A eliminação era se não uma certeza, pelo menos apontada como muito provável pelos especialistas esportivos. Com a vantagem de 2 a 0 no jogo de ida, bastava ao Liverpool segurar o sufoco interista ou marcar um gol, forçando a equipe de Milão a balançar as redes quatro vezes. Porém, o que se seguiu após a expulsão (discutível) de Burdisso aos 59′, o gol de Fernando Torres aos 62′ e a conseqüente derrota pode prejudicar ainda mais a equipe nerazzurra.
Que os vestiários do Appiano Gentile nunca foram um recanto de paz e harmonia não é novidade para ninguém. Adriano não conseguiu se recuperar e voltou ao Brasil, brigas num elenco que parece pouco coeso. E agora, mais surpreendentemente, o anúncio do fim da era ‘Mancini’ na Inter.
Um treinador sempre é o ponto de referência de um grupo. Sobre ele recai o louro da vitória, assim como o amargo da derrota. Nos grandes clubes a luz incide maior, mais forte. Não bastou então o bi (bastante próximo tri) campeonato italiano, nem os aplausos da torcida, ou a justificativa de que havia do outro lado um ‘copeiro’ Liverpool. Ao final de Internazionale zero, Liverpool um, o técnico Roberto Mancini disse, com ares de mártir, que ficaria somente até o fim desta temporada. A declaração, que dias depois mudou de tom (agora a vontade é ficar até o fim do contrato), causou mal-estar num ambiente que já não cheira bem.
Pessoas de dentro do clube e ex-jogadores criticaram a postura do treinador de ‘abandonar o barco’ faltando 11 rodadas, como Gianfelice Facchetti – filho do craque -, e Oriali. A imprensa italiana agitou-se. Nomes como Mourinho, Lippi e Prandelli foram ventilados para seu lugar.
Moratti, como sempre, tratou de colocar panos quentes. Conversou com o técnico e voltou à imprensa com a certeza. Mancini fica. Se vencer o Italiano com autoridade ganha força para trabalhar como quer no clube. Livra-se dos desafetos e pode sonhar com um ganho significativo de peças no elenco, para no ano seguinte, tentar a menina dos olhos da torcida e do presidente, a Champions League. Volta para os braços do povo como herói.
Se perder, aí uma hecatombe cairá sobre Milão e outro técnico terá que reconduzir o clube à missão de se tornar maior do que a squadra pensa ser hoje. Afinal que Internazionale vive apenas de ‘regionalle’?
Jânio Quadros.
Parabéns pelo blog. Cumprimentos de um admirador do clacio e do futebol italiano.
Mancini não joga no 4-4-2 desde a temporada 2005/2006,quando o time da inter era: Júlio César; Zanetti,Cordoba Materazzi,Favalli; Figo,Veron,Cambiasso,Stankovic; Adriano
,Martins. Hoje o time poderia jogar nessa formação com 2 linhas de 4,assim renderia melhor,mas ele insiste no 4-3-1-2 que adotou na temporada passada,e aí o time fica muito mais duro.Resultado Liverpool passou merecidamente.
Eu como Milanista digo:
[FICA MANCINI]
Nossa, o Facchetti ficou tão descontente que ressuscitou só para criticar a postura do Roberto Mancini ?
Tem razão anônimo. viajada já corrigida. obrigado pelo toque
Rasangui, permita-me discordar de vc. Na minha opinião, foi justamente o 4-3-1-2 de Mancini que “consertou” o time.
Com ele, a equipe ganhou consistência defensiva e alguém que chega como meia-atacante (o ‘1’ do esquema).
O grande problema é a bendita expulsão que sempre atrapalha o time.
Inclusive, os 3 gols do Liverpool saíram com 11 contra 10.
Aquele 4-4-2 em linha da temporada 2005/06 era uma “maquininha de fazer empates”.
Agora, depois daquela cena, o Moratti deveria ter dado cartão vermelho pra ele de qualquer jeito.
Abs a todos.
Michel Costa – http://a4l.zip.net
PS: Gostaria muito de comentar sempre aqui. Pena que o tempo é curto.
Mas estou sempre atento ao Quattro Tratti.
Michel Costa
verdade.Mandou bem na ánalise.
Como se fala aqui em Roma: “Anvedi come segna Nando!”.
Abraço
Yellow Inter.