Entre sexta, 19 de maio, e segunda, 22, a Serie A viveu momentos bastante agitados dentro e fora dos gramados. Sem dúvidas, o fato mais importante desses últimos dias ocorreu nos tribunais: o julgamento do recurso da Juventus no processo por fraude fiscal, que já havia levado às condenações de dirigentes como Andrea Agnelli, Fabio Paratici, Maurizio Arrivabene e Federico Cherubini. No fim das contas, a corte absolveu cartolas sem poder de decisão na situação analisada, como Pavel Nedved, e – considerando os atos dos diretores já punidos – estabeleceu uma penalização de 10 pontos para a Velha Senhora, que caiu da segunda para a sétima posição. Para piorar, os bianconeri ainda foram goleados pelo Empoli logo após a sentença ser proferida e viram as possibilidades de terminarem entre os quatro primeiros, reais mesmo com a sanção, minguarem.
A confirmação da pena para a Juventus reembaralhou as cartas no topo da tabela. De cara, garantiu a vaga da Lazio na próxima edição da Champions League, deixou a Inter muito perto de alcançar o mesmo objetivo e levou o Milan ao G4. A Atalanta, que parecia distante da briga, agora se vê com chances reais – já a Roma, que tropeçou na rodada, segue longe. Para os times que estão abaixo da Velha Senhora, nada muda, já que os bianconeri têm uma vantagem de sete pontos sobre o Monza, atual oitavo colocado, com apenas seis em disputa. Confira, abaixo, o resumo da jornada.
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Empoli 4-1 Juventus
Gols e assistências: Caputo (pênalti), Luperto, Caputo (Akpa Akpro) e Piccoli (Haas); Chiesa (Rabiot)
Tops: Caputo e Akpa Akpro (Empoli)
Flops: Alex Sandro e Gatti (Juventus)
Poucas vezes se viu uma Juventus desmoronar de maneira tão contundente num momento em que o triunfo era fundamental para seus objetivos. A Velha Senhora entrou em campo pouco depois da sentença que a penalizou em 10 pontos e, se vencesse o Empoli, ficaria apenas dois pontos atrás do Milan, que recebe na próxima rodada, no Allianz Stadium. Portanto, com boas chances de terminar entre os quatro primeiros – e deixar o seu destino nas mãos da Uefa, que pode optar por uma punição de ofício. O que vimos, porém, foi a maior vitória dos azzurri sobre a equipe de Turim em toda a história. Os toscanos só haviam vencido a gigante outras quatro vezes, e sempre por apenas um gol de diferença.
Ao fim da partida, Massimiliano Allegri achou conveniente colocar a goleada sofrida para o Empoli, 14º colocado da Serie A e sem qualquer objetivo a cumprir na temporada, na conta da sentença proferida pela justiça. Mera cortina de fumaça, porém: o treinador não tem assumido os (muitos) erros que tem cometido em sua segunda passagem pela Juventus. O acúmulo de equívocos faz a equipe jogar mal e desembocou na ruptura entre alguns jogadores e o técnico.
O jogo no Carlo Castellani representou a exacerbação de tudo de ruim que a Juventus produziu na temporada. A Velha Senhora até teve a primeira boa oportunidade da partida, numa das poucas jogadas que criou – aos 13 minutos, Milik acertou o travessão e, na sobra, a falta de Bremer sobre Vicario anulou o gol de Gatti. Depois, o Empoli anotou duas vezes em sequência, ambas a partir de bolas alçadas. No desenrolar dos levantamentos, Caputo teve um pênalti para cobrar e converter, e Luperto pode aproveitar o rebote de um milagre operado por Szczesny.
Logo após o segundo do Empoli, Bremer teve uma chance inacreditável de devolver a Juventus ao jogo, mas finalizou para fora mesmo sozinho na pequena área. Além de não conseguir diminuir antes do intervalo, a equipe de Turim sofreu mais um duro golpe quando voltou dos vestiários: aos 48 minutos, Akpa Akpro desarmou Alex Sandro na saída de bola e serviu Caputo, que só deu uma cavadinha para vencer Szczesny. Já no fim da peleja, a Velha Senhora descontou com o primeiro gol de Chiesa na Serie A, mas viu Piccoli decretar a goleada – segundos antes, o arqueiro bianconero havia um tento do próprio camisa 91.
Napoli 3-1 Inter
Gols e assistências: Anguissa (Kvaratskhelia), Di Lorenzo (Anguissa) e Gaetano (Simeone); Lukaku (Dimarco)
Tops: Anguissa e Di Lorenzo (Napoli)
Flops: Gagliardini e Correa (Inter)
Diante de sua torcida, o Napoli bateu a Inter, primeira equipe que havia lhe imposto um tropeço na Serie A. Com o troco nos nerazzurri, o time partenopeo terminará o campeonato com vitórias sobre os seus 19 adversários, o que jamais havia ocorrido. Além disso, caiu a sequência de nove partidas sem derrotas da Beneamata, que chegara a obter oito vitórias seguidas nesse período. Por conta da punição à Juventus, contudo, segue na terceira colocação.
A partida foi bastante condicionada pelo extenso rodízio feito por Simone Inzaghi, que poupou titulares para a final da Coppa Italia. Ou melhor, foi influenciada pela presença de Gagliardini. O volante fez cinco faltas – metade das cometidas pela Inter no primeiro tempo – e, após duras entradas, foi expulso aos 41 minutos de jogo. Até então, o Napoli só havia conseguido efetuar dois chutes de pouco perigo, com Anguissa.
A desigualdade numérica fez o jogo se abrir mais e levou o Napoli a pressionar com veemência. Aos 67 minutos, finalmente, o time de Luciano Spalletti chegou ao gol: Anguissa recebeu de Kvaratskhelia, girou e bateu forte, vencendo Onana. Os azzurri ainda tiveram uma chance clara com Raspadori, que recebeu livre na área e chegou a driblar o arqueiro adversário, mas perdeu o ângulo e saiu com bola e tudo. Em seguida, Dumfries obrigou Rrahmani a afastar cabeçada em cima da linha e, no contragolpe, o tento de Simeone foi anulado pelo árbitro Livio Marinelli por uma falta de Zielinski sobre D’Ambrosio.
Quando o Napoli parecia mais próximo de ampliar, a Inter empatou. Aos 82 minutos, Dimarco foi esperto na jogada, ganhou de Raspadori e cruzou rasteiro para Lukaku, que contou com a complacência de Juan Jesus e escorou para as redes. A alegria dos nerazzurri durou pouquíssimo, visto que Di Lorenzo arriscou um chute de fora da área com o pé esquerdo, que não é seu favorito, e anotou um golaço. No último lance do jogo, após erro de passe de Dimarco num momento em que toda a defesa visitante estava desarrumada, foi letal: em vantagem numérica, Simeone e Gaetano tabelaram e o jovem campano não desperdiçou.
Udinese 0-1 Lazio
Gol: Immobile (pênalti)
Tops: Romagnoli e Immobile (Lazio)
Flops: Masina e Zeegelaar (Udinese)
Guiada por sua forte defesa e bastante agressiva no ataque durante o segundo tempo, a Lazio ganhou da Udinese fora de casa, ultrapassou a Inter e, com a punição à Juventus, se garantiu matematicamente na próxima edição da Champions League. Grande resultado para o time de Maurizio Sarri, que não era uma das maiores cotadas a ocupar uma dessas posições.
Na Dacia Arena, Udinese e Lazio fizeram um jogo parelho na etapa inicial, embora só os visitantes tenham levado perigo – numa cabeçada de Immobile, bem defendida por Silvestri, e num forte chute de Luis Alberto, que passou à esquerda da baliza bianconera. Do outro lado, a equipe da casa não conseguiu furar o bloqueio de uma defesa que se tornaria apenas a quarta a passar 20 rodadas sem ser vazada desde 1994, quando as vitórias passaram a valer três pontos.
Já na segunda etapa, Silvestri voltou a evitar um gol cara a cara com Immobile, mas não pode fazer nada depois que o capitão celeste recebeu de Luis Alberto e foi derrubado por Masina dentro da área: na cobrança do pênalti, bola de um lado e arqueiro do outro. A Lazio ainda acertou a trave com cabeçada de Romagnoli e, aos 85 minutos, a Udinese teve tento de Nestorovski anulado por impedimento.
Milan 5-1 Sampdoria
Gols e assistências: Rafael Leão (Díaz), Giroud (Díaz), Giroud (pênalti), Díaz (Tonali) e Giroud (Rafael Leão); Quagliarella (Zanoli)
Tops: Giroud e Díaz (Milan)
Flops: Günter e Nuytinck (Sampdoria)
No sábado, quando jogou, o Milan era quinto colocado. Na segunda, era o quarto – ganhou a posição por causa da punição da Juventus. Dentro de campo, em ritmo de amistoso, goleou a já rebaixada Sampdoria e ficou a dois pontos da Inter, terceira colocada. A partida ainda ficou marcada por alguns fatos: Quagliarella alcançou a 18ª temporada seguida com gols anotados na Serie A, ficando atrás apenas de Rivera (20), Piola (20) e Totti (23) no quesito, e ainda se tornou o quinto quarentão a balançar as redes na elite italiana, se juntando a Piola, Vierchowod, Costacurta e Ibrahimovic. Pelo lado rossonero, tivemos a primeira tripletta de um camisa 9 desde Inzaghi, num 5 a 1 sobre o Torino, em abril de 2009.
O Milan construi a goleada graças a grandes atuações de Díaz, Giroud e Rafael Leão. O Diavolo abriu o placar logo aos 9 minutos, quando o espanhol fez ótima jogada pelo meio e ajeitou para o português finalizar na saída de Ravaglia. A Sampdoria chegou a descontar aos 20, quando Zanoli deixou Hernandez na saudade e passou para Quagliarella concluir para as redes. Contudo, os rossoneri não assustaram a sua torcida e voltaram a ter a vantagem nos lances seguintes: o arqueiro doriano até defendeu forte cabeçada de Thiaw, mas não teve o que fazer perante o 9 francês do time adversário.
Atacada, a Sampdoria sempre entrava em afã. E viu a sua partida desmoronar aos 27 minutos, depois de Günter cometer pênalti em Rafael Leão e Giroud ampliar. Impedido por Ravaglia, o francês não anotou sua tripletta na etapa inicial. Antes disso ocorrer, participou de uma bela jogada coletiva que resultou no gol de Díaz, aos 63. Aos 68, então, aproveitou levantamento na área, superou Nuytinck na batalha física e completou a festa.
Roma 2-2 Salernitana
Gols e assistências: El Shaarawy e Matic; Candreva (Coulibaly) e Dia
Tops: Pellegrini (Roma) e Candreva (Salernitana)
Flops: Bellotti (Roma) e Daniliuc (Salernitana)
Matematicamente salva, por conta da derrota do Verona, a Salernitana foi até o Olímpico para ser a pedra no sapato de mais uma grande equipe: com o empate com a Roma, pode se orgulhar de ter tirado pontos de todas as adversárias localizadas nas sete primeiras colocações da Serie A. O resultado também levou José Mourinho a viver uma nova sensação, já que jamais havia passado seis rodadas de uma liga nacional sem triunfos.
A Roma teve muitas dificuldades no primeiro tempo e viu seu castelo começar a desmoronar logo aos 11 minutos, quando Coulibaly observou a infiltração de Candreva e efetuou um lançamento perfeito. Em condição legal, por conta do posicionamento equivocado de El Shaarawy, o meia, que é torcedor giallorosso e defendeu a Lazio, completou com perfeição, encobrindo Rui Patrício. Os mandantes só conseguiram ensaiar uma reação nos acréscimos, mas o gol de Ibañez foi anulado porque Belotti ajeitou a bola com o braço antes do chute do brasileiro.
Mourinho fez alterações no intervalo e uma delas foi preponderante logo no início do segundo tempo. Pellegrini cobrou falta, Ochoa deu rebote e El Shaarawy aproveitou para empatar, aos 48 minutos. Porém, a Salernitana respondeu quase de imediato, aos 54: Candreva levantou para Piatek, que tentou chutar; na sobra, Dia, de letra, fez para os visitantes. No finalzinho, um enrosco na área possibilitou que Matic diminuísse o prejuízo, mas os giallorossi não deixaram o campo felizes com o resultado.
Atalanta 3-1 Verona
Gols e assistências: Zappacosta (Muriel), Pasalic e Hojlund (Lookman); Lazovic (Terracciano)
Tops: Zappacosta e Pasalic (Atalanta)
Flops: Montipò e Ngonge (Verona)
Em Bérgamo, o Verona iludiu os seus torcedores com um começo de jogo forte e acabou levando a virada da Atalanta. Com o resultado, a Dea continua a sonhar com classificação para a Liga dos Campeões, por conta da punição da Juventus. Apesar de estar na quinta posição, a três pontos do Milan, a Europa League é um objetivo mais plausível para os orobici. O Verona, por sua vez, segue na zona de rebaixamento.
O Verona abriu o placar aos 11 minutos, depois que Lazovic recebeu belo passe de Terracciano e superou Sportiello – antes, o sérvio também havia incomodado o arqueiro. A Atalanta não demorou a empatar: aos 22, Zappacosta tabelou com Muriel e, com um chute certeiro da entrada da área, anotou o seu terceiro gol em cinco rodadas.
Ainda no primeiro tempo, Montipò efetuou ótima defesa para evitar que Hojlund virasse o jogo para os nerazzurri. Contudo, o arqueiro jogou tudo no lixo no início da etapa complementar: aos 53, foi tentar driblar Pasalic e se enrolou todo, possibilitando o gol do croata. Depois, foi a vez de Hojlund vencer o duelo pessoal, com um forte chute de fora da área. Apesar da grande desvantagem, o Verona ainda procurou a reação após a entrada de Verdi e acertou a trave duas vezes, numa finalização de longa distância de Sulemana e numa dividida entre Gaich e Sportiello.
Sassuolo 1-2 Monza
Gols e assistências: Berardi (pênalti); Ciurria e Pessina (Vignato)
Tops: Pessina e Ciurria (Monza)
Flops: Ruan e Erlic (Sassuolo)
O Monza de Raffaele Palladino já entrou para a história. Com a vitória sobre o Sassuolo, o time biancorosso se tornou um dos três melhores estreantes na elite italiana dos últimos 70 anos, ao lado do Parma de 1990-91 e do Chievo de 2001-02, e ainda pode abocanhar uma vaga na Conference League, a depender dos resultados das copas. Por isso, alcançar o oitavo lugar é o sonho dos brianzoli.
Berardi foi bastante acionado no primeiro tempo, no qual o Sassuolo foi superior. Porém, o time da casa só conseguiu bater Di Gregorio no sexto minuto de acréscimos, depois que Izzo errou ao tentar cabecear e cometeu pênalti, por toque de mão na bola – o camisa 10 neroverde foi para a cobrança e deslocou o arqueiro.
Apesar de pouco ter ameaçado na etapa inicial, o Monza empatou aos 60, depois que um cruzamento de Birindelli foi desviado e caiu nos pés de Ciurria. Oito minutos depois, o jogo virou de ponta-cabeça por conta da expulsão de Ruan, que cometeu falta tola no meio-campo e levou o segundo cartão amarelo. A partir de então, os biancorossi tomaram as rédeas do confronto e conseguiram a virada já nos acréscimos, com o capitão Pessina. Aos 93, o prata da casa tabelou com Vignato e entrou na área para garantir o triunfo visitante.
Torino 1-1 Fiorentina
Gols e assistências: Sanabria (Buongiorno); Jovic (Kouamé)
Tops: Sanabria (Torino) e Jovic (Fiorentina)
Flops: Schuurs (Torino) e Igor (Fiorentina)
No meio da tabela e ainda brigando pela oitava posição, Torino e Fiorentina ficaram no empate no Piemonte. O resultado foi melhor para a equipe violeta, que foi a campo com um time misto por conta da decisão da Coppa Italia, contra a Inter, que ocorre nesta quarta.
O Torino foi melhor durante o primeiro tempo, mas em nenhum momento conseguiu levar perigo real à meta defendida por Cerofolini. No intervalo, Vincenzo Italiano decidiu dar mais presença de área à Fiorentina ao sacar Sottil e colocar Jovic em campo, e logo colheu frutos. Aos 48, após Mandragora fazer boa jogada e Kouamé cruzar, o sérvio aproveitou a falha de marcação de Schuurs e cabeceou para as redes.
A segunda etapa não foi de grandes oportunidades, repetindo o que já havia ocorrido no primeiro tempo. Numa das poucas chances criadas, porém, o Torino empatou. O gol grená saiu a partir de uma incursão do zagueiro Buongiorno pelo flanco esquerdo: ele se livrou de Mandragora e passou rasteiro para Sanabria, que se antecipou a Igor e anotou o seu 12º tento na Serie A.
Cremonese 1-5 Bologna
Gols e assistências: Ciofani (Lochoshvili); Arnautovic (Barrow), Ferguson, Posch (Orsolini), Orsolini (Moro) e Sansone (Barrow)
Tops: Barrow e Posch (Bologna)
Flops: Vásquez e Carnesecchi (Cremonese)
Impiedoso, o Bologna goleou a Cremonese em pleno Giovanni Zini e condenou os grigiorossi ao rebaixamento – que foi confirmado após o empate entre Lecce e Spezia. No meio da tabela, o time treinado pelo ítalo-brasileiro Thiago Motta ainda deseja alcançar o oitavo lugar, que pode resultar numa vaga na Conference League, a depender dos resultados das copas.
O massacre do Bologna começou cedo. Aos 14 minutos, Barrow arriscou um chute em diagonal de fora da área, mas acabou encontrando Arnautovic, que completou para as redes com potente cabeçada e abriu sua contagem em 2023. Aos 27, os rossoblù aumentaram depois que Ferguson aproveitou o bate-rebate de um escanteio cobrado por Orsolini. O arqueiro Carnesecchi fez linda defesa para evitar que Domínguez anotasse o terceiro com um petardo, mas entregou a paçoca nos acréscimos: errou ao sair do gol para esmurrar a bola num corner e Posch aproveitou para deixar o seu.
Com o triunfo já garantido, o Bologna atingiu a goleada em dois contragolpes na etapa final: o primeiro, concluído por Orsolini, aos 62, e o segundo, por Sansone, já aos 80. Ainda houve tempo para o próprio Orso ser expulso numa falta em que mostrou excesso de vontade e para a Cremonese ter certeza absoluta de que não era mesmo o seu dia: quando o jogo ainda estava em 4 a 0, Okereke escorregou na pequena área, com a baliza desguarnecida, e não marcou. O gol de honra dos mandantes saiu apenas nos acréscimos, com um arremate violento de Ciofani.
Lecce 0-0 Spezia
Tops: Baschirotto (Lecce) e Ampadu (Spezia)
Flops: Di Francesco (Lecce) e Shomurodov (Spezia)
Dizem por aí que o medo de perder tira a vontade de ganhar. Esse pode ser o resumo do confronto direto entre Lecce e Spezia, pior jogo da 36ª rodada da Serie A: pensando em evitar que o rival na briga contra o rebaixamento pudesse se aproveitar de alguma falha defensiva, os dois times foram extremamente cautelosos e quase não produziram oportunidades de gol. No fim das contas, faltando duas jornadas para o fim do campeonato, os salentinos aumentaram para três pontos a distância para a zona de descenso e os spezzini abriram vantagem de um pontinho sobre o Verona.
O estádio Via del Mare recebeu um ótimo público, mas o Lecce não correspondeu ao apoio da torcida. Seu primeiro chute no alvo ocorreu somente aos 79 minutos, quando Gabriel Streffezza finalizou de muito longe e sequer deu trabalho a Dragowski. Na verdade, o Spezia é que foi melhor durante o duelo – mas não tão melhor. Os bianconeri incomodaram com Nzola, num arremate para fora aos 6 e numa cabeçada na parte externa da rede, aos 77. Já nos acréscimos, os visitantes tiveram a bola do jogo, na pequena área, mas Askildsen efetuou um bloqueio preciso na conclusão de Ekdal.
Seleção da rodada
Silvestri (Udinese); Posch (Bologna), Luperto (Empoli), Romagnoli (Lazio); Díaz (Milan), Tonali (Milan), Anguissa (Napoli), Akpa Akpro (Empoli), Rafael Leão (Milan); Giroud (Milan), Caputo (Empoli). Técnico: Paolo Zanetti (Empoli).