colocação, 61 pontos. 18 vitórias, 7 empates e 13 derrotas.
Classificada à Liga Europa.
Campeã da Coppa Italia e eliminada nas quartas de finais da Liga Europa pelo Fenerbahçe
Marchetti; Konko (González), Biava, André Dias (Ciani, Cana), Radu; Candreva, Hernanes, Ledesma, González (Mauri), Lulic; Klose.
Cristián Ledesma (36 partidas), Antonio Candreva (35), Hernanes e Álvaro González (ambos com 34)
Com a mesma base da temporada anterior, a Lazio fez apenas uma mudança substancial: com a saída de Edy Reja, o presidente Lotito levou o técnico Petkovic para o Olímpico por um baixo custo anual – apenas 600 mil euros. A aposta rendeu aos aquilotti o título da Coppa Italia, conquistada sobre a rival Roma, mas tinha potencial para mais. Ao fim de 2012, a Lazio era a vice-líder da Serie A e jogava um futebol muito sólido, no qual Marchetti (um dos melhores arqueiros da temporada) e a forte linha defensiva, auxiliados pelo recuo de Ledesma, eram o destaque. Hernanes e Candreva criavam no meio-campo, Klose fazia os gols e todos estavam combinados assim. Porém, Klose se machucou e passou dois meses parado, e a defesa biancoceleste também sofreu com desfalques. Floccari até se esforçou, mas seus cinco gols – e a nulidade de Kozák, que passou em branco – não foram suficientes. A casa caiu.
A decepção pela sétima posição foi aplacada pelo título da copa nacional, mas a torcida da Lazio está cansada. Reja nunca teve o apoio incondicional da maior parte dos torcedores porque, de acordo com eles, se contentava com pouco – ou seja, não ambicionava a Champions. Hoje, a diretoria também quer mais e Petkovic só não caiu porque conseguiu um título e, claro, manteve a invencibilidade contra a Roma, que já dura mais de dois anos. Para a próxima temporada, além de manter a forte base (ao menos Marchetti, Ledesma, Hernanes, Candreva, Lulic e Klose), será importante para a equipe reforçar mais o elenco e colocar a base para trabalhar. Onazi e Rozzi, revelados em Formello, tem futuro.
A campanha: 6ª
colocação, 62 pontos. 18 vitórias, 8 empates e 12 derrotas.
Ao final de 2012: 6ª colocação
Fora da Serie A: Vice-campeã da Coppa Italia, derrotada pela Lazio
O ataque: 71
gols, o terceiro melhor
A defesa: 56
gols, a quarta pior
Time-base: Stekelenburg (Goicoechea); Piris, Marquinhos, Leandro Castán (Burdisso), Balzaretti; Bradley, De Rossi (Tachtsidis), Florenzi (Pjanic); Lamela, Totti, Osvaldo.
Os artilheiros: Pablo Osvaldo (16 gols), Erik Lamela (15) e Francesco Totti (12)
Os onipresentes: Alessandro Florenzi (36 partidas), Francesco Totti (34) e Erik Lamela (33)
Os técnicos: Zdenek Zeman, até a 23ª rodada e Aurelio Andreazzoli, da 24ª em diante
O decisivo: Francesco Totti
A decepção: Daniele De Rossi
A revelação: Marquinhos
O sumido: Rodrigo Taddei
Melhor contratação: Marquinhos
Pior contratação: Mauro Goicoechea
Nota da temporada: 5
A Roma foi a única equipe entre as dez primeiras colocadas da Serie A a ter trocado de técnico durante a competição. Não é à toa: é o time cujo projeto está mais obscuro. A diretoria contratou Zeman, autor de um belo trabalho na segundona com o Pescara, muito mais para tentar conquistar a torcida, já identificada com ele e sedenta por um futebol ofensivo, mas deveria saber que o “pacote zemaniano” não é aquele que põe títulos na sala de troféus de clube algum. Quando a Roma ia caindo de produção, mas mantinha uma alta média de gols feitos e também de sofridos, a diretoria não quis saber e demitiu o tcheco. Andreazzoli, seu assistente, o substituiu e logo implantou um 3-4-2-1 menos vistoso, mas muito mais eficiente. A vaga europeia ficou por um fio e, agora, no terceiro ano da nova gestão, um terceiro projeto deve começar quase do zero.
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Com insatisfação, Roma vai para mais um ano de incógnitas |
A grande incógnita do próximo projeto é o lugar de De Rossi. Desde o vice-campeonato nacional em 2009-10 o meia vive uma fase muito ruim – Zeman chegou, corretamente, a barrá-lo durante boa parte do campeonato. No gol, Goicoechea foi um desastre, assim como a gestão do caso Stekelenburg, que deveria ter saído em janeiro por divergências com o ex-treinador, mas acabou ficando depois de já estar quase assinado com o Fulham, clube para o qual deve se transferir nos próximos dias – para completar, Goicoechea, seu substituto, foi uma lástima. Apesar de tudo, a Roma teve pontos muito positivos, como as afirmações de Florenzi e Lamela, os gols de Osvaldo (Destro, no entanto, ficou ofuscado e não rendeu o esperado)… e, claro, a grande forma de Totti, mesmo aos 36 anos. Os romanistas puderam comemorar ainda a ascensão de Totti à vice-artilharia histórica na Serie A, com 227 gols. Sem dúvida, porém, o destaque da temporada foi a contratação de Marquinhos, que, aos 18 anos, joga como um veterano. Se não vendê-lo, o clube romano terá um zagueiraço por anos.
Udinese
A campanha: 5ª
colocação, 66 pontos. 18 vitórias, 12 empates e 8 derrotas.
Classificada à Liga Europa
Ao final de 2012:
10ª colocação
Fora da Serie A:
Eliminada nas oitavas de final da Coppa Italia pela Fiorentina, nos play-offs da Liga dos Campeões pelo Braga e na fase de grupos da Liga Europa
O ataque: 59
gols
A defesa: 45
gols
Time-base: Brkic; Benatia (Angella, Heurtaux), Danilo, Domizzi; Basta, Allan, Badu (Pinzi), Pereyra, Pasquale (Gabriel Silva); Lazzari (Muriel); Di Natale.
Os artilheiros: Antonio Di Natale (23 gols), Luis Muriel (11) e Roberto Pereyra (5)
Os onipresentes: Roberto Pereyra (37 partidas), Allan (36) e Antonio Di Natale (33)
O técnico: Francesco Guidolin
O decisivo: Antonio Di Natale
A decepção: Maicosuel
A revelação: Piotr Zielinski
O sumido: Willians
Melhor contratação: Allan
Pior contratação: Maicosuel
Nota da temporada: 7
Guidolin, Di Natale e companhia protagonizaram mais um milagre em Údine. Um menor que os dois anteriores, no entanto, mas suficiente para levar a equipe à Europa pelo terceiro ano consecutivo. Novamente, o time começou o campeonato tropeçando e teve um 2012 ruim, com direito à eliminação da LC e da Liga Europa. Os reforços não se adaptavam muito bem (casos de Maicosuel e Willians, que em janeiro voltou ao Brasil), a torcida descobria que Brkic não era Handanovic, e já via que Pasquale e Gabriel Silva não pareciam substitutos à altura de Armero, de saída para o Napoli. O ciclo de Guidolin estava perto do fim e o técnico chegou a colocar o cargo à disposição da diretoria. Porém, a equipe iniciou uma arrancada no início de 2013 e ganhou cinco posições no ano, fechando a temporada em alta.
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Guidolin e Di Natale: os milagreiros do Friuli |
Pelo quarto ano consecutivo, Di Natale marcou mais de 20 gols em uma única temporada e foi o grande nome do time. Logo abaixo dele, se ano passado o brasileiro Danilo foi o grande destaque, desta vez outro jogador verde e amarelo apareceu como destaque: Allan, ex-Vasco, se adaptou muito rápido, deu cinco assistências para gol e, ao lado de Basta, constituiu um lado direito muito forte. Titular no segundo turno, Gabriel Silva cresceu de produção e também ganhou moral. No segundo turno, o crescimento da Udinese pode ser atribuído ao despertar de dois jovens, que vinham mal: Muriel e Pereyra. O primeiro recuperou a forma física e marcou nove gols no returno, enquanto o segundo fez três gols e contribuiu com muita movimentação. Certamente, os dois, Allan, o jovem polonês Zielinski e Vydra (que esteve emprestado ao Watford) serão os próximos a se valorizarem na corte de Guidolin.
Fiorentina
A campanha: 4ª
colocação, 70 pontos. 21 vitórias, 7 empates e 10 derrotas.
Ao final de 2012: 3ª colocação
Fora da Serie A:
Eliminada nas quartas de final da Coppa Italia pela Roma
O ataque: 72
gols, o segundo melhor
A defesa: 44
gols, a quinta melhor
Time-base: Viviano; Roncaglia (Tomovic), Rodríguez, Savic; Cuadrado, Aquilani, Pizarro, Borja Valero, Pasqual; Jovetic, Ljajic (Toni).
Os artilheiros: Stevan Jovetic (13 gols), Ádem Ljajic (11) e Luca Toni (8)
Os onipresentes: Borja Valero (37 partidas), Juan Guillermo Cuadrado (36), Manuel Pasqual e Gonzalo Rodríguez (ambos com 35)
O técnico: Vincenzo Montella
O decisivo: Borja Valero
A decepção: Mattia Cassani
A revelação: Ádem Ljajic
O sumido: Mohamed Sissoko
Melhor contratação: Borja Valero
Pior contratação: Cristián Llama
Nota da temporada: 8
Quando a Fiorentina começou a montar o time para esta temporada, já se esperava que a equipe fosse fazer uma boa campanha. Foram contratados jogadores que, se bem comandados, poderiam mudar o patamar da equipe (Viviano, Rodríguez, Roncaglia, Valero, Cuadrado, Aquilani, Pizarro), e um técnico muito promissor. A expectativa é que a equipe viesse a crescer ao longo do campeonato, mas logo os florentinos responderam e começaram o campeonato à toda, brigando na parte de cima da tabela. O entrosamento foi quase instantâneo, mas a grande exigência física e o cansaço psicológico acabaram fazendo o time não vencer nos quatro primeiros jogos do ano – perda de pontos que se mostrou fundamental para tirar o time da Champions.
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A classe e objetividade de Valero conquistaram Florença |
Montella montou uma Fiorentina muito parecida com seu Catania do ano anterior. Um 3-5-2 envolvente, com meio-campistas excepcionais, hábeis em manter a posse de bola, e dois alas muito bons no apoio, além de atacantes que “conversam” bem. O resultado é que os titulares nestes setores acumularam, juntos, 44 assistências para gols. Valero, ponto de referência do time, conseguiu ofuscar Jovetic, outrora o dono do time, uma vez que chamou a responsabilidade e foi uma espécie de Pirlo para a equipe toscana. O espanhol foi o jogador de linha que mais jogou em todo o campeonato,o segundo que mais passou a bola, logo abaixo do italiano, e ainda o terceiro colocado no quesito assistências, com 11, quatro a mais que o juventino. No ataque, a grata surpresa foi a explosão de Ljajic, que precisou de quase três anos para demonstrar todo o seu potencial em Florença (11 dos 15 gols que marcou no clube foram feitos neste ano). Por muito pouco a Fiorentina ficou fora da LC (a torcida não perdoa o erro de arbitragem favorável ao Milan na última rodada), mas é bom que os outros times não bobeiem ano que vem. O time brigará ainda mais forte.
Milan
A campanha: 3ª
colocação, 72 pontos. 21 vitórias, 9 empates e 8 derrotas.
Ao final de 2012: 7ª colocação
Fora da Serie A:
Eliminado nas quartas de final da Coppa Italia pela Juventus e nas oitavas de final da Liga dos Campeões pelo Barcelona
O ataque: 67
gols, o quinto melhor
A defesa: 39
gols, a terceira melhor
Time-base: Abbiati; Abate, Zapata (Yepes), Mexès, De Sciglio (Constant); Nocerino (Ambrosini), Montolivo, Flamini (Muntari, Constant); Boateng, Pazzini (Balotelli), El Shaarawy.
Os artilheiros: Stephan El Shaarawy (16 gols), Giampaolo Pazzini (15) e Mario Balotelli (12)
Os onipresentes: Stephan El Shaarawy (37 partidas), Riccardo Montolivo (32) e Giampaolo Pazzini (30)
O técnico: Massimiliano Allegri
O decisivo: Mario Balotelli
A decepção: Kevin-Prince Boateng
A revelação: Mattia De Sciglio
O sumido: Francesco Acerbi
Melhor contratação: Mario Balotelli
Pior contratação: Bakaye Traoré
Nota da temporada: 7,5
O Milan fez um campeonato no melhor estilo corrida de recuperação. Largou muito mal, acabou encostando em alguns carros e teve de trocar pneus e aerofólios. A estratégia de equipe mudou em meados de outubro e na “pit-stop” de mercado de janeiro, a adição de uma peça chamada Balotelli mudou tudo. Desde que o Super Mario chegou, o Milan apenas subiu de produção, embora El Shaarawy tenha sumido. Ao todo, o ataque rossonero se mostrou um dos mais letais do campeonato, com três atacantes que marcaram mais de 10 gols na temporada – todos italianos, dois deles contratados nesta temporada; Pazzini e o próprio Balotelli. O Milan, vale destacar, crescia também na parte final dos jogos: 24 gols (35% dos marcados em 2012-13) foram feitos nos últimos 15 minutos.
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No Milan e na seleção, El Shaarawy e Balotelli são estrelas |
Quem também merece méritos é Allegri. O técnico virou o jogo, escalando o time num 4-3-3 interessante e equilibrado. Com isso, o Diavolo sofreu apenas 13 gols após a virada do ano, mesmo jogando com uma defesa de peças contestáveis, como Mexès e Zapata, que vinham em má fase (cresceram, depois), Constant improvisado na lateral esquerda em alguns jogos e o inexperiente De Sciglio, uma das gratas surpresas no campeonato. Montolivo foi importante para isto, pois cumpriu papel tático importante na recomposição e na armação de jogadas, atuando mais ou menos como Pirlo em seus tempos de Milão. Allegri (com a ajuda de Galliani) venceu a queda de braço com Berlusconi e fica no clube, com méritos. Mas, se há críticas a se fazer a seu trabalho, aí vão duas: fazer Boateng render como antes e deixar a equipe mais forte em confrontos diretos. Afinal foram apenas três vitórias em 12 jogos contra os sete primeiros colocados. Seu Milan foi implacável contra os pequenos, mas para a Liga dos Campeões, é preciso mais.
Napoli
A campanha: 2ª
colocação, 78 pontos. 23 vitórias, 9 empates e 6 derrotas.
Ao final de 2012: 5ª colocação
Fora da Serie A: Vice-campeão da Supercopa italiana, eliminado nas oitavas de final da Coppa Italia pelo Bologna e nos 32 avos de final da Liga Europa pelo Viktoria Plzen
O ataque: 73
gols, o melhor
A defesa: 36
gols, a segunda melhor
Time-base: De Sanctis; Campagnaro, Cannavaro, Gamberini (Britos); Maggio, Inler (Dzemaili), Behrami, Zúñiga; Hamsík, Pandev (Insigne); Cavani.
Os artilheiros: Edinson Cavani (29 gols), Marek Hamsík (11) e Blerim Dzemaili (7)
Os onipresentes: Marek Hamsík (38 partidas), Lorenzo Insigne (37), Edinson Cavani, Blerim Dzemaili e Morgan De Sanctis (todos com 34)
O técnico: Walter Mazzarri
O decisivo: Edinson Cavani
A decepção: Eduardo Vargas
A revelação: Lorenzo Insigne
O sumido: Marco Donadel
Melhor contratação: Valon Behrami
Pior contratação: Bruno Uvini
Nota da temporada: 8
Apenas o segundo melhor Napoli da história, abaixo daquele comandado por Maradona e Careca, que foi bicampeão italiano. Se aquele time do fim da década de 1980 e início de 1990 tinha essa dupla, o atual tem os inspiradíssimos Cavani e Hamsík, que juntos valem cerca de 100 milhões de euros. A saída de Lavezzi não chegou a ser sentida, porque Insigne e Pandev fizeram bom campeonato, mas sobretudo porque Mazzarri foi inteligentíssimo. Taticamente, o time passou a atacar ainda mais pelas laterais, com os ofensivos Maggio e Zúñiga, e o meio-campo passou a participar mais do jogo – não à toa, Hamsík fez 11 gols, Dzemaili sete e Inler seis. Hamsík foi adiantado por Mazzarri e marcou 11 gols, além de dar 14 assistências e se tornar o líder do quesito no campeonato.
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O Matador novamente conduziu o Napoli a grandes feitos |
Quem também liderou foi Cavani, artilheiro do campeonato com a incrível marca de 29 gols em 34 jogos – por pouco, não se juntou a Toni como os únicos a marcarem 30 ou mais gols desde a temporada 1958-59. O incrível é notar que durante metade da Serie A, Cavani não jogou tudo o que podia, pois não estava bem fisicamente. Além de montar um time muito eficiente no ataque e fazer as individualidades dos seus principais jogadores aparecerem ao máximo, Mazzarri ainda conseguiu dar um jeito na defesa, que sofria demais nas temporadas anteriores, sobretudo em bolas alçadas – nisso, Gamberini, um especialista no assunto, foi muito útil. Depois de quatro anos, os caminhos do técnico e do time se dividiram e o teste será de fogo para ambos. Mazzarri, com belo trabalho e desafios vencidos em Nápoles, terá a grande chance da carreira na Inter, enquanto o Napoli tentará brilhar por mais tempo com Benítez. Apesar da troca no comando, cenário é bom para os azzurri e será ainda melhor se Cavani e Hamsík ficarem.
Juventus
A campanha: Campeã, 87 pontos. 27 vitórias, 6 empates e 5 derrotas.
Ao final de 2012: 1ª colocação
Fora da Serie A: Campeã da Supercopa italiana diante do Napoli, eliminada nas semifinais da Coppa Italia pela Lazio e nas quartas de final da Liga dos Campeões pelo Bayern de Munique
O ataque: 71
gols, o terceiro melhor
A defesa: 24
gols, a melhor
Time-base: Buffon; Barzagli, Bonucci, Chiellini; Lichtsteiner, Vidal, Pirlo, Marchisio (Pogba), Asamoah; Giovinco (Marchisio), Vucinic.
Os artilheiros: Arturo Vidal (10 gols), Mirko Vucinic (10) e Fabio Quagliarella (9)
Os onipresentes: Andrea Barzagli (34 partidas), Leonardo Bonucci (33), Andrea Pirlo e Gianluigi Buffon (ambos com 32)
O técnico:
Antonio Conte
O decisivo: Arturo Vidal
A decepção: Lúcio
A revelação: Paul Pogba
O sumido: Simone Pepe
Melhor contratação: Paul Pogba
Pior contratação: Lúcio
Nota da temporada: 8,5
A Juventus desta temporada pode ser definida por um paradoxo: foi menos espetacular que no ano passado, mas também foi mais dominante. Viva em três competições até janeiro, a Juve só se dedicou exclusivamente à Serie A quando o 29º campeonato já estava praticamente ganho, na metade de abril, depois de cair para o futuro campeão Bayern de Munique na Champions. A disputa de três competições (ao contrário da última temporada, em que a Velha Senhora só teve olhos para o Campeonato Italiano e praticamente desprezou a Coppa Italia) claramente exigiu mais da equipe, e o técnico Antonio Conte foi perfeito na gestão do elenco. Nenhum atleta precisou se desgastar em excesso nos jogos do campeonato e os reservas acabaram dando conta do recado, enquanto o time sonhava em ir o mais longe possível na LC.
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Vidal, o preferido da torcida e peça-chave para Conte |
É bom lembrar que em nenhum momento a equipe teve o título realmente ameaçado e só foi levemente questionada quando perdeu a invencibilidade, na 11ª rodada, em um 3 a 1 sofrido contra a Inter, e em fevereiro, quando o Napoli tentava uma aproximação. Novamente, a força coletiva foi a marca da temporada juventina – 13 jogadores marcaram gols e nenhum subiu muito na artilharia. Em uma temporada de pouco brilho para Pirlo e Buffon, que atuaram apenas acima da média, os destaques ficaram para Vidal, um leão no meio-campo, e para a revelação Pogba, de 20 anos. O primeiro, eleito pela torcida como o melhor jogador da temporada, é muito voluntarioso e é, taticamente, o termômetro da equipe, uma vez que é o que melhor reúne a marcação e a chegada de surpresa no ataque. Já Pogba mostrou enorme maturidade para sua idade e, muito provavelmente, tomará a titularidade de um Marchisio opaco. Com os reforços que chegarão no mercado, a expectativa é de que a Juve mantenha a hegemonia nacional e parta para voos maiores na Europa.