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Ronaldo deixa sua marca e Juventus se torna maior vencedora da Supercopa Italiana

Mais uma vez, a Supercopa Italiana foi cercada de controvérsias. Desde o momento em que ficou estabelecido que a partida entre Juventus e Milan aconteceria na Arábia Saudita e haveria setores proibido para mulheres na Cidade dos Esportes Rei Abdullah, em Jedá – o que contraria a constituição da Itália. Dentro de campo, também houve lances que provocaram discussão, mas a Velha Senhora é que levou a melhor. Os bianconeri voltaram a vencer o torneio graças ao gol solitário de Cristiano Ronaldo, que conquistou o seu primeiro título pelo clube. Por sua vez, a Juve não levantava o troféu desde 2015 e voltou a ser a maior vencedora da copa, com oito triunfos – justamente um mais que o Diavolo.

O primeiro tempo foi bastante travado. O time de Gennaro Gattuso resistiu bem na defesa e apenas pela segunda vez na temporada a Juventus não conseguiu chutar a gol. Apesar disso, o jogo voltou quente do intervalo, a começar pelo chute no travessão de Cutrone. O Milan começou a etapa final marcando mais em cima e levando maior perigo a Szczesny, embora sem realmente obrigar o polonês a fazer uma defesa.

Do outro lado, uma vez que o rival rossonero diminuiu a intensidade na marcação, o time de Massimiliano Allegri retomou o controle do jogo. Depois de tentativas de Pjanic e Cristiano Ronaldo, a Juve chegou ao gol com nova participação da dupla. O bósnio deu uma enfiada de bola precisa para o desmarque do português nas costas de Rodríguez. CR7 cabeceou a curta distância de Donnarumma, mas o goleiro demorou para reagir e saiu feio na foto.

Pouco após o gol, Allegri aproveitou a vantagem para descansar Pjanic, que deu lugar a Can, enquanto Gattuso colocou Higuaín (“poupado por causa de uma febre”) e Borini nas vagas de Samu Castillejo e Lucas Paquetá. Até então, o brasileiro era o melhor da equipe rossonera e já dava demonstrações de entrosamento com os companheiros.

A missão, que já era difícil, ficou próxima do impossível quando um minuto depois Kessié foi expulso por entrada dura em Can – a princípio, o árbitro Banti deu amarelo, mas depois reviu o lance e trocou pelo vermelho. Com um a menos, Cutrone foi substituído por Conti em uma manobra defensiva do Milan.

A modificação não ajeitou o meio de campo rossonero, que seguiu com dificuldades de chegar na intermediária da Juventus. Se Higuaín manteve o tom apático, Calabria e Çalhanoglu tentaram, sem sucesso, dar ritmo à equipe. Por sua vez, os bianconeri voltaram a chegar em alguns contra-ataques puxados por Dybala e Cristiano, mas também sem perigo. Quando balançaram as redes, o gol foi anulado – duas vezes, aliás, ambas por impedimento de Matuidi.

Para a Juventus, a vitória foi mais comemorada por motivos numéricos – o primeiro título de Ronaldo pelo clube e a supremacia na Supercopa – do que por nível de atuação, já que a partida foi fraca. O Milan, por sua vez, sentirá os efeitos da decisão na rodada da Serie A. Por cartões recebidos em Jedá, Calabria, Kessié e Romagnoli pegam gancho e não enfrentam o Genoa, na segunda-feira.

Juventus 1-0 Milan
Cristiano Ronaldo (Pjanic)

Juventus: Szczesny; Cancelo, Bonucci, Chiellini, Alex Sandro; Bentancur, Pjanic (Can), Matuidi; Douglas Costa (Khedira), Dybala, Cristiano Ronaldo. Treinador: Massimiliano Allegri

Milan: Donnarumma; Calabria, Zapata, Romagnoli, Rodríguez; Kessié, Bakayoko, Lucas Paquetá (Higuaín); Samu Castillejo (Borini), Cutrone (Conti), Çalhanoglu. Treinador: Gennaro Gattuso

Árbitro: Luca Banti
Local: Cidade dos Esportes Rei Abdullah, em Jedá, Arábia Saudita
Cartão vermelho: Kessié (Milan).

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