Seleção italiana

Itália estreia na Euro sub-21 como uma das favoritas ao título: saiba por que

Neste domingo a Itália faz a sua estreia no Campeonato Europeu Sub-21 contra a Espanha, no estádio Renato Dall’Ara, de Bolonha. Este duelo coloca frente a frente duas das seleções mais badaladas da categoria, que se enfrentaram na semifinal da último Euro, em 2017. Na ocasião, os azzurrini foram derrotados por 3 a 1, em noite mágica de Saúl, que marcou os três gols hispânicos – Bernardeschi fez o de honra da Itália.

Para a edição de 2019 do torneio, a Itália conta novamente com Luigi Di Biagio no comando. Desde o ciclo anterior, o técnico tem escalado os azzurrini no 4-3-3, apostando em uma equipe leve, que gosta da posse de bola e tem muita velocidade pelos flancos. Como será sede do campeonato, a Itália não disputou eliminatórias e teve de trabalhar sua equipe em amistosos. Na fase de grupos, a equipe azzurra enfrentará ainda a Polônia, em Reggio Emilia, e a Bélgica, em Bolonha.

A expectativa para o desempenho italiano é muito grande devido à grande gama de talentos que foram convocados para o torneio, a exemplo de Barella, Mancini, Pellegrini, Chiesa e Kean, atletas com passagem pela seleção principal. Onze jogadores italianos já foram convocados para a Squadra Azzurra e oito deles já estrearam. Entre as participantes da Euro sub-21, só a Romênia tem mais peças com jogos pela seleção de profissionais – 11, no total.

Os italianos, porém, contam com jogadores mais experientes nesse quesito. Afinal, Chiesa é um dos três jogadores mais utilizados por Roberto Mancini no ciclo da Euro 2020 e Barella atualmente é titular do meio-campo da Squadra Azzurra, junto com Verratti e Jorginho. Pellegrini, Zaniolo e Kean também são respaldados por Mancio e ocupam papel de destaque em equipes grandes, como Roma e Juventus. Por fim, o defensor Mancini foi titular na partida mais recente, contra a Bósnia, e se destacou numa campanha monumental da Atalanta.

Mas como tem sido o funcionamento coletivo dessa equipe e o que esperar para as partidas no Europeu Sub-21?

Di Biagio costuma trabalhar uma saída de bola com três jogadores, com o primeiro volante – que deve ser o capitão Mandragora – recuando para trabalhar entre os dois zagueiros. De forma simultânea a esse movimento, os laterais avançam para gerar amplitude e os dois meias completam o sistema por dentro.

A transição ofensiva é uma das maiores qualidades dessa equipe, que costuma alternar a subida dos laterais, utilizando um deles como compensação defensiva. Assim sendo, os azzurrini sobem para o ataque com seis ou sete peças, com um dos pontas – o que atua pelo setor em que o lateral subiu ao ataque – trabalhando por dentro. Por sua vez, o outro ponta fica bem espetado para trabalhar o jogo de linha de fundo.

Existe, contudo, uma necessidade de melhora na transição defensiva. Apesar de toda a velocidade dos pontas e a boa capacidade física dos meias, em muitos jogos a transição ocorreu lentamente, com movimentos poucos coordenados – o que foi decisivo para derrotas contra Bélgica, Inglaterra e Alemanha em amistosos recentes. Nesses jogos, porém, a equipe não contou com os jogadores mais tarimbados, que já haviam dado o salto para a seleção principal e que, agora, retornam para a disputa do Europeu.

Como constrói o seu jogo através de uma saída de bola com três peças, como citamos acima, a Itália sub-21  costuma atacar com um desenho em 3-2-5, com um volante entre os zagueiros, dois meias que circulam por todo o gramado e cinco peças em campo ofensivo – lateral-direito, ponta-direita, centroavante, ponta-esquerda e lateral-esquerdo. Muita mobilidade, troca de posições e um estilo de jogo que conta muito com os apoios do centroavante fora da área.

Por sua vez, os azzurrini se defendem em 4-5-1, com os dois pontas retornando para fechar o corredor e os três jogadores do centro do campo fechando bem as linhas de passe por dentro. É uma equipe que defende muito bem sua área, com zagueiros bem agressivos no mano a mano.

Lista de convocados
Goleiros

Emil Audero (Sampdoria), Alex Meret (Napoli) e Lorenzo Montipò (Benevento).

Defensores

Claud Adjapong (Sassuolo), Alessandro Bastoni (Parma), Kevin Bonifazi (Spal), Arturo Calabresi (Bologna), Federico Dimarco (Parma), Gianluca Mancini (Atalanta), Giuseppe Pezzella (Genoa) e Filippo Romagna (Cagliari).

Meio-campistas

Nicolò Barella (Cagliari), Manuel Locatelli (Sassuolo), Rolando Mandragora (Udinese),
Alessandro Murgia (Spal), Lorenzo Pellegrini (Roma), Sandro Tonali (Brescia) e Nicolò Zaniolo (Roma).

Atacantes

Federico Bonazzoli (Padova), Federico Chiesa (Fiorentina), Patrick Cutrone (Milan), Moise Kean (Juventus) e Riccardo Orsolini (Bologna).

Provável equipe titular contra a Espanha

Meret; Mancini, Romagna, Bastoni, Dimarco; Barella, Mandragora, Pellegrini; Chiesa, Cutrone, Kean.

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