Seleção italiana

Pouco inspirada, a Itália empatou com a Bulgária em seu primeiro jogo após o bi da Euro

Nesta terça-feira, 2 de setembro, a Itália recebeu a Bulgária em Florença, em partida válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar. Com três vitórias em três partidas realizadas e sem sofrer gols até então, a Squadra Azzurra imaginava manter a tendência em sua primeira partida após a conquista do bicampeonato continental. Apesar disso, o time treinado por Roberto Mancini não fez um bom jogo e ficou no empate por 1 a 1 com a seleção do Leste Europeu.

A Nazionale foi a campo com um time formado integralmente por campeões da Euro. Dos titulares na decisão contra a Inglaterra, apenas Chiellini e Di Lorenzo não jogaram – Acerbi e Florenzi atuaram em seus lugares. De resto, todo o time escalado contra a Bulgária iniciou a final, em Wembley.

A partida começou dentro do padrão esperado, com a Itália monopolizando a posse de bola e a girando de um lado ao outro do gramado, esperando a melhor oportunidade para acelerar o jogo, principalmente com o mano a mano de Chiesa pela direita e o movimento de Insigne em diagonal, no lado contrário. Logo aos 16 minutos, o gol saiu justamente através de um lance individual do juventino.

Chiesa recebeu pelo lado direito, carregou a bola pelo centro do campo e buscou o pivô de Immobile. O zagueiro Antov conseguiu afastar a bola, mas o próprio camisa 14 estava esperto para aproveitar a “tabela” com o defensor rival e finalizar com perfeição no canto inferior direito de Georgiev. O tento foi especial para o juventino: afinal, ele foi revelado pela Fiorentina, que joga no Franchi, e seu pai, o ex-atacante Enrico Chiesa, estava nas tribunas.

O gol não mudou a postura da Itália, que seguiu jogando à sua maneira e criou chances, desperdiçadas por Insigne e Immobile. Quando o jogo parecia totalmente controlado, a Bulgária roubou uma bola na entrada de sua área e acelerou pelo corredor esquerdo. Jorginho e Florenzi tentaram impedir o avanço, mas não tiveram sucesso e optaram por não parar a jogada com falta. Erro fatal. Despodov, ex-Cagliari, recebeu na entrada da área e cruzou na medida, de trivela, para Atanas Iliev. O atacante do Ascoli, da Serie B italiana, se antecipou a Acerbi e deixou tudo igual em Florença.

Hábito: Chiesa celebra o seu gol no Franchi (Panoramic)

Mancini voltou para o segundo tempo sem mudanças e viu a partida se intensificar enquanto um treino de ataque contra defesa, em grande nível de competitividade. Conseguindo um resultado muito importante jogando fora de casa, a Bulgária de Yasen Petrov fechou ainda mais suas linhas e buscou dificultar o trabalho da Nazionale. Verratti achou boas soluções, Chiesa nunca parou de tentar, mas o gol acabou mesmo não saindo. Mancini buscou modificar o cenário do jogo com as entradas de Rafael Toloi, Cristante, Raspadori, Berardi e Pellegrini, mas nada adiantou.

Mesmo estando em começo de temporada e de “ressaca” após uma grande conquista, o time de Mancini teve uma boa postura. Mostrou intensidade, buscando trabalhar bem a bola e tendo um perde e pressiona bem encaixado. Contudo, tecnicamente, amargou uma atuação bastante apagada de várias peças importantes, como Insigne, Barella, Bonucci e, principalmente, Immobile. O atacante da Lazio parece viver vidas diferentes. Pela seleção, não repete o mostrado pelo clube e acumula muitos erros de domínio, tentativas de passes sem sentido e finalizações ruins.

Os números finais do confronto foram de 79% de posse de bola para a Itália, 27 a 4 em finalizações, 8 a 2 em finalizações no alvo e 10 a 0 em escanteios, mas o que realmente importou foi o 1 a 1 no placar. A Itália ainda está invicta há 35 jogos e lidera o Grupo C das Eliminatórias para a Copa com 10 pontos, mas sofreu o primeiro gol e deixou dois pontinhos perdidos pelo caminho – que não estavam na conta de Mancini. Os duelos contra a Suíça, principal adversária na chave, ganham peso ainda maior e o primeiro deles acontece no domingo, na Basileia.

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