Liga das Nações Seleção italiana

A Itália venceu a Inglaterra em San Siro e se manteve viva na Nations League

Itália e Inglaterra voltaram a se enfrentar três meses depois do confronto de junho, ocorrido em Wolverhampton. Ao contrário daquela partida, que teve um caráter de testes, com as duas seleções entrando em campo com formações de média etária na faixa dos 26 anos, o duelo de San Siro valia muito. Enquanto a Nazionale queria afastar qualquer risco de rebaixamento na Liga das Nações e ainda estava de olho na vaga no Final Four do torneio, a seleção britânica lutava para não ser rebaixada para a segunda divisão. No fim das contas, os azzurri venceram por 1 a 0 e relegaram os adversários à categoria inferior.

Na teoria, o duelo prometia muito. Mas, na prática, a partida foi jogada em banho-maria e tom melancólico. De um lado, tínhamos uma Itália bem desfalcada e que testava um 3-5-2; de outro, uma Inglaterra com poucas ideias e baixíssima eficácia ofensiva – o que justifica o fato de os ingleses terem marcado apenas um gol no Grupo A3.

Desde que assumiu, Mancini vem implementando e trabalhando uma saída sustentada. Quando a Itália tem a bola, um dos laterais segura como terceiro zagueiro, e o ponta daquele setor recua para cuidar de todo o corredor. Contudo, dessa vez a ideia foi diferente: realmente se viu um sistema com três zagueiros (Rafael Toloi, Bonucci e Acerbi) tanto para atacar quanto para defender.

O primeiro tempo teve um ritmo bastante arrastado. A Inglaterra até assumiu o controle da posse de bola, mas teve muita lentidão para circulá-la, facilitando a marcação da Itália. Diferentemente do que está sendo estabelecido em todo o trabalho de Roberto Mancini, dessa vez a Nazionale apostou numa postura menos agressiva. A Squadra Azzurra ainda buscou trabalhar de pé em pé, mas com um jogo mais direto, focado na chegada dos alas à linha de fundo – principalmente Dimarco, pela esquerda.

Num dos poucos grandes momentos do jogo, Raspadori marcou belo gol (Getty)

Como pouquíssimas oportunidades foram criadas pelas duas seleções, Donnarumma e Pope pouco trabalharam. Na melhor chance da Itália, Dimarco cruzou pelo lado esquerdo e Scamacca cabeceou para boa defesa do goleiro inglês, que ainda foi ajudado pela trave.

As equipes voltaram do intervalo sem alterações, o que se refletiu na continuidade da dinâmica da partida. Aos 63, Mancini trocou Scamacca por Gnonto e Barella por Pobega, buscando injetar agressividade na Itália e um jogo de maior movimentação. Poucos minutos depois, Bonucci achou lindo lançamento para Raspadori, que estava apagado. O atacante da Napoli dominou, cortou e buscou espaço para finalizar. Bloqueado pelos defensores ingleses, reajustou o corpo e mandou a bola no canto direito do gol defendido por Pope, marcando um belo gol.

Depois do gol sofrido, a Inglaterra de Gareth Southgate realizou trocas e buscou atacar mais, sem encontrar sucesso em momento algum. Com o jogo controlado no aspecto defensivo, a Itália criou oportunidades em lances de transição, mas acabou desperdiçando a possibilidade do segundo gol. Gabbiadini, Frattesi e Emerson ainda vieram a campo, mas pouco participaram.

No fim, a Itália conseguiu uma vitória relativamente inesperada, diante do alto número de desfalques. No outro jogo do grupo, a Hungria venceu a Alemanha fora de casa e eliminou os germânicos da competição. Na liderança da chave, os húngaros receberão os italianos, que vêm logo atrás, para a definição da vaga no Final Four da Nations League. Antes desacreditada, a Nazionale vai entrar em campo na segunda-feira, em Budapeste, precisando de uma vitória simples para se classificar.

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