Serie A

Parada de inverno: Palermo

Migliaccio se reinventou na zaga e fez partidas acima da média em seu retorno ao meio-campo. Mas o Palermo precisa de mais, muito mais… (Getty Images)

Campanha

9ª posição. 16 jogos, 21 pontos. 6 vitórias, 3 empates, 7 derrotas. 18 gols marcados, 20 sofridos.

Maior sequência de vitórias: –

Maior sequência de derrotas: 2, da 7ª à 8ª rodada

Maior sequência de invencibilidade: 3, da 4ª à 6ª rodada

Maior sequência sem vencer: 4, da 14ª à 1ª rodada (adiada)

Artilheiro: Fabrizio Miccoli, 4 gols

Fair play: 38 amarelos, 3 vermelhos

Time-base

Tzorvas; Pisano, Silvestre, Migliaccio (Cetto), Balzaretti; Acquah, Barreto, Bertolo, Ilicic; Miccoli, Pinilla.

Treinador

Devis Mangia, até a 16ª rodada; Bortolo Mutti, a partir da 1ª (adiada). O presidente Maurizio Zamparini já fez duas vítimas neste primeiro semestre da temporada 2011-12. O campeonato nem tinha começado e Stefano Pioli foi demitido. Na 16ª rodada, depois de eliminação para o Siena na Coppa Italia e derrota no clássico contra o Catania, Devis Mangia foi o dispensado da vez. Mutti retorna ao Palermo após a competição de 2001-02. Na primeira e única partida, mudança no posicionamento tático: sai o 4-4-2, fixo de Mangia, e entra o 4-3-2-1, encaixando Alvarez ao lado de Ilicic na armação enquanto Zahavi se recupera de lesão.

Destaque

Giulio Migliaccio. O volante se reinventou na posição de zagueiro durante grande parte do campeonato. A lesão de Mauro Cetto ainda na pré-temporada fez com que Devis Mangia improvisasse o jogador ao lado de Matías Silvestre, contratado junto ao Catania, ao invés de colocar Mantovani, que chegou do Chievo para ser zagueiro – ele atuou como lateral-esquerdo nos últimos anos e hoje é reserva de Balzaretti. Migliaccio comprometeu o Palermo em poucos jogos – na vitória contra a Inter, por exemplo -, mas depois mostrou segurança. A recuperação do zagueiro fez com que o volante fosse deslocado para o meio, tirando a posição de titular incontestável do irregular Della Rocca. Com Mutti, parece que Migliaccio dará as cartas defensivamente, como fazia em 2010-11, ao lado de Barreto, e Mantovani voltará a jogar na zaga.

Decepção

Armin Bacinovic. O ponto de desequilíbrio rosanero na última temporada foi Javier Pastore. O tripé defensivo, no entanto, também foi enaltecido: ao lado de Nocerino e Migliaccio, o esloveno achado no Maribor, Bacinovic, foi um verdadeiro cão-de-guarda. Porém, ele sumiu nesta temporada. Simplesmente desapareceu, considerado descartável por Mangia. Ele fez nove jogos, seis como titular. Mutti pode retomar a mentalidade de Delio Rossi e pensar no esloveno com uma alternativa a Barreto. Futebol para isso, Bacinovic tem. Outra decepção é Ignacio Lores, revelação do Defensor e Uruguai sub-20. A promessa não engrenou nem mesmo com as lesões de Abel Hernández e Eran Zahavi e a pequena queda de produção de Josip Ilicic.

Perspectiva

Sem competições europeias na próxima temporada. O vice-campeonato da Coppa Italia na última época não vai se repetir. Sendo assim, sem vaga na Liga Europa, uma vez que através da Serie A será difícil conquistar a vaga. Os mais de 40 milhões de euros recebidos pela venda de seu melhor jogador, Javier Pastore, ao Paris Saint-Germain, não foram revertidos em peças-chave à equipe. Os rosanero sentem falta de um lateral-direito competente depois de um primeiro semestre fraquíssimo de Pisano. Além disso, Aguirregaray, que joga na posição e que apoiava e marcava com eficiência no Peñarol, teve pouquíssimas chances. Outro setor prejudicado foi o ataque. Sem os passes e, principalmente, os gols de Pastore, o Palermo tem média de 1,1 gol por partida e, até o jogo contra o Novara, na última rodada, não havia marcado sequer um gol fora de casa – até hoje a equipe não venceu fora do Renzo Barbera. Seu artilheiro é Miccoli, com um tento a mais que Abel Hernandéz. Lutar por posição intermediária na tabela é o que o time de Zamparini fará. Sonhar com algo mais é difícil e depende de pontos conseguidos fora de seus domínios.

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