Liga Europa

A Roma empilhou chances e venceu o Manchester United, mas caiu na Europa League

Nesta quinta (6), a Roma tinha uma tarefa muito complicada contra o Manchester United, pela Liga Europa. Precisava reverter uma derrota por 6 a 2 e foi guerreira, mas parou em noite inspirada de De Gea, gols perdidos e erros defensivos. Venceu os Diabos Vermelhos por 3 a 2, mas acabou eliminada da competição com um placar agregado de 8 a 5.

A missão era extremamente difícil, mas a Roma não se deu por derrotada em nenhum momento. Houve partes do jogo em que era possível imaginar que a festa da noite de abril de 2018, contra o Barcelona, pudesse preencher o vazio do Olímpico. A força ofensiva do time giallorosso se fez sentir desde o início, mas De Gea parecia determinado a ser o destaque da partida: no total, fez 13 defesas.

A Roma começou assustando. Aos 4 minutos, Mancini tentou desviar na pequena área, mas De Gea fez linda intervenção. Na sequência, a Loba teve escanteio a favor e Mkhitaryan cabeceou pelo lado de fora da rede. A equipe da casa tomava as melhores iniciativas até os 15, mas aos 19 o Manchester United começou a aproveitar buracos na defesa giallorossa: Cavani tentou encobrir Mirante e acertou o travessão. Aos 26, o Matador recebeu belo passe de Bruno Fernandes e obrigou o goleiro a espalmar para escanteio.

Oito minutos depois dos sustos do United, a Roma começou a ensaiar uma blitz. Pellegrini, depois de bate-rebate na área, pegou a sobra e De Gea mais uma vez estava lá para espalmar. Só que os ingleses foram mais eficazes e, aos 39, armaram um contra-ataque: Fred achou Cavani sozinho e, de fora da área, o uruguaio fuzilou para abrir o placar para os visitantes. A equipe giallorossa não desistiu após o gol e viu Mkhitaryan ser parado por De Gea, que lhe fechou bem o ângulo antes do intervalo.

Na segunda etapa, a Roma voltou ainda mais determinada a reduzir a diferença na eliminatória e em nenhum momento se entregou. Aos 47 minutos, Cristante chutou da entrada da área, mas era a noite de De Gea. Depois, o árbitro Felix Brych não considerou que um toque no braço de Maguire fosse suficiente para assinalar a penalidade. A Loba não estava mesmo com sorte.

De Gea fechou a porta para a Roma e impediu que o Manchester United sofresse virada improvável (Sportimage)

Apesar de tudo parecer estar contra os donos da casa, os romanistas se mantinham no ataque. A Roma lutou muito para que, aos 57, empatasse: Mkhitaryan cruzou na área, Pedro chutou torto e Dzeko, na pequena área, escorou para o gol. Três minutos depois, após bela troca de passes, a defesa do Manchester United errou e Cristante chutou de primeira para virar.

A Roma, que já não estava esmorecida, se animou de uma vez: faltando meia hora de jogo, precisava fazer três gols e estava criando muito. Logo após o segundo tento, a equipe ficou muito perto de ampliar, quando Dzeko chutou, De Gea deu rebote e, na sequência, Pedro obrigou o arqueiro espanhol a defender de novo. Depois, com Mkhitaryan, o goleiro do Manchester United rebateu com a perna à queima-roupa – a bola sobrou e ainda atravessou a meta mancuniana, rente à linha da baliza.

Pouco a pouco, o United retornava para o jogo – que, até então, teve esse início avassalador dos romanistas. Aos 65, Bruno Fernandes fez linda jogada, entortando Bruno Peres e Ibañez, e tocou para Greenwood, que desperdiçou a oportunidade. Três minutos depois, a zaga da Roma cochilou – como outras vezes na temporada. Fernandes achou Cavani com um belo lançamento e o uruguaio não perdoou, empatando o duelo.

Mesmo com os erros defensivos, que tornaram a missão ainda mais difícil, a Roma continuou a empurrar o time inglês para a sua defesa. Mkhitaryan acertou a trave e, aos 83, a equipe da casa voltou a ficar à frente no placar. Santon fez bela jogada pela esquerda e cruzou para o estreante Zalewski, que entrara havia poucos minutos: o polonês chutou, a bola desviou em Alex Telles e passou entre as pernas de De Gea. No fim a Roma ainda viu Cristante arriscar com um chute forte e, mais uma vez, De Gea fazer ótima defesa.

O time da capital italiana foi aguerrido, como poucas vezes foi sob o comando do técnico Paulo Fonseca, que está de saída. Porém, vícios mostrados durante o trabalho do português – como o número de chances desperdiçadas e a profusão de erros defensivos – foram fatais para que o Manchester United de Ole Gunnar Solskjaer avançasse à decisão da Liga Europa, contra o Villarreal de Unai Emery.

Compartilhe!

Deixe um comentário