Liga dos Campeões

Milan e Juventus tiveram estreias agridoces na Champions League

Nesta terça, 6 de setembro, a Itália estreou na Champions League 2022-23. Milan e Juventus foram os primeiros times da Velha Bota a entrarem em ação, mas saíram de campo sem vitórias. Apesar da falta de triunfos, a rodada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões ofereceu alguns motivos para rossoneri e bianconeri confiarem em melhores resultados no restante da competição. Confira como foram as partidas.

Paris Saint-Germain 2-1 Juventus

Na sua estreia, a Juventus foi a Paris enfrentar o PSG, seu grande rival no grupo e um dos favoritos ao título da temporada. Na Cidade Luz, a equipe italiana encontrou exatamente o que esperava: um trio de ataque talentoso, inspirado e vivendo grande fase. A missão dificílima de parar Mbappé, Messi e Neymar começou a ser frustrada logo aos 4 minutos de jogo, quando o time da casa abriu o placar, com grande passe do brasileiro para o francês arrematar.

A partida se desenhou de forma a apresentar um domínio completo do Paris Saint-Germain durante os 90 minutos. Os jogadores do meio-campo mandante trocavam passes incansavelmente, e a equipe de Allegri, que se postava no 3-5-2, apenas assistia. Assim, aos 22, o PSG chegou novamente em troca de passes rápidos e marcou o segundo gol, após tabela de Hakimi e Mbappé, que encontrou as redes outra vez.

Tentando evitar um resultado desastroso, a Juve praticamente se preocupou apenas em não tomar outro gol antes de ir ao vestiário se reorganizar – a não ser quando Milik fez Donnarumma executar grande defesa. E, de certa forma, conseguiu: o time voltou para a etapa final com uma postura diferente, e com menos de 10 minutos, diminuiu a vantagem com McKennie, que havia entrado justamente no intervalo. Antes de o norte-americano cabecear a bola cruzada por Kostic, o arqueiro italiano falhou na saída da baliza.

O gol deu esperança ao time italiano, ainda que o PSG continuasse a chegar com muita facilidade até a área da Juve, o que obrigou Perin a trabalhar. Isso fazia com que os jogadores bianconeri, principalmente os de meio-campo, ficassem receosos em atacar simultaneamente – impedindo uma pressão eficaz. A Juventus conseguia ter a bola por mais tempo do que nos primeiros 45 minutos, mas agredia os franceses em minoria numérica e ficava sem opções para finalizar as jogadas. E isso durou até o fim da partida.

No fim das contas, a Juventus terminou o jogo com a impressão de que poderia ter buscado ao menos um ponto, e ciente de que conseguiu entregar uma reação condizente com o seu tamanho. Considerando o contexto da partida e os desfalques do time de Allegri, há esperança de que a Velha Senhora possa recuperar terreno na campanha europeia. No outro duelo do Grupo H, o Benfica venceu o Maccabi Haifa por 2 a 0 e assumiu a liderança da chave.

O Milan não mostrou muita inspiração, mas voltou da Áustria com um ponto na bagagem (AFP/Getty)

Salzburg 1-1 Milan

O Milan estreou na Champions League 2022-23 fazendo o segundo jogo do Grupo E na rodada. Portanto, já estava ciente de que o Chelsea, grande favorito, havia tropeçado ao enfrentar o Dinamo Zagreb na Croácia. Conquistar os três pontos na Áustria, frente ao Salzburg, significaria não só iniciar a competição com o pé direito como também largar na frente na disputa pela liderança da chave. Porém, o que se viu nos primeiros minutos foi uma equipe nervosa e sem conseguir trocar muitos passes.

Logo aos 28 minutos, esse nervosismo foi escancarado quando Bennacer e Kalulu cometeram erros seguidos, o que resultou no gol do Salzburg – marcado por Okafor após uma grande ação. Com o time da casa em vantagem, criou-se um contexto diferente na partida, que até então era muito mais brigada do que jogada. O Milan precisava do empate, e os austríacos pareciam se contentar com a vantagem mínima e com a expectativa de se defender na hora que restava.

Durante pouco mais de 10 minutos, a equipe italiana martelou a defesa adversária incansavelmente. A recompensa foi obtida nos instantes finais do primeiro tempo em uma jogada de Rafael Leão – sempre ele. Pela esquerda, o português costurou e efetuou um passe que deixou Saelemaekers na condição perfeita para empatar o duelo.

Naquele momento, o Milan parecia estar aliviado por ter corrigido seus erros ainda antes do intervalo, e por ainda ter todo o segundo tempo para buscar a vitória. Porém, o que se viu na volta foi diferente. O jogo voltou a ser mais disputado fisicamente que na bola, e as equipes pouco conseguiram criar. O Diavolo exerceu certo domínio durante cerca de 20 minutos da etapa complementar, mas esbarrava na falta de pontaria do seu ataque, que finalizou 16 vezes e acertou a meta em apenas quatro.

A situação obrigou o técnico Pioli a recorrer ao banco, inclusive a Dest, novo contratado – que entrou no lugar de um irritadíssimo Calabria. Porém, as mudanças não surtiram o efeito esperado, e isso fez com que o Salzburg conseguisse o domínio do jogo no último terço do campo. Só que os austríacos também não estavam inspirados. Já no fim da partida, Rafael Leão tentou, mas a trave impediu o gol que daria os primeiros três pontos ao Milan na Champions League.

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