Na estreia pela Liga Europa, Lazio fez ótima partida e quase garantiu classificação. Ficou difícil apontar um destaque no 6 a 0 contra o Rabotnicki (Fotonotizia)
A tarde desta quinta-feira tinha tudo para encaminhar as classificações de Lazio e Roma à fase de grupos da Liga Europa. Mas a Roma mesmo jogando melhor esbarrou no Slovan Brastislava, que contou com a enorme presença da barulhenta torcida para segurar o jogo italiano. Já os laziali cumpriram a promessa de valorizar a competição, feita pelo presidente Claudio Lotito, e arrasaram o Rabotnicki, praticamente garantindo a vaga.
Capital da tranquilidade
Jogando em Roma, a Lazio não tomou conhecimento dos macedônios do Rabotnicki. Edy Reja estreou oficialmente o 4-2-3-1 com o qual vinha treinando, com Hernanes como trequartista, Mauri pela direita e Cissé à esquerda, mas com muita liberdade para encostar em Klose no ataque. Enquanto isso, Zárate assitiu ao jogo sentado nas tribunas do Olímpico.
A fragilidade do adversário, a boa atuação de Mauri e as participações decisivas de Klose e Cissé foram fundamentais para a goleada. A Lazio controlou as ações do jogo desde o início e mostrou força para decidir. Sem dar chances aos visitantes, o goleiro biancoceleste Marchetti foi mero espectador da partida e viu apenas uma bola ir em sua baliza, enquanto o setor ofensivo de sua equipe funcionava bem.
Jogando em uma posição que não é bem a dele, Mauri surpreendeu, com uma assistência para Hernanes e marcando o seu gol, após passe de Klose. O 2 a 0 no placar já dava tranquilidade, mas dada a fragilidade do adversário a Lazio aproveitou para aumentar a margem de gols e, praticamente, se garantir na próxima fase. Cissé estreou com o pé direito e anotou uma doppietta. Klose também coorou a sua atuação com um gol, além de mais uma assistência para o primeiro gol do francês. O 6 a 0 tranquiliza a Lazio para a partida de volta na Macedônia. Além disso, valeu pela boa participação dos experientes novos contratados, que não falharam na frente do gol. O mesmo não pode ser dito sobre o ataque da rival Roma…
Roma vacila
Luis Enrique surpreendeu na escalação dos giallorossi e deixou Totti e Borriello no banco de reservas, apostando em jovens para a composição do 4-3-3, que parece ser o esquema pensado pelo treinador para a temporada 2011-12. As principais surpresas foram as presenças de Viviani (19 anos) no meio-campo e Caprari (18 anos) na ponta-esquerda. Após péssimo desempenho no último ano, Cicinho também voltou a aparecer entre os 11 iniciais da Roma e não decepcionou.
Nem a torcida que apoiou muito foi capaz de assustar a Roma na primeira etapa. Jogando um futebol rápido, com muita posse de bola e chutes de fora da área, a equipe capitolina deu a impressão que também atropelaria o seu adversário. O domínio durante os primeiros 45 minutos ficou claro pelos números. Enquanto Stekelenburg assistiu ao jogo dentro das quatro linhas, os italianos chutaram cinco vezes contra o gol eslovaco e ficaram com 62% da posse de bola.
Os gols perdidos e os erros nas finalizações mantiveram o 0 a 0 na primeira etapa. O jovem Caprari perdeu a chance mais incrível de toda partida, após boa descida de Cicinho pela direita, e finalizou à esquerda do gol. Com a dificuldade para encontrar as redes, a Roma mexeu: Perrotta, Totti e Borriello entraram no decorrer do segundo tempo. Mudaram os jogadores, mas o domínio giallorosso seguiu. Porém, na única vez que acertou a baliza italiana, o Slovan abriu o placar a 10 minutos do fim, com Dobrotka, de cabeça. A Roma continuou tentando, mas acabou derrotada.
A exibição dos lupi deixou a equipe com o gosto de que era possível um resultado melhor na Eslováquia. O volume de jogo romanista foi muito superior ao dos donos da casa, mas as finalizações foram deficientes. É provável que mesmo com a derrota, os giallorossi consigam reverter este placar no Olímpico, porém, poderiam ter voltado à Itália com a classificação adiantada. Será que os times da capital quebrarão a recente forma italiana na Liga Europa? Pelo menos a Lazio está bem próxima disso.