Liga dos Campeões

Enquanto a Juventus já vive um drama na Liga dos Campeões, o Milan lidera o seu grupo

Nesta quarta, 14 de setembro, Juventus e Milan voltaram a ter resultados distintos na Champions League. Mas, se a atuação na derrota para o Paris Saint-Germain, na primeira rodada, deixou ensinamentos e esperanças para a Velha Senhora, a involução que a equipe apresentou no tropeço caseiro diante do Benfica só fez a torcida se preocupar. Os rossoneri, por sua vez, confirmaram o momento de ascensão e venceram o Dinamo Zagreb, chegando à liderança de seu grupo. Confira a análise das partidas.

Juventus 1-2 Benfica

Ao contrário de seus rivais nacionais, a Juventus se colocou em uma situação complicadíssima depois de apenas duas rodadas disputadas na Champions League. Pela primeira vez em sua história, a Velha Senhora chegou a esta altura da competição com duas derrotas. E, pior, já vê Paris Saint-Germain e Benfica, seus principais oponentes no Grupo H, acumularem duas vitórias em dois jogos. Seis pontos atrás dos adversários, a equipe de Massimiliano Allegri precisará escalar uma montanha gigantesca para se classificar a próxima fase.

Após a derrota para o PSG em Paris, a equipe italiana recebeu o Benfica e até chegou a enganar o torcedor, que pode acreditar que teria uma noite feliz. Logo aos 4 minutos, Milik abriu o placar e bagunçou totalmente a classificação do Grupo H, já que, simultaneamente, os franceses perdiam para o modesto Maccabi Haifa na outra partida da chave – assim, todos ficariam com 3 pontos somados em duas rodadas.

Porém, em questão de minutos, a Velha Senhora viu o cenário ideal se desmanchar e se transformar em preocupações. O pênalti cometido por Miretti em Gonçalo Ramos, no final do primeiro tempo, trouxe ares de tensão para o torcedor, já que João Mário encheu o pé e levou os portugueses ao empate. Além disso, chegava a notícia de que o Maccabi Haifa também não havia sustentado a vantagem contra o PSG.

A Juventus ficou na obrigação de ganhar a partida a qualquer custo. E, para piorar, ainda foi possível ouvir protestos contra o técnico Allegri no intervalo. Na volta para o segundo tempo, o treinador orientou sua equipe a tentar se impor. Na maior parte da etapa final, o time teve muito mais a bola em sua posse, mas não teve qualquer eficiência – como tem sido praxe no trabalho do comandante toscano. Na verdade, foi o Benfica que finalizou mais vezes. Logo aos 55 minutos, os encarnados conseguiram a virada, após David Neres aproveitar rebote de Perin.

Em desvantagem, Allegri fez mudanças no meio e no ataque, mas elas não surtiram efeito e a Juve não conseguia chegar ao empate. A partir dos 70 minutos, o Benfica de Roger Schmidt abriu mão de atacar em grande número e, tentando se segurar, levou a Juventus para o seu campo de defesa. Não era mesmo a noite dos bianconeri, que colocaram bola na trave, empilharam chances perdidas e até tiveram um gol anulado quando a partida se aproximava do seu fim.

Com a derrota em casa, a Juve se vê precisando descontar uma desvantagem de seis pontos para os concorrentes, e encara o Maccabi Haifa na próxima rodada, numa partida em que é favorita. Porém, a equipe de Turim terá que lutar contra a pressão criada sobre esse jogo, que se tornou extremamente decisivo.

Giroud deu início à boa vitória do Milan sobre o Dinamo Zagreb (Getty)

Milan 3-1 Dinamo Zagreb

O Milan recebeu, em San Siro, a equipe que surpreendeu o Grupo E na primeira rodada. Vindo de uma vitória sobre o Chelsea, o Dinamo Zagreb voltou a mostrar qualidade contra os rossoneri, que tiveram eficiência e triunfaram em casa pela Liga dos Campeões após um jejum de seis partidas. Vale destacar que, na estreia, o Diavolo havia empatado com o Salzburg, na Áustria.

Stefano Pioli fez os seus jogadores entrarem com a atenção redobrada para evitar novas surpresas dos croatas. O início do jogo foi de superioridade do Milan, e o gol parecia apenas questão de tempo. Mas os minutos foram passando, o time se mostrou nervoso com a demora para abrir o placar, e passou perto de ver a superioridade nas estatísticas da partida ir por água abaixo quando o Dinamo Zagreb colocou uma bola na trave do goleiro Maignan. Nos acréscimos da primeira etapa, a história mudou. Rafael Leão sofreu pênalti e Giroud inaugurou o marcador.

Na volta para o segundo tempo, o Milan já foi logo comemorando. Leão cruzou na cabeça de Saelemaekers, que aumentou o placar na primeira jogada criada após o intervalo. Devido à desvantagem, a equipe do Dinamo Zagreb se viu obrigada a abrir mão da defesa implacável que havia construído para buscar o empate. Com isso, o Diavolo passou a acumular chances de ampliar e matar a partida.

Só que os croatas, treinados por Ante Cacic, têm qualidade. E conseguiram descontar numa jogada tramada por dois atacantes de passagem pela Itália: Petkovic (ex-Catania, Varese, Reggiana, Virtus Entella, Trapani, Bologna e Verona) fez um belo trabalho de pivô e ajeitou para Orsic, ex-Spezia, finalizar com precisão. Só que o Milan não esmoreceu, continuou a mandar na partida e marcou o terceiro com Pobega, que entrou no decorrer do segundo tempo. O meio-campista tabelou com Hernandez e fez um golaço, dando números finais ao duelo.

Na outra partida do grupo, o Milan ainda pode comemorar um resultado perfeito: com o 1 a 1 entre Chelsea e Salzburg, o Diavolo assumiu a liderança isolada da chave, com 4 pontos. Ou seja, nesta noite o time rossonero voltou a vencer um compromisso de Liga dos Campeões em sua casa após quase uma década, convenceu o seu torcedor com uma atuação elogiável e abriu vantagem sobre a equipe londrina, que, teoricamente, é a sua principal concorrente ao primeiro lugar. Na próxima rodada, o confronto direto entre italianos e ingleses servirá de tira-teima.

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