Serie A

4ª rodada: com frenagem de Milan e Roma, o Napoli assumiu a liderança isolada da Serie A

Dois dos últimos três clubes com 100% de aproveitamento deixaram de vencer na 4ª rodada da Serie A. A embalada Roma de José Mourinho perdeu de forma surpreendente para um caótico Verona, que trocou de técnico para sanar os seus problemas e viu o novato Igor Tudor estrear com a quebra de um tabu de 25 anos. Enquanto isso, a união entre Luciano Spalletti e Napoli continua perfeita: mais uma vitória, com a melhor exibição em 2021-22 e a liderança isolada do torneio.

O Milan, que também vinha de três vitórias em três jogos, não conseguiu replicar o feito da última temporada e bater a Juventus fora de casa, embora tenha entregado boa atuação. O resultado, que não foi ruim para os rossoneri, foi péssimo para a equipe de Massimiliano Allegri. Com apenas dois pontos até agora, a Velha Senhora vê o pelotão da frente se distanciar e não encontra sinais positivos no que os jogadores apresentam.

Quem segue em alta, apesar do tropeço continental, é a Inter. Com mais uma goleada, a equipe de Simone Inzaghi chegou a 15 tentos anotados na liga, colocando a desconfiança de lado e mostrando que o elenco tem totais condições de buscar a defesa do título. Torino, Fiorentina e Sampdoria também seguem sonhando alto após resultados positivos. Confira o que de melhor aconteceu no resumo da rodada.

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Udinese 0-4 Napoli

Gols e assistências: Osimhen (Insigne), Rrahmani (Koulibaly), Koulibaly (Ruiz) e Lozano (Mário Rui)
Tops: Koulibaly e Mário Rui (Napoli)
Flops: Pereyra e Arslan (Udinese)

Único ainda 100% na Serie A, o Napoli bateu, sem muitas dificuldades, a Udinese na Dacia Arena. A partida, que poderia, certamente, ter sido mais equilibrada, acabou desandando para o lado dos friulanos quando os visitantes saíram na frente do placar. Pela 30ª vez consecutiva balançado as redes, o time de Spalletti segue empolgando e promete brigar por voos altos nesta temporada.

Insigne, um dos principais nomes do jogo, quase marcou aos 12 minutos, em sua chapada característica, mas parou em ótima defesa de Silvestri. Aos 25, o ponta teve nova oportunidade em belo passe de Mário Rui e encobriu o goleiro. O gol só não foi seu pois, Osimhen, em cima da linha, tocou por último antes de a bola entrar – Samir vinha para efetuar o corte e o nigeriano assegurou o tento.

Pela Udinese, ninguém fez uma boa exibição além do arqueiro, bastante exigido. Já os partenopei jogaram com excelência enquanto coletivo, e o segundo gol ilustrou esse entrosamento. Em jogada ensaiada, Insigne tocou curto para Ruiz, saindo da grande área. O espanhol cruzou de primeira para Koulibaly. Sem muita precisão, o zagueiro devolveu para seu companheiro de defesa, Rrahmani, completar de cabeça a belíssima construção.

Em grande dia como atacante, Koulibaly também deixou o seu. Aos 52, em mais uma uma jogada ensaiada, a bola chegou em Ruiz, que ajeitou para o senegalês. Dessa vez ele mesmo resolveu e encheu o pé, marcando um lindo gol. O último ficou com Lozano. O mexicano foi tabelando com Mário Rui até ter espaço dentro da área e também assinar uma pintura, chapando no canto superior esquerdo de Silvestri.

Juventus 1-1 Milan

Gols e assistências: Morata (Dybala); Rebic (Tonali)
Tops: Dybala (Juventus) e Tonali (Milan)
Flops: Bentancur (Juventus) e Hernandez (Milan)

Mesmo desfalcado, o Milan conseguiu fazer uma grande exibição no Allianz Stadium e, por pouco, não venceu de novo em Turim. Rebic assumiu o posto de carrasco da Vecchia Signora e, na ausência de Giroud e Ibrahimovic, marcou pela terceira vez consecutiva contra os bianconeri, se tornando o primeiro da esquadra rossonera a conquistar esse feito na era dos três pontos por vitória.

Do outro lado, Allegri e companhia atingiram uma marca negativa indesejada: pela quarta vez na história, a Juve chegou à quarta rodada sem vitórias na Serie A, e terminou o fim de semana na zona de rebaixamento. Porém, o começo da partida deu a entender que esse cenário terrível não iria se concretizar.

Logo com dois minutos, um passe errado de Hernandez foi a vacilada perfeita para os donos da casa abrirem o placar. O lateral cabeceou mal uma sobra de escanteio e Alex Sandro interceptou, entregando a bola para Dybala. O argentino encontrou Morata disparando no meio de campo. De lá, o camisa 9 conseguiu se manter à frente de Hernandez na corrida e encobriu Maignan com uma cavadinha.

Depois, o time de Allegri passou a administrar mais o jogo. O Milan se expunha em busca do gol, só conseguia ameaçar de longa distância e era ameaçado com contra-ataques velozes, mas pouco efetivos, da Juve. Faltou capricho para ampliar a vantagem no bom momento e o time de Pioli puniu quando teve a chance. No segundo tempo, os rossoneri seguiram mais com a bola e começaram a incomodar mais a defesa bianconera. Enquanto isso, as ofensivas de Morata e Dybala estavam escassas. Aparentemente feliz com 1 a 0, a Vecchia Signora fracassou em reter a vantagem e precisou se contentar com um empate.

Aos 75 minutos, Tonali bateu escanteio na cabeça de Rebic, que subiu entre Rabiot e Locatelli, testando cruzado. A bola pingou, bateu na trave e morreu no fundo das redes. Até o fim do jogo, a toada seguiu a favor dos visitantes e Kalulu teve a melhor chance de garantir a virada do Milan. Na finalização, foi travado por Chiesa e Szczesny ainda complementou, desviando para fora em boa defesa.

Sem Ibrahimovic e Giroud, coube ao “carrasco” Rebic marcar o gol de empate do Milan no clássico com a Juventus (IPA)

Inter 6-1 Bologna

Gols e assistências: Martínez (Dumfries), Skriniar (Dimarco), Barella, Vecino (Dimarco), Dzeko (Brozovic) e Dzeko (Sánchez); Theate (Barrow)
Tops: Dzeko e Dumfries (Inter)
Flops: De Silvestri e Hickey (Bologna)

Depois de uma derrota doída contra o Real Madrid na Champions League, a Inter voltou ao Italiano e deu uma amostra de sua força – principalmente a de seu elenco. Com alterações no onze inicial, em especial com a primeira partida de Dumfries como titular, a Beneamata varreu o Bologna com facilidade, ficando à frente do placar do quinto ao último minuto do jogo.

Logo no início da partida, Dumfries, escapou pelo lado direito com velocidade e cruzou rasteiro no segundo pau. Martínez, esperto na jogada, chegou completando. Ainda na primeira etapa, o Bologna reagiu e quase empatou. Aos 18 minutos, Soriano teve boa oportunidade, mas parou em defesa de Handanovic. Na sobra, Sansone emendou com plasticidade um voleio para fora.

Perdendo a chance de chegar na igualdade, o time da Emília-Romanha foi mais uma vítima da bola parada de Dimarco. Skriniar aproveitou excelente escanteio cobrado pelo ala esquerdo, aos 30 minutos, e testou firme para ampliar. Com o jogo sob controle, a porteira foi aberta e começou o show de gols.

O terceiro nerazzurro saiu em mais um contra-ataque puxado por Dumfries pelo lado direito. O holandês cruzou, foi interceptado mas a bola encontrou o pé de Barella. Atento à jogada, o meia pegou de primeira, chapando no canto e tirando o suficiente de Skorupski para fazer o terceiro. Dimarco ainda quase anotou uma pintura, mas parou no goleiro adversário.

Três vira, seis acaba. Correa, um pouco antes do gol de Skriniar, saiu de campo após levar uma pancada no abdome, e deu lugar a Dzeko. O camisa 9 aproveitou a oportunidade para encostar na artilharia do campeonato. Antes, no quarto tento da partida, deu uma bela furada em cruzamento de Dimarco e Vecino conferiu, finalizando livre na segunda trave.

O primeiro do bósnio veio aos 62 minutos. Perto da entrada da área, Brozovic tocou no meio para Lautaro, que fez um corta-luz. A bola chegou em Dzeko, que bateu com o bico da chuteira para fazer o quinto dos donos da casa. Uma boa trama pela esquerda construiu o sexto: Sánchez achou o camisa 9, que, quase sem ângulo, fuzilou o teto da rede.

Apesar do vareio, Bologna deixou seu gol de honra. Após cobrança de escanteio, Barrow fez um cruzamento longo e, na segunda trave, Theate mergulhou para diminuir a diferença, já sem tempo para mais nada. O sonoro placar de 6 a 1 ainda poderia ter sido mais elástico se não fossem algumas chances perdidas.

Verona 3-2 Roma

Gols e assistências: Barák, Caprari (Ilic) e Faraoni (Simeone); Pellegrini (Karsdorp) e Ilic (contra)
Tops: Caprari (Verona) e Pellegrini (Roma)
Flops: Ceccherini (Verona) e Shomurodov (Roma)

A zebra resolveu passear pelo Bentegodi num confronto entre duas equipes em momentos totalmente distintos. Enquanto a Roma vivia sua lua de mel com José Mourinho e até emplacou placares elásticos, o Verona não tinha pontuado na Serie A e ainda por cima trocou de treinador: Eusebio Di Francesco deu lugar a Igor Tudor, ex-zagueiro da Juventus e ex-técnico da Udinese. Para começar a vencer  turbulência, o croata tinha pela frente um tabu de duas décadas e meia a favor do time da capital, que não perdia (no campo) contra o Hellas. Ao contrário do que tudo indicava, um ótimo jogo dos gialloblù garantiu-lhes três pontos inesperados e alívio na tabela.

Apesar de um começo morno, a Roma conseguiu carimbar a trave em cabeçada de Cristante, perto dos 15 minutos. Aos 27, a primeira pintura da noite: Karsdorp recebeu no fundo e cruzou forte rasteiro. Pellegrini invadia a área para completar, a bola desviou e o meio-campista italiano improvisou uma belíssima letra para completar para o gol. Até o intervalo, a chuva despencou e até pequenas esferas de granizo pintaram o gramado. Essa água aparentemente veio para lavar a alma do Verona.

Já demonstrando uma boa organização no primeiro tempo, a equipe de Tudor voltou melhor ainda para a segunda etapa. Com menos de cinco minutos, Caprari foi lançado no fundo e cruzou forte. Rui Patrício espalmou e a sobra ficou com Barák, que chegou batendo forte para balançar as redes. A virada veio na sequência: mais uma vez Caprari apareceu, recebendo de Ilic. Do bico da área, puxou para a perna direita e acertou o cantinho.

A virada durou pouco nessa segunda etapa maluca. Depois do bico de garçom, Ilic colaborou para os visitantes. Pellegrini, mais uma vez sendo o principal jogador dos giallorossi, foi lançado em contra-ataque por Abraham. Chegando perto da área, tentou devolver para o companheiro, mas no meio do caminho o volante do Verona interceptou o passe e colocou para dentro das próprias redes. Para sua sorte, Faraoni estava iluminado e fez a diferença de forma incrível.

Anotando, provavelmente, o gol mais bonito da temporada até aqui, o ala direito surpreendeu a todos com uma jogada plasticamente impecável. Recebendo na entrada da área de Simeone, Faraoni ajeitou com a perna esquerda, fazendo a bola subir. Sem deixar cair, bateu forte de peito de pé e acertou um chutaço que ainda desviou no travessão antes de entrar. José Mourinho tentou de tudo para manter os 100% de aproveitamento, colocou meias ofensivos e atacantes, mas não teve jeito. Vitória para o novato Tudor.

Chocolate: com prestações de gala de Dumfries, Dzeko e Lautaro, a Inter goleou o Bologna (IPA)

Genoa 1-2 Fiorentina

Gols e assistências: Criscito (pênalti); Saponara (Bonaventura) e Bonaventura (Saponara)
Tops: Bonaventura e Saponara (Fiorentina)
Flops: Fares e Destro (Genoa)

A Fiorentina continuou sua boa fase e conseguiu vencer pela terceira vez consecutiva. Vincenzo Italiano parece ter sido o nome certo para colocar os gigliati de volta nos trilhos e brigar na parte de cima da tabela. A preocupação fica pela lesão feia de Castrovilli, que saiu ainda no primeiro tempo, após trombar feio com a barriga na trave. O lance aconteceu após o meio-campista italiano errar o tempo de bola ao tentar completar cruzamento de Callejón e deslizar em direção ao gol.

Debaixo de muita água, a bola rolou no Luigi Ferraris e, na maior parte do tempo, o controle ficou com os visitantes. O Genoa teve sua melhor chance aos 24 minutos, após a Viola sair jogando mal do seu campo de defesa. Destro ficou cara a cara com Dragowski e parou em excelente saída do gol do arqueiro, que fechou o ângulo.

Depois de uma primeira etapa com muitas faltas e cartões, a chuva deu uma trégua e quem se deu bem foi a Viola. Os dois gols vieram com participação de um meia vindo do banco. Saponara, que jogou sob comando de Italiano temporada passada no Spezia por empréstimo, entrou no lugar de Nico González e resolveu a parada. Aos 60 minutos, Riccardo recebeu uma ótima inversão de Bonaventura, puxou para a direita e acertou uma bomba no ângulo. Na comemoração, correu para abraçar seu treinador.

Oito minutos depois, Sirigu fez uma defesaça de cinema em chute forte de Duncan – a sua terceira no jogo – e ajudou a manter os rossoblù vivos. No entanto, pertinho dos 90 minutos, Saponara aproveitou uma sobra de outra intervenção de Sirigu, ajeitou com categoria e devolveu a gentileza do primeiro tento para Bonaventura. O companheiro não desperdiçou e bateu cruzado no cantinho. O Genoa ainda diminuiu nos acréscimos: Criscito, deslocando Dragowski, converteu um pênalti cometido por Igor.

Lazio 2-2 Cagliari

Gols e assistências: Immobile (Milinkovic-Savic) e Cataldi; João Pedro (Marin) e Keita (João Pedro)
Tops: João Pedro (Cagliari) e Luis Alberto (Lazio)
Flops: Lucas Leiva (Lazio) e Zappa (Cagliari)

Na volta de Walter Mazzarri ao Campeonato Italiano, o Cagliari conseguiu roubar um pontinho da Lazio jogando na capital. O time de Maurizio Sarri, mesmo finalizando incríveis 28 vezes e anotando dois gols, vacilou na defesa e cedeu o empate. Como sempre, João Pedro teve boa prestação, foi decisivo para a equipe da Sardenha e por pouco não capitaneou uma vitória em solo romano.

A partida começou meio amarrada, com pouca criação, e Immobile soube aproveitar a rara chance que teve para colocar a Lazio em vantagem. Milinkovic-Savic, grudado na linha lateral, recebeu de Lazzari e, com espaço, cruzou precisamente na cabeça de Ciro. O camisa 17 só precisou desviar levemente para marcar seu quinto tento na Serie A. A reação dos visitantes veio imediatamente após o intervalo.

Uma cochilada de Lucas Leiva na linha de impedimento permitiu que João Pedro invadisse a área em boa condição e recebesse um passe preciso de Marin. De cabeça, encobriu Reina com bastante categoria e assumiu a vice-artilharia da competição. Pouco tempo depois, Nández carimbou o travessão, dando um sinal do que vinha pela frente.

Aos 62 minutos, João Pedro assumiu o posto de assistente. Lançado na ponta esquerda, bateu Luiz Felipe com facilidade e tocou para Keita no meio. Fazendo valer a lei do ex, o atacante senegalês teve toda a calma do mundo para tirar do goleiro e dos outros defensores da Lazio. A salvação do desastre para os biancocelesti veio do banco. A menos de dez minutos do fim, Cataldi aproveitou uma sobra na entrada da área e, do jeito que gosta, bateu forte: a bola tocou o travessão e morreu dentro das redes. Ainda houve tempo para, nos acréscimos, Zappa ser expulso pelo segundo amarelo.

O tempo fechou para Mourinho e a Roma: de forma surpreendente, a equipe capitolina perdeu para o Verona (LaPresse)

Salernitana 0-1 Atalanta

Gol e assistência: Zapata (Ilicic)
Tops: Gondo (Salernitana) e Zapata (Atalanta)
Flops: Obi (Salernitana) e Malinovskyi (Atalanta)

Depois de buscar um empate contra o Villarreal no meio de semana, a Atalanta voltou a vencer na Serie A, porém, sem encantar. A Salernitana, por sua vez, segue sem pontuar no campeonato. Dessa vez, pelo menos, conseguiu ser competitiva e vendeu caro os três pontos. Se não fossem pelas boas intervenções de Musso e algumas decisões erradas no ataque, poderia ter, no mínimo, ter empatado.

Em um primeiro tempo de poucas emoções, o que chamou mais atenção foi a cotovelada de Djuric em Demiral. O centroavante bósnio tentou ganhar espaço dentro da área, levantou o braço demais e atingiu o zagueiro da Dea, ficando com amarelo. A enxurrada de sangue que jorrou do supercílio levou a muita indignação por parte do turco, que também recebeu o cartão por reclamar de forma acentuada e não voltou para o jogo.

Após o intervalo, Castori sacou Ribéry para colocar Obi. Na melhor jogada dos mandantes na partida, o nigeriano carimbou a trave em boa tabela com Bonazzoli. Do outro lado, Gasperini, claramente insatisfeito, fez três trocas para o segundo tempo. Acertou em cheio com a entrada de Ilicic, responsável direto por tirar o zero do placar.

O meia esloveno fez ótima jogada quase na pequena área, driblando de letra e tocando para Zapata na sequência. O centroavante, do jeito que gosta, virou em cima da defesa e bateu forte para vencer Belec, fazendo o único gol do jogo. Zappacosta ainda perdeu uma oportunidade inacreditável a cinco minutos do fim. Para sua sorte, não fez falta.

Sassuolo 0-1 Torino

Gol e assistência: Pjaca (Mandragora)
Tops: Pjaca e Bremer (Torino)
Flops: Toljan e Boga (Sassuolo)

Abrindo a rodada, na última sexta-feira, um Torino organizado e propositivo bateu o Sassuolo em jogo bem movimentado. Apesar do placar magro, a trave balançou três vezes, duas finalizações foram salvas em cima da linha e um gol foi bem anulado por impedimento. E quem atuou melhor durante a maior parte do tempo foi o time granata, que soma duas vitórias consecutivas na Serie A. Atualmente, os seis pontos em quatro jogos já mostram um quadro bem mais positivo para a equipe em relação à temporada passada, quando só conseguiu alcançar essa mesma pontuação na 9ª rodada e amargava o 18° lugar.

Logo no comecinho da partida, com oito minutos, Frattesi disparou pelo lado direito em contra-ataque neroverde e carimbou a trave de Milinkovic-Savic. Depois, os visitantes começaram a tomar conta das ações, pecando na conclusão. Na metade da primeira etapa, Sanabria saiu cara a cara com Consigli, conseguiu tirar do arqueiro com uma cavadinha e Ferrari salvou em cima da linha. Na sequência, Brekalo fez boa jogada na ponta esquerda, puxou para dentro e carimbou o pé da trave. O rebote ainda sobrou para Singo, que tocou para o meio da área e foi interceptado por Rogério.

O melhor momento do Sassuolo foi com Djuricic. O sérvio recebeu ótimo passe de Frattesi e completou de trivela, no cantinho. No entanto, por um pé, ficou impedido no lance. No fim da primeira etapa, duas chances perigosíssimas: Lopez salvou os donos da casa, tirando a cabeçada de Sanabria em cima da linha, e Praet, após bola mal afastada, acertou a terceira bola na trave do confronto, chutando de longe.

O time de Ivan Juric cansou de desperdiçar chances. O principal nome do time, Belotti, estava fora e Sanabria não estava em um dia inspirado. O técnico croata conseguiu achar a solução no banco. Foram duas na verdade. Com menos de dez minutos para acabar a partida, Mandragora tocou desequilibrado para Pjaca, que estava no canto esquerdo da grande área. O ponta, do jeito que mais gosta, cortou para dentro e chapou no cantinho. Imóvel, Consigli só conseguiu assistir a rede balançando. Tudo graças ao toque de Midas do treinador do Torino, que pôs em campo assistente e marcador.

Vlahovic não brilhou dessa vez e foi coadjuvante numa tarde classuda de Saponara, destaque do triunfo da Fiorentina (IPA)

Empoli 0-3 Sampdoria

Gols e assistências: Caputo (Candreva), Caputo (Bereszynski) e Candreva (Quagliarella)
Tops: Candreva e Caputo (Sampdoria)
Flops: Stojanovic e Luperto (Empoli)

D’Aversa voltou a ganhar na Serie A após 14 jogos, somando sua passagem pelo Parma. A sequência negativa do treinador da Sampdoria no começo desse campeonato não era tão preocupante assim: derrota aceitável contra o Milan, empate normal contra o Sassuolo e um bom resultado contra a Inter, também dividindo os pontos. A vitória que estava faltando foi conquistada com tranquilidade no Carlo Castellani, impulsionada pela “lei do ex”.

Caputo ainda não tinha marcado pelo seu novo time e desencantou logo contra o Empoli, clube que representou entre 2017 e 2019. Servido pelo melhor jogador da partida, Candreva, o camisa 10 saiu na cara do goleiro Vicario e não desperdiçou, aos 31 minutos. Bateu forte de esquerda no cantinho, abrindo o placar sem comemorar – pelo menos com uma empolgação menor do que no seu segundo gol.

Após o intervalo, a Sampdoria retornou a campo em uma voltagem totalmente diferente. Jogando o adversário nas cordas, exigiu boas intervenções de Vicario e Caputo ainda carimbou o travessão. Quando recebeu no mano a mano com Luperto, aos 52 minutos, o atacante tirou o zagueiro no gingado e balançou as redes pela segunda vez. Candreva ainda teve tempo de coroar sua excelente exibição com um belo gol: Quagliarella inverteu a bola para a ponta esquerda. Lá, o camisa 87 fintou Stojanovic e colocou com precisão no ladinho da rede, fechando a conta.

Venezia 1-2 Spezia

Gols e assistências: Ceccaroni (Busio); Bastoni (Maggiore) e Bourabia
Tops: Busio (Venezia) e Bourabia (Spezia)
Flops: Henry (Venezia) e Gyasi (Spezia)

Venezia e Spezia fizeram um confronto muito equilibrado, que acabou decidido pela precisão dos chutes de longe dos visitantes. Voltando a atuar em casa na elite após quase duas décadas, os leões alados fizeram o jogo possível, mas faltou um pouco mais de capricho no último terço para conseguirem criar perigo. Com apenas 19 anos, o jovem Busio se destacou na partida, apesar do revés.

A primeira etapa foi morna e o Spezia saiu na frente aos 13, na primeira tentativa de maior perigo. Maggiore, de dentro da área, tocou para Bastoni, na entrada dela. Com uma finalização precisa, o lateral-esquerdo colocou quase no ângulo e viu a bola ainda bater na trave antes de entrar. Uma pintura no pitoresco Pier Luigi Penzo.

Após o intervalo, Venezia voltou melhor e mais propositivo. Regido por Busio, chegou ao empate na bola parada do ítalo-estadunidense. Ceccaroni aproveitou o cruzamento preciso, desviou de cabeça e colocou no cantinho para igualar o placar. Embalados pela torcida, os donos da casa buscaram mais a vitória do que seus oponentes, porém, não obtiveram sucesso.

O balde de água fria para o time do Vêneto veio nos acréscimos. Bourabia, colocado no segundo tempo por Thiago Motta, roubou uma bola na intermediária e arriscou de média distância. A pancada foi longe das mãos de Mäenpää, e morreu no fundo da rede, dando ao Spezia a primeira vitória neste campeonato. Golpe duro para o time de Paolo Zanetti, que jogou bem, dentro de suas limitações.

Seleção da rodada

Sirigu (Genoa); Dumfries (Inter), Skriniar (Inter), Koulibaly (Napoli), Dimarco (Inter); Candreva (Sampdoria), Bonaventura (Fiorentina), Saponara (Fiorentina); João Pedro (Cagliari); Caputo (Sampdoria), Dzeko (Inter). Técnico: Luciano Spalletti (Napoli).

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