Nesta quarta, 5 de outubro, Milan e Juventus entraram em campo pela terceira rodada da Liga dos Campeões. De um lado, o time rossonero teria o compromisso mais complicado da fase de grupos, ao visitar o Chelsea em Londres – uma tarefa dificultada pelo grande número de desfalques na equipe. Os bianconeri, por sua vez, só precisavam confirmar a superioridade sobre o Maccabi Haifa, em Turim. Confira as análises das partidas.
Chelsea 3-0 Milan
O Milan foi a Londres enfrentar o Chelsea, buscando defender a liderança do Grupo E na Champions League, enquanto os ingleses ainda buscavam sua primeira vitória na competição. No fim das contas, pesaram os desfalques no time italiano, que só relacionou 20 atletas para a partida – Maignan, Calabria, Hernandez, Florenzi, Kjaer, Saelemaekers, Junior Messias e Ibrahimovic estão no departamento médico.
Logo cedo, no jogo de abertura da rodada, o Salzburg venceu o Dinamo Zagreb e colocou ainda mais pressão no Chelsea para o confronto. Afinal, o time austríaco assumiu provisoriamente a liderança, com 5 pontos, quatro a mais do que os Blues.
A necessidade da equipe inglesa de vencer a todo custo se transformou em um amplo domínio da partida. Na maior parte do tempo, o desfalcado Milan se portou de forma assustada e aceitou a pressão do Chelsea, que logo chegou ao gol. Na pressão em jogadas aéreas, com Thiago Silva magnânimo pelo alto, Fofana conseguiu vencer o esforçado Tatarusanu.
Sem mostrar qualquer poder de reação, o Milan ainda viu Mount ter um gol anulado e Krunic perder uma chance clara de empatar, aos 43 minutos. Essa foi a primeira chance dos rossoneri no jogo.
Criando pouco, finalizando menos ainda e desperdiçando as chances que o acaso trouxe, o Milan assistiu o Chelsea se impor ainda mais no segundo tempo e matar o jogo, com tentos de Aubameyang – formado em Milanello – e James, aos 56 e 61 minutos, respectivamente. No fim, o 3 a 0 deu ao Diavolo um prejuízo inesperado no saldo de gols, que hoje coloca o Chelsea na vice-liderança do grupo e tira o Milan, empatado com 4 pontos, da zona de classificação. Atrás, o Dinamo Zagreb tem 3.
Juventus 3-1 Maccabi Haifa
Pressionada e buscando pontuar pela primeira nessa edição da Champions, a Juventus recebeu a equipe do Maccabi Haifa para a primeira das suas quatro “finais” na competição. Em caso de tropeço, combinado com a vitória para um dos lados no confronto entre Benfica e Paris Saint-Germain, os italianos poderiam ficar a nove pontos de distância do líder do grupo, restando exatamente nove em jogo. Ou seja, não vencer os israelenses em Turim era uma hipótese que o time de Allegri não poderia nem cogitar.
Em campo, o time fez valer o favoritismo. Seus torcedores assistiram a primeira noite inspirada de Di María com a camisa da Juve e Rabiot sendo decisivo, ao marcar dois gols, ambos com assistência do argentino. O primeiro deles ocorreu numa tabelinha no primeiro tempo: aos 35, o francês recebeu uma enfiada e chutou forte, sem chances para o arqueiro Cohen.
A Juventus ampliou no início do segundo tempo. Vlahovic também deixou o seu, para não perder o hábito, e também após receber um passe de Di María. E, quanto a isso, vale ressaltar a maestria usada nos toques para deixar seus companheiros em condições de marcar. O argentino chegou a fornecer outro passe primoroso para o sérvio, que teve tento anulado por impedimento.
A defesa, que vem sendo um problema para Allegri, não passou por muitos sofrimentos durante o jogo, mas não conseguiu sair com sua baliza intacta. E também não mostrou segurança quando pressionada. O Maccabi Haifa teve seu gol de honra quando Chery efetuou lançamento nas costas de Bremer e Szczesny facilitou, saindo mal da área: foi driblado por David, que só rolou para as redes. Depois, os israelenses ainda acertaram a trave três vezes. Di María, então, serenou os ânimos ao bater escanteio na cabeça de Rabiot e proporcionar o tento definitivo.
Na classificação, a Juve alcançou seus primeiros 3 pontos, e para dar mais esperança aos torcedores, Benfica e PSG ficaram no empate, chegando a 7. As duas equipes seguem dividindo a liderança do Grupo H, porém, a combinação permite que os italianos encostem nos rivais em caso de vitória em Haifa, na quarta rodada, e um triunfo de portugueses ou franceses no próximo confronto direto. Allegri e companhia, vale lembrar, ainda encaram os adversários nas últimas jornadas.