Serie A

Review da temporada: Lecce

Revelações da temporada do Lecce, Cuadrado e Muriel terão futuro longe do Via del Mare (goal.com)

A campanha: 18º colocado, 36 pontos. 8 vitórias, 12 empates, 18 derrotas
Ao final de 2011:  20ª colocação 
Fora da Serie A: Eliminado na terceira fase preliminar da Coppa Italia pelo Crotone
O ataque: 40 gols, o sexto pior
A defesa: 56 gols, a quinta pior
Time-base: Benassi; Tomovic (Oddo), Migliónico, Esposito; Cuadrado, Giacomazzi, Obodo (Blasi, Delvecchio), Bertolacci, Brivio; Muriel, Di Michele
Os artilheiros: David Di Michele (11 gols) e Luis Muriel (11)
Os onipresentes: Nenad Tomovic, Guillermo Giacomazzi e Juan Cuadrado (todos com 33 jogos)
O técnico: Eusebio Di Francesco, da 2ª à 14ª rodada e Sersi Cosmi, da 15ª em diante
O decisivo: Guillermo Giacomazzi
A decepção: Júlio Sérgio
A revelação: Luis Muriel
O sumido: Ignacio Piatti
Melhor contratação: Luis Muriel
Pior contratação: Júlio Sérgio
Nota da temporada: 6
Depois de flertar com o rebaixamento na última temporada, o Lecce iniciou a temporada 2011-12 ameaçadíssimo: após a saída da família Semeraro do comando do clube, a sociedade passou a ser administrada de forma interina por um conselho temporário. Sem dinheiro, o Lecce só contratou jogadores a custo zero e jovens apostas, por empréstimo. Apesar da manutenção de alguns experientes jogadores, caso de Giacomazzi e Di Michele (outros como Rubén Olivera, Jeda e Chevantón deixaram o time), resolveu apostar em jovens talentos. Os dois principais vieram provenientes da Udinese, Luis Muriel e Juan Cuadrado. Ambos vieram com o propósito de ganhar experiência e rodagem na Serie A, mas acabaram se tornando referência da equipe. O brasileiro Júlio Sérgio, por sua vez, teve história inversa: recusou proposta para ser reserva no Paris Saint-Germain para ser titular do Lecce e acabou perdendo vaga para Massimiliano Benassi. Benassi teve a maior média de votos na Gazzetta dello Sport para sua posição. De fato, com grandes defesas, manteve o Lecce vivo por todo o campeonato.
Porém, o time sob o comando de Di Francesco não engrenou e em 14 jogos somava nove derrotas. A diretoria resolveu apostar em Serse Cosmi, técnico figurão que vinha de uma pífia temporada com o Palermo. Mas, entre empates e vitória o time dava mostras de que tinha a evoluir: saiu da lanterna e, jogando um futebol de muita velocidade e bom de se ver, ensaiou deixar a zona de rebaixamento por quase dez rodadas. Com a chegada de Bojinov e Delvecchio, o time ganhou experiência, mas por outro lado perdeu peças importantes como Mesbah e Strasser para o Milan.
O ponto de reação da squadra giallorossi foi a vitória de 4 a 2 sobre a Roma. Com atuações quase que impecáveis dos dois garotos da Udinese somado aos gols do interminável Di Michele, o Lecce via ainda uma luz no fim do túnel, aproveitando a horrível temporada do Genoa. Porém, o time cansou na reta final do campeonato e conseguiu apenas um ponto (contra a campeã Juventus) nas últimas quatro rodadas, acabando rebaixada. Agora, a expectativa é que algum investidor compre o clube e a certeza que as principais peças deverão sair (Cuadrado e Muriel devem ser negociados ou voltarem à Udinese), Cosmi, um técnico experiente em divisões inferiores terá que escolher seus veteranos para trazer o Lecce de volta a elite.
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