
Nem de longe o duelo entre Milan e Napoli, nesta segunda-feira, lembrou as memoráveis partidas dos anos 80. Mas pela primeira vez em muitos anos o jogo entre rossoneri e azzurri esteve no centro das atenções da Serie A. Mais evidente do que a partida entre o líder do campeonato e o terceiro colocado – separados então por uma diferença de três pontos – apenas o (péssimo) desempenho do árbitro Gianluca Rocchi e seus dois auxiliares.
Jogando em casa e com a missão de espantar o fantasma da rival Internazionale, que após vencer no domingo tomara a segunda posição do Napoli e encostava na tabela, o Milan surpreendeu e não tomou iniciativas no início da partida. Os visitantes, por sua vez, também evitaram atacar em demasia e a primeira etapa ficou marcada apenas por erros crassos da arbitragem. Após os 45 minutos iniciais quatro impedimentos haviam sido marcados de forma imprecisa – dois para cada time. O pior, porém, ainda estaria por vir.
Logo no início do segundo tempo uma confusão na área do Napoli originou a penalidade máxima que Ibrahimovic converteu para inaugurar o marcador. Após cruzamento na área do time partenopeu o defensor Aronica viu a bola esbarrar em seu braço, apesar de não ter nenhuma má intenção no lance. Os pedidos de pênalti desesperados dos rossoneri não renderam o Oscar de interpretação aos jogadores, mas fizeram com que Rocchi anotasse a infração e ainda concedesse o cartão amarelo ao jogador azzurro, despertando a ira de todo o time do Napoli.
A desvantagem no placar e os nervos à flor da pele após o lance polêmico fizeram com que os visitantes se perdessem dentro de campo. O suspenso Lavezzi, melhor coadjuvante para o astro Cavani, então, passou a fazer mais falta do que usualmente faria, tornando o Napoli uma presa fácil para o Milan. As sombras da eliminação da Liga Europa para o Villarreal na última semana passaram então a afetar muito os napolitanos, que perdidos viram o time da casa ampliar com Boateng aos 31 minutos da etapa final.
A falta de criatividade do Napoli aliada à falta de tempo no cronômetro fez com que o tento de Boateng liquidasse o jogo e consolidasse o Milan na liderança da Serie A. E se o relógio não colaborou para uma reação napolitana, fez sobrar tempo para que Alexandre Pato ampliasse a vantagem e desse números finais ao duelo com um golaço.
Com o resultado o Milan mantém a primeira colocação do Italiano com 58 pontos, cinco a mais do que a nova vice-líder, a Internazionale. A arbitragem, é claro, foi polêmica, mas não desemerece a vitória maiúscula dos rossoneri, que agora ganha (ainda mais) força e respeito para caminhar até o título. Já o Napoli completa sua pior semana na temporada, acumulando uma eliminação dolorida na Liga Europa e uma derrota que esfria muito as chances de conquistar o scudetto.
Para resultados, escalações, classificação e estatísticas da 27ª rodada, clique aqui.
Para relembrar os outros jogos da rodada, clique aqui e aqui.
Para relembrar a 26ª rodada, clique aqui.
Seleção da 27ª rodada
Andújar (Catania); Nesta (Milan), Ranocchia (Inter), Britos (Bologna); Valiani (Parma), Boateng (Milan), Sneijder (Inter), Armero (Udinese); Sánchez (Udinese), Pato (Milan), Di Natale (Udinese). Técnico: Alberto Malesani (Bologna).