O lance decisivo para colocar a Fiorentina na fase de grupos da reformulada Liga dos Campeões veio no dia 7 de agosto, com o sorteio dos play-offs que decidiriam as últimas cinco vagas para “não-campeões”. Os viola poderiam encontrar Arsenal, Lyon ou Stuttgart, mas foram colocados para medir forças com o Sporting, atual força secundária num país de um time só.
A sorte continuou ativa nesta terça-feira, no primeiro jogo de verdade de um time italiano na temporada (veja aqui os melhores momentos). Prandelli manteve a formação que deu tão certo no fim da temporada passada, um 4-2-3-1 com os recém-contratados Zanetti e Marchionni já como titulares no meio-campo. Do outro lado, Paulo Bento pôde contar com as permanências de João Moutinho e Miguel Veloso, de longe os melhores reforços dos leões.
A Fiorentina segurou a vitória no primeiro tempo, graças a um gol de Vargas depois de ótima inversão de Gilardino e a defesas de Frey que salvou pelo menos dois gols. O Sporting dominava com uma pá de gente no ataque, mas era a Fiorentina quem liderava. Um lance em especial chamou atenção: Gamberini acertou soco em Liédson, mas saiu só com amarelo. No mesmo lance, Vukcevic também saiu advertido por ter entrado na briga generalizada. O montenegrino lamentaria o fato no segundo tempo, quando tirou a camisa para comemorar o gol de empate e acabou sendo expulso num ato totalmente infantil e passível de punição.
Os portugueses não recuaram com um a menos, mesmo que merececem estar com dois a mais: além das polêmicas do último parágrafo, Dainelli ainda deveria ter sido expulso no início do segundo tempo, mas o fraco árbitro húngaro Kassai pôs a mão no bolso para dar o segundo amarelo e voltou sem nada na mão. O Sporting ainda virou com um chutaço de Miguel Veloso, mas um gol ainda mais espetacular de Gilardino, que matou no peito e não esperou a bola cair para bater bem de trivela, empatou a partida. No finalzinho, Jovetic ainda esbarrou em Rui Patrício ao perder a chance de botar os viola na frente. Mas a sorte esteve lá: a Fiorentina encontrou um árbitro reticente, um adversário inócuo e conseguiu um bom resultado mesmo com a péssima partida de Marchionni, Mutu e Montolivo. Em Florença, basta um empate sem gols. Por enquanto, mais do que suficiente.