Serie A

Balanço final: Reggina

O artilheiro Corradi grita com o capitão Cirillo: dois extremos do time

A CAMPANHA 19ª colocação, 31 pontos. 6 vitórias, 13 empates, 19 derrotas. Rebaixada para a Serie B.
FORA DA SERIE A Eliminada pela Udinese nas oitavas-de-final da Coppa Italia.
O ATAQUE 30 gols, o pior.
A DEFESA 62 gols, a 2ª mais vazada.
OS ARTILHEIROS Bernardo Corradi (10 gols), Franco Brienza (5), Francesco Cozza (4).
OS ONIPRESENTES Andrea Costa (36 jogos), Bruno Cirillo, Carlos Carmona, Edgar Barreto e Franco Brienza (32).
OS TÉCNICOS Nevio Orlandi (da 1ª à 16ª rodada), Giuseppe Pillon (da 17ª à 20ª) e Nevio Orlandi (da 21ª em diante).
QUEM DECIDIU Bernardo Corradi
QUEM DECEPCIONOU Bruno Cirillo
QUEM SURGIU Davide Di Gennaro
QUEM SUMIU Cristian Stuani
MELHOR CONTRATAÇÃO Bernardo Corradi
PIOR CONTRATAÇÃO Gleison Santos

NOTA DA TEMPORADA 4

Não é todo ano que dá para se livrar do rebaixamento jogando somente as últimas partidas. É o que descobriu tarde demais a Reggina, que terminou o campeonato com uma reação louvável, mas muito pouco para quem havia se isolado na lanterna há alguns meses. Com uma sociedade em estado pré-falimentar e de poder centralizado em seu presidente Pasquale Foti, prevaleceu a falta de planejamento. E tudo começou quando Orlandi topou continuar no comando mesmo com um elenco cheio de falhas estruturais e pouca perspectiva de mercado. Sem resultados animadores, acabou substituído por Pillon, que por sua vez durou só quatro rodadas até devolver o cargo para o primeiro.

Nos últimos anos, o próprio Orlandi e Mazzarri haviam operado verdadeiros milagres na Calábria, mas o elenco era consideravelmente melhor. Dos destaques dos últimos anos, muita gente boa deu adeus: Aronica, Mesto, Modesto, Bianchi, Amoruso. E quem ficou acabou perdendo o embalo. Campagnolo levou gols de todos os jeitos possíveis, Cozza teve problemas de vestiário e Vigiani, melhor jogador do time, passou meia temporada lesionado. A enfermaria sempre esteve lotada de titulares e, das contratações, só Carmona e Corradi vingaram. O estreante Sestu fez boas apresentações, mas não o suficiente para suprir a falta de Vigiani.

A péssima montagem do elenco, enfim, foi um capítulo à parte. Enquanto o meio-campo contava com vários opções de nível parelho, a lateral-direita inexistiu. Valdez e Cirillo (péssima temporada do capitão amaranto) dividiram a improvisação até a contratação de Krajcik em janeiro, mas o eslovaco só durou doze partidas e rescindiu o contrato antes do fim da temporada. O clube bem que apresentou bons valores jovens no elenco, como Di Gennaro, Costa e Barillà, mas faltou apoio dos jogadores mais experientes, nem sempre em campo (Vigiani, Campagnolo) ou com personalidade pouco agregadora (Cozza, Corradi). Ainda que o artilheiro já tenha deixado o clube, a base deve ser mantida para a Serie B e a Reggina pode sonhar com um retorno breve, com alguns bons jovens da casa prontos para se firmar ou fazer caixa, além de uma boa geração primavera a se lançar.

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