Pogba comemora o primeiro gol dele na Liga dos Campeões (Foto: Getty Images)
A visita do Olympiacos a Turim foi apreensiva, digamos. Após a vitória na Grécia, a equipe foi esperta o suficiente para marcar dois gols, mas afrouxou e tomou a virada por 3 a 2. A Juventus, com gols de Pirlo, Roberto (contra) e Pogba, subiu para seis pontos no Grupo A da Liga dos Campeões, porém, não depende apenas de si para conseguir a classificação à fase eliminatória – os gregos estão na vice-liderança pelo critério de desempate.
O técnico Max Allegri fez o que tinha de fazer: sabendo da ineficiência do 3-5-2 nas competições europeias, ele mudou a equipe taticamente para quatro defensores e losango no meio de campo. Na faixa central, os melhores da posição foram escalados: Pirlo, Vidal, Pogba e Marchisio. No ataque, Llorente começou no banco para Morata iniciar a partida ao lado de Tevez. A nova formação ajudou (para não dizer que foi vital) ao primeiro gol na Arena, de Pirlo. Na 100ª aparição em Liga dos Campeões, o regista marcou o 5º tento de falta. Tem mais: os últimos 13 gols do camisa 21 foram realizados desta maneira.
O Olympiacos chegou ao empate quando Botía se antecipou a Chiellini, em cobrança de escanteio, e venceu Buffon com um cabeceio potente. O gol não desanimou a Juventus, que criou três chances claríssimas de gol – e não aproveitou. Na primeira, a bola passou pelos pés de Vidal e Tevez antes de Morata tirar demais de Roberto, jogando à esquerda do gol. Asamoah participou das outras duas: cruzamento da esquerda e Marchisio-Pogba-Morata (pode escolher) errou a finalização; cruzamento errado e Pogba, na entrada da área, chutou para fora.
No segundo tempo, a Juve conseguiu um contra-ataque com vantagem númerica (Morata, Tevez e Vidal contra Elabdellaoui e Abidal) e novamente não concretizou a chance em gol. Eis então que o São Paulo da Europa – comparação apenas pela falta de atenção na bola parada – sofreu mais um gol, de N’Dinga. A primeira alteração de Allegri foi promover a entrada de Llorente no lugar de Morata. O espanhol levou oito minutos para escorar o cruzamento perfeito de Pirlo na trave. A bola tocou em Roberto e entrou. Os bianconeri roubaram a posse logo no reinício do jogo, Llorente cruzou e Pogba, depois de um passe que rebateu em Botía, bateu rasteiro, no canto esquerdo do gol.
Os dois times ainda tiveram chances de balançar a rede. Elabdellaoui deu um drible magnífico em Asamoah, pela direita, entrou na área e chutou cruzado. A bola passou a centímetros da trave. Llorente teve uma cabeçada da pequena área bloqueada por Botía e, na sobra, Tevez finalizou ao lado do alvo. Nos acréscimos, Vidal perdeu o pênalti sofrido pelo argentino, que colocaria a Juventus na segunda colocação do grupo.
Llorente talvez tenha sido o maior vitorioso da noite chuvosa em Turim. Ele comemorou o gol efusivamente. Foi o jogo que ele teve o maior impacto na temporada, lembrando a boa forma conquistada principalmente na segunda metade da temporada 2013-14. A disputa pela posição ao lado de Tevez tende a ficar cada vez mais ferrenha.
Juventus 3-2 Olympiacos
Liga dos Campeões, Arena Juventus
Juventus (4-4-2): Buffon, Lichtsteiner, Bonucci, Chiellini e Asamoah (83′ Pereyra); Pirlo, Vidal, Pogba e Marchisio (71′ Padoin); Morata (58′ Llorente) e Tevez. T: Massimiliano Allegri