Depois de tanta espera e de movimentações de um mercado tortuoso e que segue indefinido para a maior parte das equipes italianas, a Serie A está de volta a partir deste sábado, com Bologna x Fiorentina. Assim como para a Serie B, o Quattrotratti montou um preview do campeonato, dividido em duas partes. A segunda parte entra amanhã. Recomendamos também o guia da revista Trivela, dividido em quatro partes, que foi produzido pelo amigo Leonardo Bertozzi. Para ver o preview da Serie B, clique aqui (parte 1) e aqui (parte 2).
Preview: Serie A, parte 1
Atalanta
A casa: Estádio Atleti Azzurri d’Italia (26.393 lugares)
O cara: Cristiano Doni (trequartista)
A promessa: Ivan Radovanovic (meia)
O técnico: Angelo Gregucci (desde 06/2009)
Competição europeia: Nenhuma
Principais reforços: Robert Acquafresca (atacante), Edgar Barreto (meia) e Paolo Bianco (zagueiro).
Principal perda: Sergio Floccari (atacante)
Na temporada passada: 11º lugar.
Objetivo: Meio da tabela.
Time-base (4-4-1-1): Consigli; Garics, Talamonti, Manfredini, Bellini; Ferreira Pinto, Barreto, Guarente, Padoin; Doni; Acquafresca.
Quem estava acostumado a ver a Atalanta jogar um futebol vistoso sob a batuta de Luigi Del Neri pode ter má impressão do time este ano. Angelo Gregucci, contratado para seu lugar, ainda não apresentou trabalhos consistentes – seu melhor trabalho levou o Vicenza à modesta 12ª posição na Serie B.
Por outro lado, o mesmo esquema tático dos tempos de Del Neri deve ser mantido, e com jogadores melhores. Floccari e Cigarini deram lugar a Acquafresca e Barreto, mais técnicos. Para o banco chegaram boas opções, como Caserta, Tiribocchi e Bianco. Para completar, o ótimo Guarente renovou e deve ser o termômetro do bom meio-campo nerazzurro.
Bari
A casa: Estádio San Nicola (58.270 lugares)
O cara: Barreto (atacante)
A promessa: Andrea Ranocchia (zagueiro)
O técnico: Gian Piero Ventura (desde 06/2009)
Competição europeia: Nenhuma
Principais reforços: Riccardo Meggiorini (atacante), Edgar Alvarez (meia) e Leonardo Bonucci (zagueiro).
Principal perda: Stefano Guberti (meia)
Na temporada passada: Campeão da Serie B.
Objetivo: Escapar do rebaixamento.
Time-base (4-4-2): Gillet; Masiello, Ranocchia, Bonucci, Parisi; Alvarez, De Vezze (Allegretti), Gazzi, Langella; Barreto, Kutuzov.
Recém-campeão da Serie B, o time da Puglia ainda parece que está na serie cadetta: a diretoria adquiriu jogadores de bom nível para uma Serie B, mas de qualidade inferior à que é necessária para disputar uma Serie A. Na verdade, os maiores esforços de mercado concentraram-se em garantir a permanência do atacante brasileiro Barreto, que, apesar de seu belo campeonato, não impressionou um ano antes, quando jogou pela Udinese, na série máxima.
Para completar, o técnico Antonio Conte – um dos principais responsáveis pelo futebol eficiente que levou o time de volta para a primeira divisão – não ganhou substituto à altura, já que o novo técnico Gian Piero Ventura estava à frente do Pisa, rebaixado para a Lega Pro. Sem Lanzafame e Guberti e apenas com Barreto e algumas promessas, será uma temporada difícil para os biancorossi.
Bologna
A casa: Estádio Renato Dall’Ara (38.279 lugares)
O cara: Marco Di Vaio (atacante)
A promessa: Gabriele Paonessa (atacante)
O técnico: Giuseppe Papadopulo (desde 04/2009)
Competição europeia: Nenhuma
Principais reforços: Emiliano Viviano (goleiro), Andrea Raggi (zagueiro) e Roberto Guana (meia).
Principal perda: Sergio Volpi (meia)
Na temporada passada: 17º lugar.
Objetivo: Escapar do rebaixamento.
Time-base (3-5-2): Viviano; Raggi (Moras), Terzi, Britos; Valiani, Mutarelli (Mudingayi), Guana, Tedesco, Bombardini; Osvaldo, Di Vaio.
Com um time pouco modificado em relação ao da última temporada, o objetivo do Bologna ainda é o mesmo: permanecer na elite e novamente com Di Vaio como principal esperança de salvação. Os felsinei também deverão confiar no entrosamento e em um meio-campo de pegada, embora pouco criativo – apenas Valiani e Bombardini tem tal perfil.
Quanto aos mais jovens, Osvaldo e Raggi terão a chance de mostrar que não são foguetes molhados e o goleiro Viviano terá a primeira chance na Serie A, substituindo o experiente Antonioli, de saída para o Cesena. Olho também no atacante Paonessa, que volta de gravíssima lesão.
Cagliari
A casa: Estádio Sant’Elia (23.486 lugares)
O cara: Federico Marchetti (goleiro)
A promessa: Daniele Ragatzu (atacante)
O técnico: Massimiliano Allegri (desde 05/2008)
Competição europeia: Nenhuma
Principais reforços: Nenê (atacante), Simone Barone (meia) e Lino Marzoratti (lateral)
Principal perda: Robert Acquafresca (atacante)
Na temporada passada: 9º lugar.
Objetivo: Meio da tabela.
Time-base (4-3-1-2): Marchetti; Pisano, López, Canini, Agostini; Lazzari (Barone), Conti, Biondini; Cossu, Jeda, Nenê.
Apesar de ter perdido apenas duas peças do time titular, é possível que a turma do Cagliari chegue ao fim do campeonato achando que tenha perdido muito: saíram Fini – o melhor assistente da última Serie A – e o cada vez mais consolidado Acquafresca, artilheiro da equipe. Se no meio-campo Lazzari pode substituir Fini com a mesma competência e fantasia, o brasileiro Nenê ainda desperta dúvidas. Artilheiro no Nacional da Ilha da Madeira, mas um fracasso no futebol brasileiro, o ex-cruzeirense ganha uma boa chance no futebol italiano, que tem sido palco para a consagração de brasileiros pouco badalados.
Porém, sempre é bom lembrar que o Cagliari da última temporada não dependia apenas de Fini e Acquafresca. Bem montado por Allegri, raramente a equipe ia a campo com alterações no onze inicial. O bom-meio campo formado por Lazzari, Conti, Biondini e Cossu – eventualmente com o experiente Barone – deve ser o ponto forte do time.
Catania
A casa: Estádio Angelo Massimino (23.420 lugares)
O cara: Takayuki Morimoto (atacante)
A promessa: Giuseppe Bellusci (zagueiro)
O técnico: Gianluca Atzori (desde 06/2009)
Competição europeia: Nenhuma
Principal reforço: Mariano Andújar (goleiro), Pablo Barrientos (meia) e Gennaro Delvecchio (meia)
Principal perda: Albano Bizzarri (goleiro)
Na temporada passada: 15º lugar.
Objetivo: Meio da tabela.
Time-base (4-3-3): Andújar; Potenza, Spolli, Silvestri, Capuano; Biagianti, Carboni, Delvecchio; Martínez, Morimoto, Mascara.
Tachado de provável time ioiô quando subiu para a Serie A há quatro temporadas, o Catania tem encontrado cada vez mais estabilidade em seu ambiente. É provável que nem a saída do técnico Walter Zenga nem do goleiro Bizzarri atrapalhe as ambições do time de permanecer mais uma temporada. Atzori é discípulo de Zenga e deve manter o mesmo esquema tático.
Com os jogadores trazidos neste mercado, o Catania pode dar um salto de qualidade, se afirmando cada vez mais como um time de Serie A. Andújar foi uma contratação de peso, enquanto Barrientos e Delvecchio devem ser os encarregados de municionar o ataque, comandado pelo ótimo Morimoto.
Chievo
A casa: Estádio Marcantonio Bentegodi (44.799 lugares)
O cara: Sergio Pellissier (atacante)
A promessa: Simone Bentivoglio (meia)
O técnico: Domenico Di Carlo (desde 11/2008)
Competição europeia: Nenhuma
Principais reforços: Luca Ariatti (meia) e Pablo Granoche (atacante)
Principal perda: Antonio Langella (meia)
Na temporada passada: 16º lugar.
Objetivo: Escapar do rebaixamento.
Time-base (4-3-1-2): Sorrentino; Frey, Morero, Yepes, Mantovani; Luciano, Rigoni, Ariatti; Pinzi; Bogdani, Pellissier.