Seleção italiana

Jogo ruim, dia bom

Rossi aponta para o céu: atacante do Villarreal foi responsável pelo bom futebol visto em Kiev (Reuters)

O jogo não valia absolutamente nada, mas os italianos acabaram comemorando em dobro após a vitória da Squadra Azzurra diante da Ucrânia, em Kiev, por 2 a 0. Além de ver funcionar um time com sete jogadores que iniciaram a partida e não são considerados titulares, os azzurri ainda vibraram com os tropeços de Eslovênia e Sérvia em seus jogos pelas Eliminatórias da Euro 2012. Os resultados negativos dos países do Leste Europeu colocam a Nazionale muito mais próxima da classificação para competição.

A fase da seleção de Prandelli é muito positiva: até mesmo Montolivo tem entrado em sintonia com o restante do time, que tem assimilado o estilo de jogo do treinador. Depois das vitórias contra a Eslovênia e esta, de Kiev, a Squadra Azzurra já soma sete jogos de invencibilidade.

Voltando à partida contra a Ucrânia, o que se pode observar foi sucesso de reservas diante de um time que ainda terá que suar muito para não decepcionar sua torcida na próxima Euro, quando será sede ao lado da Polônia. Rossi e depois Matri, que entrou em seu lugar, não decepcionaram e foram os grandes responsáveis pela vitória dos visitantes.

Atuando basicamente em contra-ataques, a Itália, que teve Gilardino como capitão, viu no começo da partida praticamente uma reedição do monótono duelo entre os países na Copa de 2006. A situação só passou para um panorama melhor quando, aos 28 minutos da primeira etapa, Rossi utilizou sua arma mais letal. Após ser lançado em contra-ataque, o atacante abusou da velocidade e destroçou a defesa ucraniana, abrindo o placar para a Nazionale.

O gol do atacante do Villarreal, porém, acabou sendo um dos únicos lampejos de bom futebol no duelo. A Ucrânia, mesmo atrás no placar, não tinha forças e nem técnica suficientes para responder ao tento sofrido. Ao contrário do que se podia imaginar, os ucranianos pareciam satisfeitos com o placar e não agrediram a Itália de maneira efetiva em nenhuma oportunidade.

O jogo só esquentou novamente quando Giovinco entrou em campo e deu um bom dinamismo a Itália, que ainda que tivesse Montolivo fazendo outra vez uma boa partida. O jogo ganhou outros contornos quando, aos 30 minutos do segundo tempo, o zagueiro italiano Astori foi expulso por levar o segundo cartão amarelo. Com um a menos, a Itália se retraiu para manter o resultado e atraiu o adversário para seu campo de defesa. A tática fez com que, novamente em contra-ataque, puxado por Giovinco, os azzurri ampliassem o placar com Matri, decretando números finais à partida em Kiev.

Enquanto isso, Balotelli assiste tudo de fora da seleção, mais uma vez por indisciplina. Com Pazzini, Cassano, Rossi, Matri, Gilardino, Borriello, Giovinco e Quagliarella servindo como opções sérias para a Nazionale, quem precisa do indisciplinado Balotelli? Prandelli já jogou a responsabilidade de regeneração para o jogador e tem razão: a atual safra de atacantes italianos não permite concessões ao jogador do Manchester City.

Veja aqui as escalações e a ficha técnica do duelo.

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