Liga das Nações Seleção italiana

Em jogo com bons testes, a Itália empatou com a Inglaterra na Liga das Nações

Neste sábado, 11 de junho, Inglaterra e Itália voltaram a se enfrentar pela primeira vez desde a final da Euro 2020. Assim como na decisão do torneio continental, a partida também aconteceu em solo inglês, terminou empatada e com sabor mais doce para os comandados de Roberto Mancini. O 0 a 0 manteve a Nazionale na liderança do Grupo A3 da Nations League.

Em partida válida pela terceira rodada da Liga das Nações, disputada em Wolverhampton, Mancini deu prosseguimento ao processo de renovação e observação de jogadores, escalando uma equipe com média de idade de 25 anos e promovendo a estreia do zagueiro Federico Gatti, que foi contratado pela Juventus em janeiro e mantido em empréstimo ao Frosinone, onde vinha se destacando como um dos melhores zagueiros da Serie B – o defensor ainda nem estreou na elite. Gareth Southgate respondeu na mesma moeda, mandando a campo uma Inglaterra bastante jovem, com 26 anos de média e os “italianos” Abraham e Tomori.

O primeiro tempo se desdobrou de maneira muito aberta, com as duas equipes trabalhando passes e criando muitas chances. Os ingleses ficaram mais com a bola e articularam muito através de triangulações por dentro, contando com Mount como um direcionador de jogadas. A Itália teve certa dificuldade para progredir em campo de maneira equilibrada, mas encontrou pelo lado direito uma zona muito propicia para atacar e emendar oportunidades.

Com Trippier improvisado na lateral esquerda inglesa, a Nazionale juntou Frattesi e Pessina nessa mesma zona do campo, criando espaço para Di Lorenzo progredir, receber e ser o melhor jogador do primeiro tempo. Ao menos duas grandes oportunidades de gol foram articuladas por ambas as equipes, com Ramsdale e Donnarumma sendo muito importantes para manter o placar inalterado. O arqueiro britânico fez defesa excepcional ante Tonali, foi seguro contra Locatelli e, no início, ainda levou sorte de Frattesi não ter direcionado bem o seu arremate. Do outro lado, Gigio triscou os dedos na bola e a fez tocar no travessão, em chute de Mount.

Um dos estreantes da Itália na partida contra os ingleses, o zagueiro Gatti teve boa atuação (Getty)

O segundo tempo foi bem diferente do primeiro. As equipes voltaram a campo mais cautelosas na hora de construir suas jogadas e essa mudança de ritmo favoreceu a Inglaterra, que soube aproveitar a presença de Abraham para criar espaço para as infiltrações de seus pontas. Em uma delas, Sterling perdeu uma chance inacreditável, já na pequena área e com Donnarumma vendido no lance.

Mancini promoveu trocas na equipe, dando mais uma oportunidade a Gnonto e levando o meio-campista Salvatore Esposito – irmão de Sebastiano Esposito, atacante revelado pela Inter – a fazer sua estreia pela seleção principal. Assim como Gatti, o meia, que defende a Spal, ainda não debutou na elite italiana. Com as trocas nas equipes, o jogo foi perdendo ritmo e pouca coisa de relevância aconteceu até o apito final. A melhor oportunidade da Squadra Azzurra, que ocorreu antes das alterações, foi num belo passe por elevação de Pellegrini para Di Lorenzo.

Vivendo um processo natural de renovação, Mancini vai oferecendo minutos para os jogadores jovens em partidas de alta exigência, sem realizar muitas mudanças no aspecto tático. No momento, o mais importante é avaliar a postura e a naturalidade com que esses atletas se adequam ao ambiente da seleção. E isso tem sido positivo. Inclusive, manda um recado para os técnicos do país: os garotos podem e devem ser utilizados com maior frequência.

Além de ter conseguido sucesso nos testes, a Itália também vai somando resultados importantes, que ajudam a dar tranquilidade para o momento de renovação do plantel. Os azzurri chegaram a 5 pontos em três jogos e lideram o Grupo A3 da Nations League. A partir daí, temos uma “escadinha”: a Hungria tem 4, a Alemanha, 3, e a Inglaterra, 2.

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