O time-base Iezzo; P. Cannavaro, Santacroce, Contini; Maggio, Blasi, Gargano, Hamšík, Mannini; Lavezzi, Denis.
O comandante Edoardo Reja. Desde a Serie C treinando o Napoli, Edoardo Reja se caracteriza por uma coisa: não costuma inventar. Seu estilo faz com que o torcedor possa dizer a escalação da ponta da língua, sempre no 3-5-2, com dois esterni. Sem abusar do turnover, pelo menos quando não julga necessário (ou seja, quando o time disputa apenas uma competição e ainda está na metade da temporada), o treinador manda a campo o que tem de melhor à disposição, Assim, Edy Reja dá padrão de jogo à sua squadra, constituindo as bases do que é mais forte na equipe biancoceleste: entrosamento e regularidade.
O herói Marek Hamšík. O meia eslovaco é a figura representativa do renascimento do futebol biancoceleste. Com muita aplicação tática, dedicação a camisa que veste, sem esquecer a eficiência ofensiva e a técnica, Hamšík é o dono da faixa central do meio-campo. Meio-campista completo, ele é a referência do time: todas as jogadas são iniciadas – e muitas são finalizadas – por ele. Seu grande poder de decisão pode se verificar pela grande quantidade de gols e assistências realizadas por ele no campeonato: respectivamente, sete e três. O sucesso de Hamšík já despertou o interesse de gigantes da Europa, como o Chelsea. Seu contrato dura até 2013 e ele já declarou não querer sair.
O vilão Andrea Russotto. Se nenhum dos titulares ou dos reservas imediatos desafina, o posto de vilão fica para uma decepção. Emprestado pelos suíços do Bellinzona, o trequartista da seleção azzurrini ainda não mostrou na Serie A o porquê de receber elogios no Treviso. Na squadra da região do Vêneto, chegou a ser sacado do time titular pelo técnico Diego Bortoluzzi, no fim da temporada. Mesmo assim, Russotto chegou ao Napoli rodeado de expectativas, que não tem feito cumprir. No esquema de Reja, não cabe um trequartista clássico, mas Russotto, classe ’88, pode também jogar como regista ou no meio-campo, que se encaixam na cultura tática do treinador. Visto que a estrela do time é apenas um ano mais velho que ele, se não está jogando freqüentemente, o motivo é técnico. Enquanto isso, pairam dúvidas sobre o futuro do garoto: uma promessa que ainda vai vingar ou um foguete molhado?
A perspectiva Vaga na Liga dos Campeões. Eliminado precocemente da Copa UEFA, por um Benfica que não fez bonito na competição, o Napoli tem todo o ano de 2009 para concentrar suas forças na Serie A. A se julgar pelo ritmo dado pelas boas fases de nomes como Hamšík, Lavezzi, Maggio e Santacroce, a briga pela vaga na Champions League deve seguir acirrada até o final. Entretanto, dois fatores podem atrapalhar a equipe partenopea: o desgaste físico de fim de temporada e a falta de ritmo dos reservas, em comparação com os titulares. Ainda assim, mesmo que o Vesúvio entre em erupção, o Napoli deve ficar pelo menos com a vaga para a Liga Europa (ex-Copa UEFA.) Em outra frente, a desvalorizada Coppa Italia, competição em que o Napoli enfrentará Juventus ou Catania nas quartas-de-final, pode ser o caminho mais curto para chegar à Liga Europa e levar um título ao San Paolo, há tanto tempo sem receber troféus.