Serie A

Review da temporada: Chievo

Cotado para um rebaixamento prematuro, Di Carlo foi o artífice de um Chievo encardido.
Como prêmio, acabou “promovido” à Liga dos Campeões, com a Sampdoria (Getty Images)

A CAMPANHA 14ª colocação, 44 pontos. 12 vitórias, 8 empates, 18 derrotas
FORA DA SERIE A Eliminado nas oitavas-de-final da Coppa Italia pela Fiorentina
O ATAQUE 37 gols, o segundo pior
A DEFESA 42 gols
OS ARTILHEIROS Sergio Pellissier (11 gols), Michele Marcolini (4) e quatro jogadores (3)
OS ONIPRESENTES Stefano Sorrentino (37 jogos), Andrea Mantovani (36) e Simone Bentivoglio e Sergio Pellissier (ambos com 35)
O TÉCNICO Domenico Di Carlo
QUEM DECIDIU Sergio Pellissier
QUEM DECEPCIONOU Pablo Granoche
QUEM SURGIU Marcos de Paula
QUEM SUMIU Elvis Abbruscato
MELHOR CONTRATAÇÃO Luca Ariatti
PIOR CONTRATAÇÃO Manuel Iori
NOTA DA TEMPORADA 6

Pouco se esperava de um Chievo que contratou tão pouco no início da temporada e se preparou para disputar o torneio com um time praticamente igual ao que tinha se livrado por pouco do rebaixamento no ano anterior. Na verdade, foram apenas três contratações, todas oriundas da Serie B: Ariatti, Iori e Granoche. Só o primeiro vingou. Ainda assim, Giovanni Sartori se destacou como um dos grandes diretores esportivos do futebol italiano. Afinal, conseguiu o esforço de segurar todos os titulares mais requisitados, como os essenciais Pellissier, Sorrentino, Mantovani, Marcolini e Yepes.

Domenico Di Carlo, que deve confirmar um contrato com a Sampdoria nos próximos dias, optou por uma formação bem defensiva, principalmente nos jogos longe de Verona. Às vezes, seu 4-3-1-2 se tornava um 5-3-2 e conseguia amortecer os ataques adversários. Ainda que o módulo defensivista tenha produzido o segundo pior ataque da Serie A, por outro lado soube aproveitar muito bem a defesa, força deste Chievo. No gol, Sorrentino se manteve como um dos melhores em circulação, enquanto a zaga teve poucos problemas quando foi chefiada pelo colombiano Yepes. As laterais também foram um ponto forte. Na direita, Sardo substituiu Frey muito bem depois da lesão do francês em dezembro e há quem diga que as boas exibições o colocaram na mira da Roma. Do outro lado, Mantovani foi ainda melhor e pode partir para o Sevilla.

Com a estratégia defensiva, o setor ofensivo foi bem prejudicado – e só não capitulou de vez por conta de outra grande temporada do capitão Pellissier. Nas rodadas finais, o veloz atacante brasileiro Marcos de Paula finalmente teve oportunidades e pôde convencer, praticamente se confirmando na equipe do próximo campeonato. Mas Bogdani e Abbruscato sumiram de vez, no mundo obscuro do jejum de gols. Da base do time gialloblù que se livrou sem sustos do rebaixamento, Yepes, Pinzi e Di Carlo já deram adeus. Mantovani, Bentivoglio, Rigoni e Sorrentino devem ser os próximos. Hora certa para Sartori comprovar seus dotes como comandante do futebol do Chievo.

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