Serie A

Parada de inverno: Genoa

Milito: il Principe recuperou seu prestígio em Gênova

A campanha
6ª colocação. 17 jogos, 29 pontos. 8 vitórias, 5 empates, 4 derrotas. 24 gols marcados, 17 sofridos.

O time-base
Rubinho; Biava, Ferrari, Criscito; Rossi, Juric, Motta, Modesto; Sculli, Milito, Palladino (Gasbarroni).

O comandante
Gian Piero Gasperini. Aos poucos, o técnico grugliasco tem se firmado como uma das grandes revelações nos bancos italianos, apesar da idade já avançada. Ex-professor de tática no curso de treinadores da federação taliana, assumiu o Genoa em 2006 e de lá para cá coleciona apenas bons resultados, que começaram com a promoção para a Serie A. O Genoa desta temporada é um time sólido, que consegue complicar os grandes. Gasperini lança jovens e deacreditados sem muita frescura e arrisca taticamente sem se complicar. O panchina d’argento deste ano, que o premiou como segundo melhor técnico da temporada, está em boas mãos.

O herói
Diego Milito. O artilheiro argentino é o melhor exemplo para o ditado “o bom filho à casa torna”. Após a queda do Zaragoza para a segunda divisão espanhola, Milito não quis saber das investidas de outros clubes e só se preocupou em voltar para o Genoa, que também se esforçou para contar com o argentino de volta em uma ambiciosa campanha de reforços. Com quatro gols nos quatro primeiros jogos, já marcou 12 vezes e divide com Gilardino e Di Vaio a artilharia da Serie A. Como não podia deixar de ser, já é apontado como o próximo investimento de Moratti para o ataque da Internazionale. Pelo menos até aqui, il Principe é a grande contratação da temporada italiana. E não deve ser revendido, garante o presidente Enrico Preziosi, que pagou 12 milhões de euros no verão europeu e jura não aceitaria nem mesmo o dobro disso.

O vilão
Ruben Olivera. Mesmo depois de seu fracasso na Sampdoria, o Genoa insistiu em apostar no atacante uruguaio, que parecia ter recuperado seu futebol na breve passagem de seis meses no Peñarol. Mas o bom futebol ficou no Uruguai, pra variar. Olivera enganou bem na pré-temporada, com ótimas exibições jogando no comando de ataque do 3-4-3 grifone, mas ficou às margens do elenco após a chegada de Milito. Com Sculli em grande forma e um Palladino com a confiança de Gasperini, não sobra muita coisa para Olivera além de desistir de vez de tentar vencer na Serie A.

A perspectiva
Vaga na Liga Europa, ex-Copa da Uefa. Parece pouco para quem investiu tanto, mas não é. Ainda mais para quem voltou à Serie A apenas na temporada passada e já se reafirmou como dor de cabeça perene aos que visitam o Luigi Ferraris lotado. Mesmo no dérbi, onde não vencia há sete anos, o Genoa voltou a sorrir com um gol do xodó Milito. A defesa do time foi totalmente reformada depois da última temporada e o goleiro Rubinho ganhou mais segurança com a chegada de Ferrari, refugo da Roma que ganhou confiança e retomou sua boa fase como líbero entre vários zagueiros ainda jovens. Manter a campanha da atual temporada até o fim já vale: Gasperini trabalha em longo prazo e terá tempo de sobra.

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