Palacio mais uma vez foi o melhor, mas teve apoio ofensivo importante de Gilardino, na reta final. Na foto com a dupla, Sculli (Getty Images)
A campanha: 17ª colocação, 42 pontos. 11 vitórias, 9 empates, 18 derrotas
Ao final de 2011: 10ª colocação
Fora da Serie A: Eliminado nas oitavas de final da Coppa Italia pela Inter
O ataque: 50 gols, o décimo melhor
A defesa: 69 gols, a pior
Time-base: Frey; Mesto, Granqvist, Kaladze, Moretti; Rossi, Miguel Veloso, Kucka (Biondini), Jankovic (Jorquera, Constant); Palacio e Gilardino (Sculli)
Os artilheiros: Rodrigo Palacio (19 gols), Bosko Jankovic (6), Alberto Gilardino e Marco Rossi (ambos com 4 gols).
Os onipresentes: Sébastien Frey (38 jogos), Rodrigo Palacio (32) e Giandomenico Mesto (31).
O técnico: Alberto Malesani (da 1ª à 16ª e da 31ª à 34ª rodada), Pasquale Marino (da 17ª à 30ª rodada) e Luigi De Canio (a partir da 33ª rodada – exceto a 34ª, que foi disputada antes)
O decisivo: Rodrigo Palacio
A decepção: Kévin Constant
A revelação: Cristóbal Jorquera
O sumido: Cesare Bovo
Melhor contratação: Sébastien Frey
Pior contratação: Zé Eduardo
Nota da temporada: 2
Depois de quatro anos ocupando a metade de cima da tabela e inclusive conquistando uma vaga na Liga Europa, na temporada 2008-09, em 2011-12, o Genoa flertou com o rebaixamento. O presidente Enrico Preziosi não deixou de colocar dinheiro no clube e o investimento no mercado foi forte: aproximadamente 50 milhões de euros foram gastos em contratações. Porém, alguns dos principais – e mais caros – contratados naufragaram. Zé Eduardo jogou nove vezes e não marcou; Constant, que chegou para ser o “dono” do meio-campo rossoblù, pouco fez; enquanto Bovo foi reserva de Kaladze e só jogo oito vezes na Serie A. Os ex-jogadores da Fiorentina Frey e Gilardino, foram as exceções: jogadores caros que deram resultado dentro das quatro linhas. Mas não foi apenas o baixo rendimento dos contratados que quase derrubou o Genoa.
O grande problema dos grifone ao longo do campeonato foi a falta de continuidade. Três treinadores comandaram a equipe, incluindo duas passagens de Alberto Malesani, que, na segunda vez, ficou apenas 20 dias no cargo. Por conta disso, a equipe sofreu com a falta de entrosamento (29 jogadores foram utilizados ao longo da Serie A) potencializada pelas constantes mudanças táticas. O último jogo de Malesani foi o fundo do poço da temporada rossoblù: derrota para o Siena, por 4 a 1 em casa e absurda reação dos ultrà, que interferiram no jogo. A virada genovesa para alcançar a salvezza começou após a chegada de De Canio. Jogando de forma mais simples, conseguiram duas vitórias nas últimas três rodadas e evitaram o rebaixamento, que tornaria a temporada um desastre completo.
Pelo segundo ano consecutivo, Rodrigo Palacio foi o grande destaque dos grifone. Nesta temporada, foram 19 gols e cinco assistências. Ainda no ataque, Gilardino chegou no meio do ano e teve impacto, com quatro gols e seis assistências – liderando a equipe neste quesito. Além da boa dupla ofensiva, que encaixou na reta final, o goleiro Frey impediu que a defesa fosse ainda pior. E Miguel Veloso, que começou mal na Itália, se recuperou em 2011-12 e pode ser uma peça importante para o ano que vem. Pois, para a próxima temporada, Preziosi sinaliza que muita coisa irá mudar. Ao longo desta semana, o Presidente deve anunciar o novo diretor geral da sociedade. O técnico será De Canio, confirmado após a permanência da equipe na elite.