Serie A

Guia da Serie A 2012-13, parte II

Robinho ouve instruções de Allegri. E há muito o que arrumar: temporada do Milan começa cheia de dúvidas (Getty Images)

Após a primeira parte do nosso guia da Serie A 2012-13, na qual apresentamos dez equipes que disputarão o Italiano nesta temporada, chegamos à parte final da nossa análise, com as equipes restantes. Nessa segunda parte, falaremos das incógnitas que cercam o vice-campeão Milan, de um Napoli que pretende brigar com os grandes e de Roma e Udinese, duas equipes que prometem dar espetáculo. Falaremos, também de Pescara, Sampdoria e Torino, caçulas desta edição do campeonato. Confira a primeira parte do nosso especial aqui e boa leitura!

Milan
Cidade: Milão (Lombardia)
Estádio: San Siro (80.018 lugares)
Fundação: 1899
Apelidos: Rossoneri, Diavolo
Principais rivais: Inter e Juventus
Títulos da Serie A: 18
Na última temporada: 2º colocado
Brasileiros no elenco: Gabriel (goleiro), Alexandre Pato (atacante) e Robinho (atacante)
O destaque: Kevin-Prince Boateng (meio-campista, foto)
A promessa: Stephan El Sharawy (atacante)
O treinador: Massimiliano Allegri (3ª temporada)
Principais reforços: Ricardo Montolivo (m, Fiorentina), Cristián Zapata (z, Villarreal-ESP) e Francesco Acerbi (z, Chievo)
Principais perdas: Clarence Seedorf (m, Botafogo), Thiago Silva (z, Paris Saint-Germain) e Zlatan Ibrahimovic (a, Paris Saint-Germain)
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Time base (4-3-1-2): Abbiati; Abate, Méxes, Zapata (Acerbi), Antonini; Nocerino, Montolivo, Emanuelson; Boateng; Robinho, Alexandre Pato

Depois de perder de uma só vez Thiago Silva e Ibrahimovic, dois pilares da equipe, o técnico Massimiliano Allegri foi bem claro e nada hesitante em afirmar que as metas do Milan para a temporada 2012-13 será ficar entre os três primeiros colocados na Serie A e chegar ao menos nas quartas de finais da Champions League. Nem a intenção de tirar o título de campeão da rival Juventus parece empolgar. Os reforços até agora foram apenas modestos e chegaram para compor elenco. Ainda na espera de novos nomes de peso, é bom o torcedor não esperar nada além do prometido por Allegri e dar-se por contente com os objetivos. Hoje a equipe está atrás da Juventus e vendo a Inter, que foi um fiasco na última temporada voltar a lutar pelo scudetto. Com apenas três vagas à Champions League, um mínimo de desatenção pode custar a temporada, ainda mais porque a Udinese, Lazio e Roma também brigam pela vaga. A ajuda da torcida, no entanto, deve ser menor, já que a venda de carnês para a temporada é a menor em anos e o clube até se propôs a reembolsar aqueles que estão insatisfeitos com o mercado da equipe.

Dos reforços, de quem mais pode se exigir algo é Montolivo. Inteligente, mas pouco efetivo, ele sempre foi tratado como grande promessa, mas ainda não atingiu o nível que dele se esperava. Depois de muito tempo na Fiorentina, o regista chega para executar função semelhante à que Pirlo desempenhava dois anos atrás. Na zaga, a missão de substituir Thiago Silva é ingrata. Zapata, que foi bem na Udinese, mas vem de pífia passagem pelo Villarreal, deve substituir o brasileiro, com Acerbi como reserva imediato. Com a saída de Nesta, Mexès assume de vez a titularidade no outro posto da zaga. Já no ataque, Robinho será titular, mas não terá mais a companhia de Ibra, que deixou o clube junto com o veterano Inzaghi. O Milan parecia esquecer as frequentes lesões e depositar confiança total em Alexandre Pato. Porém, um iminente acerto com Pazzini, em troca por Cassano, deixa claro que ainda pairam incertezas sobre as condições do atacante. Com tantas incertezas, a responsabilidade de Boateng é cada vez maior. E a de Allegri também. (Caio Dellagiustina)

Napoli
Cidade: Nápoles (Campânia)
Estádio: San Paolo (60.240 lugares)
Fundação: 1926
Apelidos: Azzurri, Partenopei
Principais rivais: Verona, Juventus, Inter e Milan
Títulos da Serie A: dois

Na última temporada: 5º colocado
Brasileiros no elenco: nenhum
O destaque: Edinson Cavani (atacante, foto)
A promessa: Lorenzo Insigne (atacante)
O treinador: Walter Mazzarri (4ª temporada)
Principais reforços: Alessandro Gamberini (d, Fiorentina),  Valon Behrami (m, Fiorentina) e Lorenzo Insigne (a, Pescara)
Principais perdas: Ezequiel Lavezzi (a, Paris Saint-Germain) e Ignacio Fideleff (z, Parma)
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Time base (3-5-1-1): De Sanctis; Campagnaro, Cannavaro, Britos (Gamberini); Maggio, Behrami (Gargano), Inler, Hamsík, Zúñiga; Pandev; Cavani.

O principal objetivo do Napoli nesta temporada é consolidar o projeto de voltar a ser um dos grandes italianos. Espaço a equipe terá, já que a Inter continua passando por um período de reformulação (e parece que continuará durante toda a temporada), e o Milan vendeu seus principais astros: Thiago Silva e Ibrahimovic. Essa pode ser a chance que o Napoli esperava há muitos anos de brigar de fato pelo scudetto. Na teoria, se a equipe não passar por problemas de lesão durante uma parte significativa da temporada (o elenco segue enxuto demais), a disputa seria mais intensa com a Juventus, atual campeã, e que derrotou o próprio Napoli na final da Supercoppa italiana por 4 a 2.

Apesar da derrota, nem tudo foi motivo de desgosto. Cavani mostrou que continua com seu faro de gols aguçado e, na comemoração, demonstrou também que segue comprometido com o time. Todos sabem que Pandev não é um bom finalizador, mas o macedônio foi uma boa alternativa para que o time continue com um perigoso tridente ofensivo. Além disso, Vargas e Insigne podem fazer esse papel durante a longa temporada. Mazzarri ainda tenta encontrar a zaga ideal, já que ganhou mais opções com a chegada do experiente Gamberini. O capitão Cannavaro certamente tem um lugar garantido nos onze iniciais, sendo assim, Britos, Fernández, Campagnaro, Gamberini e Aronica brigam pelas duas vagas restantes. No meio-campo, Behrami foi uma boa contratação, já que pode jogar centralizado ou pelo lado direito. (Anderson Moura)

Palermo
Cidade: Palermo (Sicília)
Estádio: Renzo Barbera (36.349 lugares)
Fundação: 1900
Apelidos: Rosanero, Aquile
Principal rival: Catania
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 5ª colocação)
Na última temporada: 16ª colocação
Brasileiros no elenco: nenhum
O destaque: Fabrizio Miccoli (atacante, foto)
A promessa: Paulo Dybala (atacante)
O treinador: Giuseppe Sannino (1ª temporada)
Principais reforços: Samir Ujkani (g, Novara), Franco Brienza (mat, Siena) e Egidio Arévalo Ríos (m, Club Tijuana)
Principais perdas: Emiliano Viviano (g, Fiorentina), Federico Balzaretti (le, Roma) e Matías Silvestre (z, Inter)
Objetivo: evitar o rebaixamento
Time base (4-4-2): Ujkani; Pisano, Múñoz, Von Bergen, Mantovani; Bertolo, Arévalo Ríos, Donati, Brienza; Miccoli, Hernández (Ilicic).

“Agora, bem… vou deixar o técnico trabalhar em paz. Preferir? Não que eu preferia, mas talvez, assim, seja melhor para o clube”. A frase é fictícia, mas expressa o que Maurizio Zamparini, o presidente pavio-curto, deseja para esta temporada. O Palermo desceu a ladeira desde quando ciscou uma vaga para a Liga dos Campeões de 2010-11. Muitos jogadores saíram (Sirigu, Bresciano, Pastore, Nocerino, Bovo, Simplício, Cavani), e tantos outros técnicos: Walter Zenga, Delio Rossi, Serse Cosmi, Stefano Pioli, Devis Mangia e Bortolo Mutti. Agora com Giuseppe Sannino, que fez um trabalho estupendo no Siena, o chefão promete dar uma relaxada.

Entre as quatro linhas, o Palermo vai, mesmo, lutar contra o rebaixamento. Balzaretti e Silvestre, pilares do time, e também Viviano, de nível de seleção, saíram. Mantovani consegue suprir a lacuna na lateral esquerda tranquilamente; o mesmo não pode ser dito para Múñoz e Milanovic, que brigam por uma vaga de titular ao lado de Von Bergen, que chega do Genoa. No meio de campo, os rosanero se desfizeram de Della Rocca e trouxeram Brienza, ex-Siena, e Arévalo Ríos, do Club Tijuana. O setor, com os dois e também com Bertolo, Donati e Barreto promete dar trabalho. Ilicic, que já chamou a atenção de clubes maiores e foi mal no último ano, buscará a redenção jogando mais avançado. Ele e o uruguaio Hernández busca uma vaga no ataque, ao lado do capitão Miccoli. O setor também terá o reforço de Dybala. O jovem argentino contratado junto ao Instituto é a promessa do Palermo, já que foi eleito o melhor jogador da segunda divisão do campeonato nacional de seu país. (Murillo Moret)

Parma
Cidade: Parma (Emília-Romanha)
Estádio: Ennio Tardini (23.486 lugares)
Fundação: 1913
Apelidos: Gialloblù, Crociati e Ducali
Principais rivais: Bologna e Reggiana
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 2ª colocação)
Na última temporada: 8ª colocação
Brasileiros no elenco: Amauri (atacante)
O destaque: Jonathan Biabiany (meio-campista, foto)
A promessa: Dorlan Pabón (atacante)
O treinador: Roberto Donadoni (2ª temporada)
Principais reforços: Amauri (a, Fiorentina), Marco Parolo (v, Cesena) e Dorlan Pabón (a, Atlético Nacional)
Principais perdas: Sebastian Giovinco (a, Juventus), Francesco Valiani (m, Siena) e Sergio Floccari (a, Lazio)
Objetivo: vaga na Liga Europa
Time base (3-5-2): Mirante; Zaccardo, Paletta, Lucarelli; Biabiany, Parolo, Valdés, Galoppa, Gobbi; Pabon, Amauri.

Com a boa gestão dos últimos anos, o Parma volta a ser uma potência entre os times médios da Itália e pode começar a sonhar um pouco mais alto. Após a ótima oitava colocação do último campeonato, beliscar uma vaga na Liga Europa não parece um pensamento tão absurdo para esta temporada. Mas a tarefa também está longe de ser simples, principalmente porque a equipe perdeu Giovinco, seu melhor jogador na temporada passada, com 15 gols e 12 assistências (participação direta em 50% dos gols do time na competição). Dessa forma, o sucesso dos crociati fica diretamente ligado ao rendimento do colombiano Dorlan Pabón, substituto de Giovinco. Com características semelhantes as do Formiga Atomica, o atacante espera repetir a boa média de gols alcançada na última temporada: foram 15 tentos em 19 jogos pelo Atlético Nacional.

Ao lado de Pabón jogará Amauri, que não viveu grandes momentos na Fiorentina na última temporada e espera reencontrar seu bom futebol vestindo gialloblù – ele já havia ido bem no Parma, há duas temporadas. O bom mercado do Parma contou também com as contratações de Parolo e Acquah, para suprir a perda de Valiani, e de MacEachen, Fideleff e Aleandro Rosi, para dar opções ao setor defensivo. Assim, o técnico Donadoni terá boas peças para agregar à base construída no último campeonato e tentar levar o Parma à parte nobre da tabela. Para isso, será essencial que Paletta e Zaccardo continuem tendo atuações seguras na zaga e que Valdés, Galoppa e Parolo deem o suporte necessário para que Biabiany, o grande nome do time atualmente, repita as grandes atuações do final da última Serie A. (Rodrigo Antonelli)

Pescara
Cidade: Pescara (Abruzzo)
Estádio: Adriatico (20.681 lugares) 

Fundação: 1936

Apelidos: Biancoazzurri, Delfini 

Principais rivais: Lazio, Roma e Ascoli


Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 14ª colocação)
Na última temporada: campeão da Serie B
Brasileiros no elenco: Lucas Chiaretti (meio-campista) e Jonathas (atacante)

O destaque: Marco Capuano (zagueiro, foto)
A promessa: Mattia Perin (goleiro)
O treinador: Giovanni Stroppa (1ª temporada)
Principais reforços: Jonathas (a, Brescia), Birkir Njarnason (m, Standard Liège) e Vladimír Weiss (m, Manchester City)
Principais perdas: Marco Verratti (m, Paris Saint-Germain), Ciro Immobile (a, Genoa) e Lorenzo Insigne (a, Napoli)


Objetivo: permanência na Serie A

Time-base (4-2-3-1): Perin (Anania); Balzano (Romagnoli), Capuano, Terlizzi, Crescenzi (Zanon); Colucci, Cascione (Blasi); Weiss, Bjarnason, Celik (Caprari); Jonathas.

Campeão da Serie B 2011-12 sob o comando do veterano Zdenek Zeman, o Pescara volta à Serie A após 20 anos de ausência, mas muito modificado em relação ao time da última temporada. Além do técnico tcheco, jogadores importantes do time vencedor saíram, como os jovens Verratti, Insigne e Immobile, e também o veterano e ex-capitão Sansovini. No entanto, alguns dos melhores jovens daquele time, como os defensores Romagnoli e capuano, permanecem no Adriático. Com melhores condições financeiras que anos atrás, quando o clube chegou a falir, a diretoria procurou repor as várias saídas investindo na juventude.

Primeiro com o substituto de Zeman: o ex-rossonero Giovanni Stroppa, que possui filosofia semelhante à do lendário técnico e sua Zemanlandia, com um futebol de muitos gols – na frente e atrás. No entanto, o técnico tem pouca experiência – treinou apenas nas categorias de base do Milan e no Südtirol, da terceirona – e é uma aposta arriscada. Também foram contratados jogadores promissores, como o eslovaco Weiss e o goleiro Perin. Para as outras lacunas, chegaram os veteranos low-cost Colucci, Blasi, Terlizzi e Abbruscato, que brigam por vagas entre os titulares. A grande contratação, porém, é o brasileiro Jonathas, formado no Cruzeiro e autor de 16 gols na última Serie B pelo Brescia. A proposta de jogo em “divertir” o público com jogos com muitos gols e emoção deverá ser mantida, mas pode ser insuficiente para os biancoazzurri, afinal a Serie A é bem diferente da segundona. Por isso e pela modéstia nas contratações, time deverá brigar pelas posições inferiores. (Arthur Barcelos)

Roma
Cidade: Roma (Lácio)
Estádio: Olímpico de Roma (72.481 lugares)
Fundação: 1927
Apelidos: Giallorossi, Lupi, A Maggica
Principais rivais: Lazio e Juventus
Títulos da Serie A: três
Na última temporada: 5ª posição
Brasileiros no elenco: Júlio Sérgio (goleiro), Marquinhos (zagueiro), Leandro Castán (zagueiro), Dodô (lateral esquerdo), Rodrigo Taddei (meio-campista), Lucca (meio-campista) e Marquinho (meio-campista)
O destaque: Daniele De Rossi (meio-campista, foto)
A promessa: Panagiotis Tachtsidis (meio-campista)
O treinador: Zdenek Zeman (1ª temporada)
Principais reforços: Mattia Destro (a, Siena), Leandro Castán (z, Corinthians) e Federico Balzaretti (le, Palermo)
Principais perdas: Fabio Borini (a, Liverpool), Juan (z, Internacional) e Simon Kjaer (z, Wolfsburg)
Objetivo: vaga na Liga dos Campeões
Time base (4-3-3): Stekelenburg; Piris, Burdisso, Leandro Castán, Balzaretti; Bradley (Tachtsidis), De Rossi, Pjanic; Lamela, Totti, Destro.

A temporada da Roma começa com um paradoxo: para aprimorar a renovação do elenco e da forma de jogar da equipe, a diretoria fez um resgate do passado. O passado em questão é o retorno do experiente Zdenek Zeman ao comando da equipe que já havia treinado entre 1997 e 1999. O tcheco volta a Trigoria após o triunfo do Pescara e de sua filosofia de jogo ofensivista na Serie B com o intuito de fazer a Roma dar espetáculo. Para isso, utilizará seu tradicional 4-3-3 com meio-campistas polivalentes, como Bradley e Tachtsidis, contratados junto a Chievo e Verona, respectivamente, além de Pjanic e De Rossi, que devem ser titulares absolutos. No ataque, Osvaldo deve perder a titularidade para o promissor Destro, que vem de grande temporada pelo Siena. A seu lado, devem jogar o habilidoso Lamela e o capitão Totti, que deve se movimentar e trocar muito de posição com o ex-atacante bianconero.

A expectativa é que os jogos da Roma sejam de muitos gols – a favor e contra. A vocação das equipes de Zeman pelo descompromisso com a defesa já foram até alvo de piadas feitas pelo próprio treinador, quando insinuou que a equipe não iria precisar contratar zagueiros após as saídas de Juan, Cassetti e Kjaer. Por isso, é bom a torcida brasileira não esperar que Leandro Castán, contratado junto ao Corinthians, seja um pilar da defesa romanista. Apesar da piada de Zeman, a defesa foi o setor mais reforçado no mercado: foram quatro chegadas e, além de Castán, foram contratados os brasileiros Marquinhos e Dodô, também do Corinthians, e o lateral Balzaretti, do Palermo. Apesar de ser a equipe com o maior número de brasileiros, ao lado da Udinese – sete, no total -, apenas Castán deve ter vaga no time titular. (Nelson Oliveira)

Sampdoria
Cidade: Gênova (Ligúria)
Estádio: Marassi (36.703 lugares)
Fundação: 1946
Apelidos: Blucerchiati, Doria, Samp
Principal rival: Genoa

Títulos da Serie A: um

Na última temporada: terceira colocada da Serie B, vencedora do play-off de acesso
Brasileiros no elenco: Júnio Costa (goleiro), Renan (meio-campista) e Éder (atacante)
O destaque: Daniele Gastaldello (zagueiro, foto)
A promessa: Pedro Obiang (volante)
O treinador: Ciro Ferrara (1ª temporada)
Principais reforços: Maxi López (a, Milan), Marcelo Estigarribia (m, Juventus) e Andrea Poli (m, Inter)
Principais perdas: Graziano Pellè (a, Parma) e Pasquale Foggia (m, Lazio)
Objetivo: meio da tabela
Time base (4-3-3): Romero; De Silvestri, Gastaldello, Costa (Rossini), Castellini; Munari (Renan), Krsticic (Obiang), Poli; Estigarribia, Eder, Maxi López (Pozzi);

De volta à Serie A depois de um inesperado rebaixamento na temporada 2010-2011, a Samp voltou à elite com muita ambição. Contudo, parte dessa ambição não foi traduzida em realidade. A busca por um treinador de ponta do futebol europeu não deu certo: Rafa Benitez, que terminara seu vínculo contratual com a Inter e poderia assinar com qualquer clube, acabou não aceitando a proposta doriana. O clube até tentoi fechar com Didider Deschamps, mas ele acertou com a seleção francesa. Por fim, sem hesitar, a diretoria assinou com Ciro Ferrara, que fez bom trabalho na seleção sub-21 italiana e é um treinador que pode fazer o que a diretoria blucerchiata mais deseja: aproveitar os jovens atletas do elenco, muitos oriundos das categorias de base do clube. A estreia oficial não foi das melhores: o time acabou eliminado da Coppa Italia pela Juve Stabia.

Dentro de campo, houve a manutenção da mediana equipe que conseguiu o suado acesso na Serie B passada e algumas contratações pontuais, como De Silvestri para a lateral-direita, os retornos de Tissone e de Poli (que pode disputar esta temporada em Gênova e ir para a Juventus, em seguida) e as aquisições, por empréstimo, de Estigarribia e Maxi López, para o ataque. Pouco para uma torcida que chegou a sonhar com os retornos de Cassano e Pazzini. Ainda assim, com sonhos que não chegaram a se concretizar, a Samp, por mais que não tenha um elenco que chame a atenção, tem um conjunto entrosado. A equipe pode repetir o que a Atalanta fez na última Serie A conseguindo posições medianas, para, no futuro, galgar coisas maiores, como o fez em meados da última década. A penalização de um ponto não deve ser problemática. (Thiéres Rabelo)

Siena
Cidade: Siena (Toscana)
Estádio: Artemio Franchi (15.373 lugares)
Fundação: 1904
Apelidos: Robur, Bianconeri
Principais rivais: Roma e Fiorentina
Títulos da Serie A: nenhum (melhor participação: 13º)
Na última temporada: 14º
Brasileiros no elenco: Ângelo (lateral direito) e Reginaldo (atacante)
O destaque: Emanuele Calaiò (atacante, foto)
A promessa: Marcel Büchel (meia)
O treinador: Serse Cosmi (1ª temporada)
Principais reforços: Matteo Rubin (le, Torino), Francesco Valiani (m, Parma) e Luís Neto (z, Nacional)
Principais perdas: Mattia Destro (a, Roma), Franco Brienza (m, Palermo) e Zeljko Brkic (g, Udinese)

Objetivo: evitar o rebaixamento
Time base (3-5-2): Pegolo; Neto, Contini, Paci; Valiani, Vergassola, D’Agostino, Bolzoni, Rubin (Del Grosso); Bogdani, Calaiò.

Na última temporada o Siena terminou a Serie A com uma estatística curiosa: saldo de gols zerado. Tendo em vista que o artilheiro da equipe na competição com 12 gols, o atacante Mattia Destro, não continua na Toscana, o time deve ligar o sinal de alerta desde já. Principalmente porque começa a temporada com -6 pontos, por envolvimento de jogadores no escândalo de apostas, e porque não houve reposição às perdas. Calaiò (marcou 11 gols na última Serie A) parece isolado na missão de balançar as redes. González não vingou e foi para o Novara. Paolucci, promessa da base da Juventus, e o grandalhão Bogdani devem assumir papeis de coadjuvantes. Talvez por essa dificuldade, a diretoria tenha escolhido Serse Cosmi como comandante, já que o treinador costuma montar equipes que priorizam o ataque à defesa. No entanto, com o que tem mãos, ele vai ter que tirar leite de pedra.

No meio-campo, apesar da saída de Brienza, que jogou 36 dos 38 jogos no último campeonato e com muita constância, as outras principais figuras foram matidas. Valiani, ex-Parma, e Rubin, ex-Bologna e Torino, chegam para ocupar as alas no novo 3-5-2 de Cosmi, que ainda pode contar com o brasileiro Reginaldo, caso não seja novamente emprestado. Para o meio-campo, os seneses ainda podem fechar com Rosina, do Zenit, que esteve bem no período de testes na pré-temporada, e com Ribair Rodríguez, do Belgrano. No gol, se a briga pela titularidade entre Pegolo e Brkic era ferrenha, com a saída do sérvio para a Udinese, o italiano deve assumir, de vez, a titularidade, mas com uma defesa mais fraca à sua frente. O experiente Terzi pegou gancho de três anos e meio por envolvimento no escândalo de apostas e deve ser substituído por Paci e Dellafiore, que não inspiram confiança, assim como Contini. Neto, que fez bom campeonato português pelo Nacional é uma aposta. (Anderson Moura)

Torino

Cidade: Turim (Piemonte)
Estádio: Olimpico di Torino (28.140 lugares) 

Fundação: 1906
Apelidos: Toro, Granata
Principais rivais: Juventus, Sampdoria, Roma
Títulos da Serie A: sete
Na última temporada: vice-campeão da Serie B
Brasileiros no elenco: Willyan (meio-campista)
O destaque: Angelo Ogbonna (defensor, foto)

A promessa: Gianluca Sansone (atacante, 25 anos)

O treinador: Gian Piero Ventura (2ª temporada)

Principais reforços: Jean-François Gillet (g, Bologna), Mario Santana (m, Napoli) e Gianluca Sansone (a, Sassuolo)
Principais perdas: Mirko Antenucci (a, Catania) Stefano Guberti (m, Roma) e Francesco Benussi (g, Palermo)
Objetivo: evitar o rebaixamento
Time-base (4-4-2): Gillet; Darmian, Glik (Rodríguez), Ogbonna, Masiello (Cáceres); Santana, Basha (Brighi), Gazzi, Sansone; Bianchi, Meggiorini.

Depois de três temporadas na Serie B, o Torino está de volta à Serie A. Ventura chegou em 2011, colocou ordem na casa, deu um padrão de jogo ao time e conseguiu, como recompensa, a promoção com uma boa campanha na segundona italiana. Para esta temporada, em que o clube começa com a penalização de 1 ponto, a base foi mantida e aprimorada com as ações na janela de transferências, também marcada por uma “limpeza” no elenco granate.

Artilheiro do time em 2011-12, Antenucci fará falta, uma vez que seus companheiros de ataque, Bianchi, Meggiorini e Sgrigna ficaram devendo nos gols. Para isso, um dos principais destaques da última Serie B, Sansone, foi contratado, e é nele e em Bianchi – que, apesar da decepção na última B, é um goleador – que as fichas serão depositadas. Para municiar o ataque, foi contratado o experiente argentino Santana, que não emplacou boas passagens por Napoli e Cesena e é uma incógnita. Com ele, disputa posição o sérvio Stevanovic, em busca de afirmação no time principal. Mas o principal mérito da diretoria foi ter garantido a permanência de Ogbonna, pilar da defesa do time de Turim, ao lado do também jovem Darmian, que finalmente se firmou após poucas chances em Milan e Palermo. (Arhtur Barcelos)

Udinese


Cidade: Údine (Friuli)


Estádio: Friuli (41.652 lugares)


Fundação: 1896


Apelidos: Bianconeri e Zebrette


Principais rivais: Venezia
 e Triestina

Títulos da Serie A: nenhum (melhor colocação: vice-campeã)


Na última temporada: 3º colocado
Brasileiros no elenco: Danilo (zagueiro), Neuton (zagueiro), Gabriel Silva (lateral direito), Allan (lateral direito), Willians (volante), Maicosuel (atacante) e Barreto (atacante)


O destaque: Antonio Di Natale (atacante, foto)


A promessa: Cristian Battochio (meio-campista)

O treinador:  Francesco Guidolin (3ª temporada)


Principais reforços: Luis Muriel (a, Lecce), Maicosuel (a, Botafogo) e Zeljko Brkic (g, Siena)


Principais perdas: Kwadwo Asamoah (m, Juventus), Mauricio Isla (ld, Juventus) e Samir Handanovic (g, Inter)

Objetivo: vaga em competição europeia

Time base (3-5-1-1): Brkic; Benatia, Danilo, Domizzi; Basta, Pereyra, Pinzi, Agyemang-Badu, Armero; Muriel (Maicosuel); Di Natale

Surpreendendo a todos, a Udinese se manteve firme na ponta da tabela por toda a última temporada, garantindo a vaga na Champions League. E, como é de praxe, a equipe chega no ano seguinte reformulada, depois que alguns de seus principais destaques são vendidos. Para essa temporada, as principais perdas foram o goleiro Handanovic, que foi para a Inter, e Asamoah e Isla, que se transferiram para a Juventus. As reposições, como sempre, foram feitas com jogadores de baixo custo, mas avaliados pelo clube como promissores. O grande nome é Luis Muriel, jogador que já pertencia ao time alvinegro e retorna de ótima passagem por empréstimo ao Lecce. Brkic, que também foi bem no Siena, pode fazer com que a saída de Handanovic não seja muito sentida.

Boa parte do reformulado elenco é brasileiro: ao todo são sete jogadores (Allan, Danilo, Barreto, Neuton, Gabriel Silva, Willians e Maicosuel), maior contingente de canarinhos no Belpaese, ao lado da Roma. Destes, apenas Danilo, que fez grande última temporada, tem vaga garantida entre os titulares. O ataque melhorou, com as chegadas de Muriel e Maicosuel, que darão suporte ao artilheiro Di Natale, esperança de sempre pelos lados do Friuli. No entanto, o meio campo perdeu qualidade. As saídas de Asamoah e Isla serão seriamente sentidas. Apesar de bons jogadores, Willians, Faraoni e Allan precisam comprovar o investimento e apenas Agyemang-Badu deve ter lugar cativo no meio campo. Mais uma vez, a Udinese começa a temporada cercada de incógnitas, mas quem disse que se deve subestimá-la? Francesco Guidolin já emplacou dois ótimos trabalhos seguidos com o mesmo panorama e pode muito bem repetir o feito. (Caio Dellagiustina)

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2 comentários

  • Acredito que a Samp vá sofrer um bocado em determinados jogos, estou apostado na solidez defensiva desse time junto com Munari e Obiang dando aquele apoio aos defensores.

    Ofensivamente acho que faltam pelo menos uns 3 nomes importantes se considerar que o Éder nunca se firmo de titular na A, a aposta Estigarribia e falta um meia mais criativo no elenco.

  • Ferra a Samp, treinador medíocre, apenas se salvar esse ano é o que resta, o "pojeto" dos Garrones é a longo prazo, já temos 10 anos.

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