Alguém segura o Napoli? Enquanto os seus rivais tropeçam ou apresentam dificuldades para somar pontos, o time de Luciano Spalletti continua a vencer suas partidas com excelência, rodada após rodada. Neste fim de semana, os partenopei exerceram o seu favoritismo frente ao Cagliari e, até por isso, foram ofuscados pelos acontecimentos de um agitado Derby della Capitale: no Olímpico, Maurizio Sarri levou a melhor no duelo tático com José Mourinho e, ao dirigir a vitória da Lazio sobre a Roma, devolveu a sua equipe ao pelotão europeu. O franco confronto entre Inter e Atalanta, no sábado, também foi um dos destaques da jornada. Confira o resumo.
>>> Classificação e artilharia da Serie A
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Lazio 3-2 Roma
Gols e assistências: Milinkovic-Savic (Felipe Anderson), Pedro (Immobile) e Felipe Anderson (Immobile); Ibañez (Veretout) e Veretout (pênalti)
Tops: Felipe Anderson e Immobile (Lazio)
Flops: Mancini e Viña (Roma)
Nada como um bom clássico para embaralhar as cartas. Na reta inicial da temporada 2021-22, a Roma vinha construindo trajetória mais sólida do que a Lazio, mas a equipe treinada por Sarri driblou percalços para ser melhor do que a adversária, comandada por Mourinho, e deixar o Olímpico vitoriosa. Com o triunfo, os celestes encerraram um jejum de dois jogos sem vitórias e, agora, ocupam a sexta posição, com 11 pontos – um a menos que a Loba, quarta colocada.
Bastaram apenas 10 minutos para a Lazio abrir o placar e evidenciar os maiores problemas da Roma no Derby della Capitale: e proteger das jogadas em profundidade celestes. Depois de uma tabela entre Milinkovic-Savic, Immobile e Felipe Anderson, o sérvio atacou o vasto espaço nas costas de Mancini e completou o cruzamento do brasileiro, com bela cabeçada. Aos 19, Pedro puxou contra-ataque, Immobile atraiu a marcação e devolveu a bola em campo aberto, para que o espanhol concluísse com maestria. O ponta, que marcara o último gol giallorosso no clássico, acionou a lei do ex e se tornou apenas o terceiro jogador em toda a história a balançar as redes no confronto com ambas as camisas, repetindo Selmosson e Kolarov.
Com uma desvantagem considerável para tirar, a Roma terminou o primeiro tempo em busca de jogadas aéreas. Assim, a equipe acertou a trave, com Zaniolo, e diminuiu o placar aos 41 minutos, com Ibañez. No entanto, a Lazio atirou um balde de água fria na rival aos 62, unindo uma espécie de sarrismo mais objetivo ao melhor de sua busca pela profundidade: Luis Alberto descolou primoroso lançamento, rasgando a defesa giallorossa, Immobile rabiscou para tirar Mancini e Rui Patrício da jogada e só ajeitar para Felipe Anderson concluir para o gol aberto. Com suas forças concentradas numa ótima atuação de Zaniolo, a Loba tentou reagir, mas parou em Reina e só conseguiu mesmo balançar as redes uma vez, através de pênalti sofrido pelo talentoso camisa 22.
Napoli 2-0 Cagliari
Gols e assistências: Osimhen (Zielinski) e Insigne (pênalti)
Tops: Osimhen e Anguissa (Napoli)
Flops: Godín e Marin (Cagliari)
Munido de seu traje de professor de educação física, Spalletti prossegue com sua transformação do Napoli – líder do campeonato, com 100% de aproveitamento, seis vitórias, 16 gols marcados e apenas dois sofridos. No domingo, o time partenopeo impôs seu ritmo e não encontrou dificuldades para dominar o Cagliari de Walter Mazzarri, seu velho conhecido, e manter a liderança.
O jogo começou da forma esperada, com o Napoli tendo a posse e um Cagliari bem acertado na marcação em linhas baixas. Isso dificultou um pouco o avanço dos mandantes, que, a partir de inversões e o trabalho pelos lados, tentava penetrar nas rígidas linhas do time da Sardenha. Uma alternativa encontrada pela equipe azul foi a infiltração dos meias pelo centro, para que lançamentos pudessem ser aproveitados. E foi assim que, aos 11 minutos, saiu a jogada do primeiro gol: após toques de lado no meio, Zielinski foi buscado em profundidade por Anguissa e tocou rasteiro para trás. Osimhen, entre dois marcadores e na pequena área, empurrou para as redes.
A partir disso, o Napoli se sentiu ainda mais confortável e foi cadenciando o jogo. Com forte saída de bola entre os dois zagueiros e Di Lorenzo, o time passou a explorar principalmente o flanco esquerdo, ora com Insigne, ora com Mário Rui – que subia bastante para apoiar o capitão napolitano. Por outro lado, sem saber o que fazer com a bola, o Cagliari esbarrava na marcação partenopea e não levou perigo a Ospina através de esticadas e cruzamentos.
No segundo tempo, Osimhen atuava numa rotação acima dos demais e mostrou a diferença que isto fazia em uma jogada individual dentro da área, na qual sofreu pênalti de Godín. Batendo forte e no meio, Insigne marcou o segundo para os donos da casa. Com vantagem ampliada, o Napoli manteve o controle do jogo, através da disposição de Anguissa e da distribuição de passes centrada em Elmas e Ruiz: dessa forma, cozinhou a partida até o fim e confirmou o tranquilo triunfo.
Inter 2-2 Atalanta
Gols e assistências: Martínez (Barella) e Dzeko; Malinovskyi e Rafael Toloi
Tops: Barella (Inter) e Malinovskyi (Atalanta)
Flops: Handanovic (Inter) e Demiral (Atalanta)
Inter e Atalanta certamente protagonizaram um dos jogos mais emocionantes da rodada. Intensa em todo o momento, a partida teve 39 finalizações, frequentes trocas de seu comando e só foi decidida na reta final. O empate acabou tendo sabor meio amargo para as duas equipes, já que ambas poderiam ter vencido, de acordo com os episódios que marcaram o duelo.
A Atalanta começou em cima, marcando com suas linhas altas, enquanto a Inter apenas se resguardava. E, embora tenha começado mais paciente, foi a equipe da casa que chegou à frente com perigo pela primeira vez, marcando logo aos 4 minutos. Explorando bem o lado direito do campo, principalmente com Barella, a Beneamata trocou passes rápidos e viu o seu camisa 23 cruzar para a forte finalização de primeira, assinada por Martínez – sem chances para Musso.
Depois disso, o jogo acelerou e começou a ficar pegado, com a distribuição de muitos cartões amarelos – foram oito, no total. A Atalanta começou a impor seu ritmo e a Inter fechou a casinha para explorar as jogadas de velocidade com a dupla de atacantes. Aos 30 minutos, os bergamascos empataram depois de uma roubada de bola e um forte chute de fora da área de Malinovskyi. Nesse momento o domínio era da Dea, que tinha o dobro de finalizações dos interistas, e o cenário acabou gerando a virada. Com liberdade, o “kicker” ucraniano soltou outra pedrada e, no rebote de Handanovic, Rafael Toloi mandou para as redes.
No início da segunda etapa, a Atalanta manteve o controle que sacudiu a defesa da Inter e chegou a colocar uma bola na trave, aos 51 minutos, em cobrança de falta de Malinovskyi. Com Çalhanoglu desligado do jogo, o time da casa tinha dificuldades de criar, até Simone Inzaghi dificultar a vida de Gian Piero Gasperini com alterações: colocou Vecino no lugar do turco e passou Barella para a esquerda, no intuito de trabalhar com Perisic e Dimarco, que substituíra Bastoni. Assim, o meia da seleção italiana regeu a equipe, que passou a dominar a partida.
Explorando bem as inversões e cruzamentos, a Inter voltou para o jogo e conseguiu uma boa sequência de finalizações. Aos 71 minutos, Barella recebeu na esquerda e tocou para a finalização de Dimarco, que foi defendida por Musso e sobrou para Dzeko empurrar para as redes e empatar a partida. Na mesma toada, o time da casa conseguiu um pênalti, cometido por Demiral, mas Dimarco carimbou a trave. Em um final de peleja eletrizante, os nerazzurri poderiam ter sido penalizados por mais um erro de Handanovic, que aceitou o chute central de Piccoli. No entanto, terminaram sendo salvos pelo fato de a bola ter saído do terreno de jogo no lance, o que invalidou o gol.
Spezia 1-2 Milan
Gols e assistências: Verde (Bastoni); Maldini (Kalulu) e Díaz (Saelemaekers)
Tops: Kalulu e Saelemaekers (Milan)
Flops: Maggiore e Hristov (Spezia)
A manchete da Gazzetta dello Sport, com os dizeres “Maldini para sempre”, define bem a vitória do Milan fora de casa por 2 a 1. Embora não tenha sido o grande destaque do triunfo rossonero, o meia-atacante Daniel Maldini fez a partida ser histórica: afinal, a sua família (e que família) foi a primeira a ter balançado as redes da Serie A com integrantes de três gerações diferente. Paolo, seu pai, ficou radiante nas arquibancadas do estádio Alberto Picco.
O Milan demorou a conseguir impor seu ritmo e parou na marcação do Spezia. O primeiro tempo teve poucas oportunidades e os dois times foram para o vestiário com o zero no placar, mas isso foi mudado logo após o retorno do intervalo. Aos 48 minutos, após inversão de jogada do lado esquerdo para o direito, Kalulu cruzou uma bola teleguiada para a cabeça de Maldini, que subiu mais do que Hristov, cabeceou forte para o gol e pode celebrar em frente à torcida rossonera.
Depois de marcar o primeiro, o Milan manteve a pressão e teve até uma finalização na trave, com Rafael Leão. Do outro lado, o Spezia conseguia explorar os lados e levava perigo com os cruzamentos: numa ótima chance, Maggiore, sem goleiro, colocou por cima da baliza. A estratégia, porém, foi bem-sucedida aos 80, quando a bola cruzada por Bastoni passou por toda a área rossonera e morreu do lado inverso, nos pés de Verde. O ponta balançou o corpo para cima do adversário e, ao cortar para dentro e finalizar, contou com o desvio em Tonali para anotar.
Parecia o fim da festa comandada por Maldini. Mas, após quatro minutos em campo, Brahim Díaz salvou o dia – com o perdão do trocadilho. Depois de uma jogada individual de Saelemaekers pelo lado esquerdo, o espanhol recebeu o passe e finalizou para o gol. A bola ainda passou por baixo das pernas do goleiro e decretou a vitória dos milaneses, que ocupam a vice-liderança da Serie A.
Juventus 3-2 Sampdoria
Gols e assistências: Dybala (Locatelli), Bonucci (pênalti) e Locatelli (Kulusevski); Yoshida (Candreva) e Candreva (Adrien Silva)
Tops: Locatelli (Juventus) e Candreva (Sampdoria)
Flops: Chiesa (Juventus) e Colley (Sampdoria)
Será que a Juventus pode começar a respirar após sua primeira vitória em casa? Repetindo o mesmo placar do jogo anterior, os bianconeri chegaram à nona posição, com quatro pontos a menos do que as equipes que abrem a zona de classificação para a Champions League. Apesar de ter feito bons jogos até então, a Sampdoria é apenas a 14ª colocada.
A Juventus inaugurou o marcador com Dybala, aos 10 minutos. Após afastar o cruzamento de Alex Sandro, a zaga da Samp ainda conseguiu bloquear um chute de Locatelli, mas, quando o meia tocou para o argentino finalizar, da entrada da grande área, os defensores apenas puderam assistir a bola entrar no canto esquerdo de Audero. Aos 22, porém, o argentino deixou o campo lesionado – La Joya e Morata, que também se machucou no domingo, devem ficar de molho por pelo menos uma semana.
No final do primeiro tempo, a Velha Senhora fez valer o domínio proporcionado pela chegada em bloco dos homens de meio, que povoavam bastante a defesa adversária: Chiesa finalizou dentro da área e a bola bateu no braço de Murru, ocasionado pênalti convertido com categoria pelo zagueiro Bonucci. Um minuto depois, após jogada ensaiada de escanteio, a Sampdoria diminuiu com cabeçada de Yoshida, que levou a melhor sobre o camisa 19 bianconero.
O terceiro tento juventino saiu aos 57 minutos, depois que a defesa blucerchiata interceptou Chiesa, mas Colley saiu jogando errado. O gambiano entregou um presente para Kulusevski, que foi até a linha de fundo e cruzou pra Locatelli empurrar para o gol. A Samp continuou dando espaços e a Juventus criou diversas chances, principalmente pelo meio, fazendo Audero salvar o time genovês em algumas oportunidades. Já no final da partida, os dorianos conseguiram diminuir o placar depois que Adrien Silva recebeu dentro da grande área e encontrou Candreva no centro: o meia atacou o espaço vazio e bateu forte, de canhota, vencendo Perin.
Udinese 0-1 Fiorentina
Gol: Vlahovic (pênalti)
Tops: Milenkovic e Dragowski (Fiorentina)
Flops: Walace e Stryger Larsen (Udinese)
No Friuli, Udinese e Fiorentina protagonizaram uma partida jogada em ritmo pouco empolgante, na qual os defensores levaram a melhor sobre os atacantes em quase todos os momentos. Nesse contexto, o único momento em que Vlahovic conseguiu se sobressair foi decisivo para o placar final, que levou a Viola para a quarta posição, com 12 pontos – o seu melhor rendimento nas seis primeiras rodadas do campeonato desde 2015-16. Os bianconeri, que não vencem há três rodadas, estacionaram no meio da tabela.
Antes mesmo do meio do primeiro tempo, Odriozola cruzou na área, Vlahovic usou o corpo para ganhar de Rodrigo Becão no alto e, no desenrolar da jogada, Walace acabou tocando Bonaventura por trás, derrubando-o na área: impecável a partir da marca da cal, o centroavante sérvio anotou o seu quarto gol na Serie A. Dali em diante, a pobreza de emoções tomou conta do gramado da Dacia Arena.
Melhor em campo, a Udinese conseguiu levar um pouco mais de perigo, quase sempre em chutes da entrada da área. Nas três finalizações mais importantes do confronto, Dragowski foi reativo em suas defesas. Na única vez em que o goleiro não conseguiu interceder a favor da Fiorentina, Milenkovic estava atento para evitar que Deulofeu empatasse: entrou no caminho da bola, que ia estufar as redes, e a cabeceou para longe.
Genoa 3-3 Verona
Gols e assistências: Criscito (pênalti), Destro (Rovella) e Destro (Pandev); Simeone (Faraoni), Barák (pênalti) e Kalinic (Casale)
Tops: Destro (Genoa) e Simeone (Verona)
Flops: Badelj (Genoa) e Dawidowicz (Verona)
O sábado marcou o início de uma nova era para o Genoa: foi o seu primeiro jogo desde que Enrico Preziosi concluiu a venda do clube para o fundo de investimentos norte-americano 777 Partners. Para presentear a torcida, os novos proprietários liberaram o ingresso gratuito ao Marassi na partida contra o Verona e os presentes puderam assistir, in loco, a um dos duelos mais emocionantes da rodada – contrariando, inclusive, as expectativas que o antecediam.
Os minutos iniciais da peleja também foram em direção oposta ao esperado. O Verona não costuma fazer grandes exibições contra o Genoa na Ligúria, mas abriu o placar depois que Faraoni cruzou com perfeição na cabeça de Simeone: ao acionar a lei do ex, o argentino interrompeu um jejum de 16 jogos sem marcar. O restante do primeiro tempo foi pobre em emoções e teve uma resposta negativa dos donos da casa, perdidos em tentativas frívolas e ineficazes.
No segundo tempo, o Hellas chegou a flertar com uma goleada. Aos 49 minutos, depois de pênalti de Maksimovic sobre Simeone, Barák ampliou a vantagem. Na sequência, Sirigu se desdobrou e manteve o Genoa vivo no jogo: o arqueiro terminaria o duelo com três grandes defesas. Aos 76, a estrela de Destro começou a brilhar. O atacante tentou o desmarque para receber passe de Pandev e viu Dawidowicz cortar com o braço, dentro da área. A penalidade, convertida por Criscito, deu um novo gás aos grifoni.
Com o moral recuperado, o Genoa empatou aos 80, com cabeçada fulminante de seu artilheiro, e virou aos 85, num belo e curioso tento. Pandev ativou Destro no contra-ataque e o centroavante, enquanto segurava uma garrafa de água, entortou Günter e encobriu Montipò. A festa do Vecchio Balordo só não foi completa porque, nos acréscimos, Bani e Badelj se esqueceram de vigiar Kalinic, que subiu sozinho na pequena área e deixou tudo igual.
Empoli 4-2 Bologna
Gols e assistências: Bonifazi (contra), Pinamonti (Stojanovic), Bajrami (pênalti) e Ricci (Stulac); Barrow (Skov Olsen) e Arnautovic (De Silvestri)
Tops: Ricci e Bajrami (Empoli)
Flops: Bonifazi e Theate (Bologna)
O Empoli ainda não havia vencido em casa nesta Serie A, mas enfrentou um Bologna que não costuma se dar bem quando visita o estádio Carlo Castellani e, ao manter sua invencibilidade caseira contra os emilianos, igualou o seu melhor início de temporada: apenas em 2002-03 o time azzurro havia vencido três de seus seis primeiros jogos no campeonato. Com o resultado, a equipe treinada por Aurelio Andreazzoli ultrapassou os comandados por Sinisa Mihajlovic. Ocupam, respectivamente, a oitava e a nona posições.
Os mandantes não precisaram de muito tempo para abrirem o placar. Quando o relógio ainda marcava 1 minuto, Henderson efetuou um cruzamento despretensioso para a área, mas Bonifazi cortou de maneira tosca e marcou contra. O Bologna reagiu com Barrow, que estava com a mira calibrada e, aos 11, acertou um bom chute da entrada da área. Os rossoblù poderiam ter virado aos 20, quando De Silvestri sofreu pênalti, mas Arnautovic terminou acertando a trave, na cobrança. O castigo apareceu pouco após a meia hora, depois que Pinamonti completou um passe rasteiro e colocou o Empoli novamente em vantagem.
Insatisfeito com a postura do Bologna, Mihajlovic fez três substituições no intervalo, mas não conseguiu ajustar a sua equipe – tanto é que, aos 54 minutos, Bajrami converteu uma penalidade sofrida por Pinamonti, ampliando para o Empoli. A sorte também não estava do lado do visitantes, que chegaram a acertar a trave duas vezes na sequência de uma mesma jogada, com Barrow e Arnautovic. O austríaco chegou a reduzir a desvantagem dos veltri e carimbou o poste outra vez no minuto seguinte. Para provar que o dia não era mesmo favorável aos rossoblù, Ricci arriscou de longe, já nos acréscimos, e confirmou o triunfo dos toscanos.
Sassuolo 1-0 Salernitana
Gol e assistência: Berardi (Boga)
Tops: Chiriches e Rogério (Sassuolo)
Flops: Ranieri e Gagliolo (Salernitana)
Debaixo de uma chuva constante em Reggio Emilia, o Sassuolo conseguiu se livrar da incômoda sequência de três derrotas seguidas e voltou a marcar gols no Mapei Stadium, após um jejum de duas partidas. Apesar disso, não fez uma grande partida contra a modesta Salernitana, que só perdeu por causa de uma desatenção defensiva no início do segundo tempo.
Em quase toda a partida, os times ficaram limitados aos chutes da entrada da área – principalmente o Sassuolo. No primeiro tempo, o goleiro Belec defendeu um bom chute de López, ao passo que Consigli evitou o gol dos grenás em duas ocasiões – a melhor, com Mamadou Coulibaly. Aos 54 minutos, contudo, Boga passou pelos marcadores e levantou para Berardi, esquecido por Ranieri e Gagliolo, apenas completar com uma leve testada: foi o sexto gol do atacante nas sete partidas mais recentes contra times oriundos da Serie B.
O cenário mudou pouco após o gol neroverde. Enquanto o time da casa só ameaçou com tiros fortes, mas centrais, de Raspadori e Scamacca, a Salernitana foi mais perigosa em duas tentativas. A primeira ocorreu num curto recuo de Frattesi: Bonazzoli antecipou Consigli e tentou de calcanhar, mas Rogério apareceu antes de a bola cruzar a linha e aliviou o perigo. Já no minutos finais, no “abafa”, a equipe grená teve a última chance de empatar quando uma cabeçada de Simy passou por cima da baliza.
Venezia 1-1 Torino
Gols e assistências: Aramu (pênalti); Brekalo (Singo)
Tops: Mäenpää (Venezia) e Milinkovic-Savic (Torino)
Flops: Schnegg (Venezia) e Djidji (Torino)
Venezia e Torino fizeram o jogo que fechou a 6ª rodada e protagonizaram um empate amargo para ambos. Vivendo início de temporada preocupante, o time da casa não conseguiu sair da zona de rebaixamento e, por conta de seu ataque improdutivo, segue com um saldo negativo de sete gols. Já o Toro lamenta por ter perdido a vantagem no duelo. Invicta há quatro jogos, a equipe grená somou seu segundo empate seguido.
O primeiro tempo foi de pouca criatividade e de leve superioridade do Venezia, que assustou duas vezes, com Okereke. Os gols, porém, ficaram para a segunda etapa. Aos 56 minutos, Djidji lançou Singo pelo lado direito e o lateral avançou à linha de fundo, superando a marcação de Schnegg. Livre do adversário, o marfinense tocou para trás: vários homens entravam na área adversária, mas foi Brekalo que finalizou para abrir o placar.
Também em lançamento, mas agora pelo meio, o Venezia conseguiu o seu empate. O esperto toque de calcanhar de Johnsen, para trás, deixou Okereke livre na cara do gol. Djidji, contudo, impediu o tento do nigeriano com uma carga por trás, punida com pênalti e expulsão. Ex-Torino, Aramu foi para a marca da cal e empatou para os arancioneroverdi. No minuto final, fortes emoções: Milinkovic-Savic defendeu uma cobrança de falta de Aramu e, no contra-ataque, o arqueiro Mäenpää brilhou ao fechar a porta na cara de Mandragora, evitando a vitória visitante.
Seleção da rodada
Sirigu (Genoa); Kalulu (Milan), Chiriches (Sassuolo), Milenkovic (Fiorentina); Felipe Anderson (Lazio), Barella (Inter), Locatelli (Juventus), Malinovskyi (Atalanta); Osimhen (Napoli), Destro (Genoa), Immobile (Lazio). Técnico: Maurizio Sarri (Lazio).