperdiçar pontos no Marcantonio Bentegodi.

Os mandantes começaram bem na partida, mas não conseguiram direcionar seus arremates. Do outro lado, a Atalanta travou na falta de entrosamento entre Lookman e Zapata, bastante apagados. Gasperini, então, decidiu mexer no intervalo e viu o seu time crescer com as entradas de Muriel no lugar do nigeriano e do brasileiro Éderson no posto de Soppy. Após boas tentativas, o Verona vacilou e deixou Koopmeiners avançar com tranquilidade na intermediária. Sem hesitar, o holandês chutou no cantinho.

Com o gol, a partida ficou mais aberta. Explorando os flancos, a Atalanta obrigou Montipò a rebater finalizações perigosas de Malinovskyi, Zortea e Rafael Toloi. Éderson, por sua vez, teve ótima ocasião, mas arrematou por cima da baliza dos butei. Do outro lado, coube a Musso garantir o triunfo nerazzurro, num duelo particular com Lazovic. O capitão do Verona acertou o travessão num chute de longa distância e, já nos últimos minutos, quase encobriu o argentino. (NO)

As defesas saíram vitoriosas no confronto entre Fiorentina e Napoli (Getty)

Salernitana 4-0 Sampdoria

Gols e assistências: Dia (Bonazzoli), Bonazzoli (Dia), Vilhena (Coulibaly) e Botheim (Dia)
Tops: Dia e Vilhena (Salernitana)
Flops: Ferrari e Colley (Sampdoria)

A Salernitana mudou da água para o vinho e ratificou o seu novo momento com uma de suas maiores vitórias na Serie A – anteriormente, só tinha obtido dois triunfos por quatro ou mais gols de vantagem em sua experiência na elite. A goleada, que teve show de Dia e ótimas participações de Vilhena, Bonazzoli e Sepe, também mostrou os limites de uma Sampdoria que brigará para não cair.

A equipe da casa encaminhou o grande triunfo em apenas 16 minutos. Logo aos 7, a Salernitana encaixou um contra-ataque e Bonazzoli cruzou na medida para Dia empurrar para as redes – Colley chegou atrasado e não conseguiu cortar. Pouco depois, o senegalês retribuiu o presente. Com grande desvantagem, a Sampdoria teve uma oportunidade de diminuir o placar, mas Djuricic, Caputo e Léris pararam em Sepe num espaço de alguns segundos. O arqueiro granata fez grande intervenção no arremate do camisa 10 doriano, mas contou com o perdão do francês, que perdeu chance inacreditável.

Logo no início do segundo tempo, a Salernitana efetuou uma linda troca de passes e, após a tabela entre Vilhena e Coulibaly, o holandês ampliou. O quarto e definitivo gol saiu depois que Dia recuou seu posicionamento e enfiou em profundidade para Botheim tocar na saída de Audero. Festa para Nicola e seus comandados, que têm a ciência de que poderão realizar um campeonato tranquilo, e pesadelo para Giampaolo e companhia: há muito o que se arrumar na casa blucerchiata. (NO)

Monza 1-2 Udinese

Gols e assistências: Colpani (Caprari); Beto (Rodrigo Becão) e Udogie (Nestorovski)
Tops: Rodrigo Becão e Beto (Udinese)
Flops: Caldirola e Valoti (Monza)

Num duelo movimentado no Brianteo, o Monza voltou a sentir o peso da estreia na elite e levou a virada da Udinese. Espelhadas no 3-5-2, as equipes começaram a partida trocando ataques rápidos, com sutis diferenças no desenrolar da criação ofensiva. Enquanto o time da casa apostou muito em Petagna como uma referência física, no intuito de segurar os zagueiros e fazer o trabalho de pivô, a formação visitante investiu em um jogo mais exterior – tendo Deulofeu como centralizador, mas com a participação de seus alas.

De similar, tivemos a influência dos defensores nos gols marcados. Primeiro foi Carlos Augusto, que vem se destacando como zagueiro canhoto de bom passe e boas arrancadas, quem criou boa jogada pela esquerda: Caprari recebeu e rolou para Colpani marcar para o Monza. Logo depois, foi a vez de Rodrigo Becão se lançar ao ataque, tabelar com Deulofeu e cruzar na medida para Beto empatar o jogo.

O segundo tempo teve um ritmo bem mais controlado. As duas equipes conseguiram fazer um trabalho defensivo mais efetivo, deixando de lado a trocação insana da primeira etapa. Percebendo a mudança na estrutura da partida, Stroppa colocou Gytkjaer na vaga de Petagna e Pessina na vaga de Colpani. O Monza passou a jogar no 3-4-2-1, com um enfoque maior em controlar a posse de bola e contar com um ataque móvel e ligado em agredir a última linha da Udinese.

Apesar de ter sucesso no sentido de ditar o caminho do jogo, o Monza não teve um volume de chances muito grande. Já a Udinese, mesmo chegando poucas vezes, era eficaz, através do talento de Deulofeu. Aos 77, Udogie recebeu na esquerda, tabelou com o camisa 10 e virou a partida com uma jogadaça. Os biancorossi tentaram pressionar no fim, mas pouco conseguiram criar. Vitoriosa, a equipe visitante ainda teve um gol bem anulado de Pereyra. (HM)

Guiado por Radonjic, o Torino é um dos times que lideram a Serie A (Getty)

Spezia 2-2 Sassuolo

Gols e assistências: Bastoni e Nzola (pênalti); Frattesi (Kyriakopoulos) e Pinamonti (Toljan)
Tops: Bastoni (Spezia) e Frattesi (Sassuolo)
Flops: Caldara (Spezia) e Erlic (Sassuolo)

Em um sábado com grandes confrontos na Serie A, Spezia e Sassuolo acabaram escondidos na rodada. No entanto, entregaram uma partida divertidíssima no Alberto Picco. O duelo começou em ritmo alucinante, com transições rápidas e um jogo bastante vertical. A partir de um meio-campo bastante leve e muito técnico, com Matheus Henrique, Lopez e Frattesi, os visitantes conseguiram trocar passes em zona central, se aproximarem e acelerarem até encontrarem um dos pontas. Já o time da casa optou, mais uma vez, por focar bastante em seus alas, que recebiam ainda em campo defensivo, trabalhavam tabelas rápidas com os meias e já iam em direção à linha de fundo.

Atuando como um ponta, Kyriakopoulos vem fazendo um ótimo começo de temporada, no qual tem utilizado sua mais efetiva arma: receber colado à linha lateral e tentar cruzamentos. Foi assim que, aos 27 minutos, o grego levantou a cabeça e encontrou Frattesi se infiltrando em meio aos zagueiros adversários para abrir o placar. Apenas três minutos depois, foi a vez de o Spezia responder à sua maneira. Reca partiu pelo lado esquerdo, Nzola serviu como apoio e, na sobra, Bastoni apareceu na entrada da área para colocar no ângulo de Consigli.

No último lance da primeira etapa, o Spezia teve um escanteio pelo lado direito e Ferrari acabou atingindo Hristov na disputa pelo alto. O árbitro foi chamado pelo VAR e apontou o pênalti. Nzola cobrou com extrema categoria, deslocando o goleiro e virando o placar. Logo na volta do intervalo, Toljan tentou um lançamento despretensioso na direção de Pinamonti, Caldara e Drągowski se chocaram em uma trapalhada homérica e o camisa 9 ficou na boa para deixar tudo igual. O Sassuolo foi bastante superior no restante da partida, mas Drągowski se redimiu da falha com defesas importantes em tentativas de Matheus Henrique e Defrel. No fim, Ekdal ainda foi expulso, mas os spezzini conseguiram se segurar. (HM)

Lecce 1-1 Empoli

Gols e assistências: Gabriel Strefezza (Banda); Parisi
Tops: Banda (Lecce) e Vicario (Empoli)
Flops: Bistrovic (Lecce) e Stojanovic (Empoli)

Não foi dessa vez que Lecce e Empoli conseguiram vencer no campeonato. No geral, os pequenos até fizeram uma partida interessante no Via del Mare, na qual vários jogadores jovens apareceram com destaque – a exemplo de Banda e Gabriel Strefezza, pelos mandantes, e Vicario, Parisi e Baldanzi, pelos hóspedes.

O Empoli saiu na frente aos 23 minutos, depois que Parisi roubou a bola no seu próprio campo e progrediu até a intermediária. O lateral chutou mal, mas o toque em Baschirotto, no meio do caminho, matou qualquer possibilidade de defesa por parte de Falcone. O Lecce empatou perto do intervalo, depois que Banda fez ótima jogada e rolou para o brasileiro Strefezza arrematar no ângulo.

No segundo tempo, o Lecce cresceu na partida, quase sempre apostando em Banda e Strefezza. Na melhor oportunidade, o zambiano chutou forte e só não marcou por causa de uma intervenção espetacular de Vicario. Como Ceesay não teve uma grande atuação, ficou mais difícil de os salentinos encontrarem melhor sorte no encerramento da rodada. (NO)

Seleção da rodada

Montipò (Verona); Kalulu (Milan), Milenkovic (Fiorentina), Smalling (Roma); De Ketelaere (Milan), Amrabat (Fiorentina), Milinkovic-Savic (Lazio), Radonjic (Torino); Pedro (Lazio), Dia (Salernitana), Rafael Leão (Milan). Técnico: Maurizio Sarri (Lazio).

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