Serie A

7ª rodada: com show em Bérgamo, Milan consolida forte início de temporada

Com 27 gols em 10 partidas disputadas pela 7ª rodada, a prolífica Serie A fica parada por 13 dias, dando lugar à data Fifa e aos jogos do Final Four da Nations League, tendo a Itália em campo. Os torcedores que mais sentirão falta de ver seu time em campo provavelmente são os do Napoli. Sob o comando do maestro Spalletti, os partenopei venceram um difícil confronto contra a Fiorentina. A equipe soma sete vitórias, com 100% de aproveitamento, e só precisa de um triunfo para igualar o melhor início da história do clube, feito obtido na época em que era treinada por Sarri.

Maurizio, por sua vez, não está tão feliz quanto os amantes de sua antiga equipe. O aniversariante Bologna, em ritmo de festa, passeou para cima da Lazio. Com mais um tropeço, o time biancoceleste da capital vê o pelotão da frente começar a se distanciar. A Roma, do recordista Mourinho, venceu com tranquilidade, enquanto Milan e Inter conseguiram bater adversários complicados em jogos com emoção até o fim. A atuação dos comandados de Pioli, inclusive, foi o grande destaque da rodada.

Ainda na escalada, a Juventus contou com um Locatelli iluminado para sair vitoriosa no Derby della Mole. Quem também está cavando posições, e surpreendendo positivamente, é o Verona. Além de vencer, goleou bonito, e Tudor começa a despontar como novo nome a se prestar atenção entre vários de um Campeonato Italiano recheado de treinadores de peso. Confira todas essas histórias e o que de melhor aconteceu no resumo da rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Atalanta 2-3 Milan

Gols e assistências: Zapata (pênalti) e Pasalic (Zapata); Calabria, Tonali e Rafael Leão (Hernandez)
Tops: Kjaer e Tonali (Milan)
Flops: Freuler e Pezzella (Atalanta)

Apesar de o resultado indicar um jogo parelho, na maior parte do tempo o Milan teve domínio da partida e por pouco não deixou o resultado escapar após dois vacilos do estreante Junior Messias. Jogando atrás do placar praticamente por 90 minutos, o time de Gasperini perdeu Pessina lesionado ainda no primeiro tempo e demorou para se reencontrar na partida, sendo tarde demais para conseguir algum ponto. Sorte dos rossoneri, que tiveram atuação sólida de atletas de todos os seus setores e igualaram o melhor início do clube na era dos três pontos.

Assim como o Diavolo faz na Serie A, seus laterais também começaram de forma arrebatadora. Na saída de jogo, Hernandez encontrou Calabria penetrando na zaga da Dea. Cara a cara com Musso, bateu no meio, o goleiro devolveu e ele mesmo colocou o rebote para dentro, já garantindo a vantagem com menos de um minuto. Na sequência, Zapata tentou duas vezes, Zappacosta uma, e as três boas finalizações pararam em ótimas defesas do goleiro Maignan. O time de Pioli soube sofrer e depois aproveitou uma cortesia de Freuler.

Tonali, a três minutos do intervalo, roubou a bola do meio-campista suíço e partiu sozinho para o gol. Com estilo, deslocou o goleiro e ampliou. A partida ficou travada, por conta do ótimo controle de meio-campo exercido por Tonali e Kessié, além de Kjaer e Tomori controlarem Muriel e Zapata – pelos flancos, Calabria e Hernandez também bloqueavam a Atalanta, em atuações irrepreensíveis. Nessa toada, o terceiro do Milan veio só aos 78 minutos. Theo arrancou pelo meio e tocou para Rafael Leão; de forma inteligente, Messias viu que estava em impedimento e deixou para o português, que chegou chapando, fazendo um belíssimo gol. E o que parecia uma vitória garantida ganhou contornos dramáticos na reta final

Quase nos acréscimos, Messias fez pênalti ao levantar o braço para tentar bloquear um chute de carrinho. Na cobrança, Zapata bateu alto e forte, convertendo. Em seguida, Messias, de novo, perdeu uma dividida com o centroavante colombiano, que cruzou rasteiro. Pasalic, livre, teve tempo de dominar antes de deslocar Maignan. Tempo, porém, era o que faltava no relógio do árbitro: com menos de dois minutos de jogo pela frente, a reação bergamasca parou por aí.

Fiorentina 1-2 Napoli

Gols e assistências: Martínez Quarta (Vlahovic); Lozano e Rrahmani (Zielinski)
Tops: Osimhen e Rrahmani (Napoli)
Flops: Callejón e Bonaventura (Fiorentina)

Assim como contra a Inter, a Fiorentina fez uma boa partida, conseguiu sair na frente, porém, cedeu às suas limitações. O embalado Napoli, mesmo após a derrota contra o Spartak Moscou, seguiu para mais uma vitória na Serie A, mantendo os 100% na competição. Pela segunda vez na história, os partenopei têm um início tão positivo, desta vez sob o comando de Spalletti, eleito pela liga como o técnico do mês de setembro.

Em um começo amarrado, a Viola até comandava as ações, mas não conseguia oferecer perigo para a meta de Ospina. Do outro lado, as arrancadas do Insigne apareciam como válvula de escape, mas também eram insuficientes. O que tirou o zero do placar foi a bola parada: aos 28 minutos, Biraghi alçou um balão, Vlahovic devolveu para o meio da área e, com estilo, Martínez Quarta emendou um belo voleio, sem deixar a pelota cair. Na hora de conter o resultado, o time de Italiano segurou por pouco tempo.

Mostrando ótima visão de jogo, Ruiz deu um belo lançamento dez minutos após a desvantagem. Osimhen, em velocidade, ultrapassou Martínez Quarta e foi derrubado pelo argentino dentro da área. Insigne foi para cobrança, parou em duas defesas de Dragowski e Lozano apareceu para salvar sua pele, colocando para dentro o segundo o rebote. A virada veio após o intervalo. Com cinco minutos da segunda etapa, Zielinski surpreendeu a defesa adversária com ótimo cruzamento em cobrança de falta. Livre na segunda trave, Rrahmani cabeceou como manda o manual, para baixo, e garantiu a vitória da melhor defesa do campeonato. A nota negativa ficou por conta de mais um episódio de racismo: um torcedor da Fiorentina insultou Koulibaly, Osimhen e Anguissa e a Viola está fazendo uma investigação para banir o criminoso.

Após a vitória do Napoli sobre a Fiorentina, Koulibaly e Osimhen foram vítimas de ato de racismo (Getty)

Sassuolo 1-2 Inter

Gols e assistências: Berardi (pênalti); Dzeko (Perisic) e Martínez (pênalti)
Tops: Dzeko e Perisic (Inter)
Flops: Consigli (Sassuolo) e De Vrij (Inter)

Num dia em que Handanovic esteve no centro das atenções, a Inter conseguiu vencer um confronto complicadíssimo, apesar de ter sofrido a maior parte do tempo. Se não fossem as boas intervenções do goleiro esloveno, certamente o Sassuolo conseguiria uma vantagem maior durante seu bom momento na partida. Inzaghi e companhia também alcançaram um marco histórico: a Beneamata se tornou a primeira equipe a evitar a derrota após perder no primeiro tempo por três rodadas consecutivas.

Mas o início do jogo nerazzurro não foi tão ruim. Com cinco minutos, Martínez fez pivô para Barella, que chegou batendo de dentro da área e desperdiçou, mandando para fora, de esquerda. Na sequência, Handanovic fez sua primeira intervenção em contra-ataque rápido finalizado por Defrel. A toada seguiu assim: o time de Dionisi atacava com verticalidade, aproveitando principalmente a velocidade de Boga, e a Beneamata tentava propor, porém, sem muito sucesso.

O primeiro gol saiu justamente em uma investida do marfinense do Sassuolo. Skriniar estava sendo crucial para evitar maior perigo, mas em um desarme errado, derrubou Boga e Pairetto apontou para a marca da cal. Berardi, cobrando no ladinho da rede, abriu o placar no Mapei Stadium. Antes do intervalo, De Vrij errou o seu segundo recuo no jogo e deixou Defrel cara a cara com Handanovic: os dois se chocaram, mas a arbitragem entendeu que o atacante neroverde buscou o contato e não marcou nada. Na volta dos times ao gramado, o trio ofensivo dos mandantes continuou martelando o goleiro interista. Insatisfeito com o desempenho de sua equipe, Inzaghi fez uma troca quádrupla e os frutos foram instantâneos.

Poucos segundos após as mudanças, Perisic – que já era o melhor jogador dos lombardos em campo – fez um excelente cruzamento longo para a segunda trave e Dzeko, livre, mergulhou para empatar. O bósnio ainda seria essencial para a virada. Brozovic lançou o camisa 9 nas costas da defesa, e na hora de driblar o goleiro, o atacante foi derrubado por Consigli. Pênalti para a Inter, gol de Martínez, mais três pontos conquistados de virada e terceira posição mantida.

Torino 0-1 Juventus

Gol e assistência: Locatelli (Chiesa)
Tops: Locatelli (Juventus) e Bremer (Torino)
Flops: Kean (Juventus) e Sanabria (Torino)

Embalada pelo triunfo contra o atual campeão europeu Chelsea, a Juventus chegou a sua terceira vitória consecutiva na Serie A. Mais importante do que isso, quebrou a sequência invicta do rival e, após quase 20 partidas, a Vecchia Signora terminou um jogo sem sofrer gols no italiano. Não foi por demérito do Torino, que fez grande primeiro tempo.

Allegri havia dito que seria um duelo ainda mais difícil do que o confronto continental e a previsão acabou por se concretizar. Os comandados de Juric começaram com maior controle das ações, fazendo a Juve recuar bastante. Lukic quase abriu o placar em uma cabeçada para fora e Mandragora exigiu de Szczesny uma excelente defesa após remate à distância. Do outro lado, McKennie desperdiçou as únicas boas chances que teve.

A entrada de Cuadrado no lugar de Kean após o intervalo foi um diferencial para o desfecho do Derby della Mole. Bremer vinha ganhando os confrontos contra Moise e o colombiano deu outra dinâmica ao seu time – além de sua utilização ter feito Chiesa e Bernardeschi serem deslocados para o comando de ataque. De cabeça, Alex Sandro quase tirou o zero do placar, parando em excelente defesa de Milinkovic-Savic. A cinco minutos do fim, o goleiro sérvio não conseguiu evitar o gol de Locatelli. Da entrada da meia-lua, o novo xodó dos bianconeri chapou no cantinho e viu a bola tocar na trave antes de morrer no fundo das redes.

Dzeko teve participação fundamental na virada da Inter sobre o Sassuolo (Getty)

Bologna 3-0 Lazio

Gols e assistências: Barrow (Theate), Theate (Barrow) e Hickey (Barrow)
Tops: Barrow e Theate (Bologna)
Flops: Acerbi e Reina (Lazio)

O dia do jogo, 3 de outubro, também marcou o aniversário do Bologna, que completou 112 anos de existência. Apesar dos prognósticos penderem para uma vitória da Lazio, o que se viu em campo foi totalmente o oposto. Sem Immobile, o time de Sarri pouco conseguiu criar e foi atropelado pela exibição magistral de Barrow. E para piorar ainda mais o cenário, Acerbi levou um vermelho desnecessário e irá desfalcar o time da capital após a parada da data Fifa.

Por pouco, Barrow já não liquidou a partida ainda no primeiro tempo. Com 14 minutos, recebeu lançamento longo de Theate, partiu para cima de Luiz Felipe e conseguiu fintar o brasileiro. De dentro da área, colocou no ângulo esquerdo de Reina, que só observou a bola girar pelo lado da rede e morrer dentro do gol. E no ataque seguinte teve mais.

Invertendo papéis, Barrow dessa vez serviu Theate. O gambiano bateu cescanteio om precisão, o goleiro da Lazio saiu da meta sem encontrar nada e o camisa 6 testou firme, com liberdade, para ampliar a vantagem. E se Reina foi mal no segundo gol, no terceiro conseguiu fazer pior. Hickey, em mais uma assistência de Musa, chutou rasteiro próximo do arqueiro espanhol, que aceitou. Péssima exibição dos celestes, que foram alcançados pelo próprio Bologna na sexta posição – Atalanta e Juventus têm os mesmo 11 pontos.

Roma 2-0 Empoli

Gols e assistências: Pellegrini (Mkhitaryan) e Mkhitaryan
Tops: Pellegrini e Mkhitaryan (Roma)
Flops: Henderson e Viti (Empoli)

A Roma voltou ao caminho das vitórias após um revés desagradável no Derby Della Capitale. Sem muitas dificuldades, superou o Empoli em bom dia de seu quarteto ofensivo. Mourinho chegou ao seu 42° jogo consecutivo sem derrotas em casa pela Serie A, considerando as passagens por Inter e Roma, um recorde na era dos três pontos. De quebra, vai passar a data Fifa na zona de classificação para a Champions League.

De contrato renovado, quem abriu o caminho para o triunfo foi o capitão Pellegrini. Em grande forma, recebeu de Mkhitaryan na entrada da área e bateu cruzado, no cantinho, sem chances para Vicario. Depois do intervalo, Henderson bobeou na frente de Abraham e o inglês partiu para cima de três defensores dos azzurri, quase anotando um golaço, negado pelo travessão. Esperto, Mkhitaryan aproveitou o rebote e mandou para dentro. O azar do novo camisa 9 da Roma para balançar as redes é refletido nos números: carimbou a trave três vezes até a sétima rodada. Tammy, novamente, fez uma ótima partida, mas passou em branco.

Conforme Locatelli começa a se inserir nos mecanismos da Juventus, a equipe de Turim cresce de rendimento (Getty)

Sampdoria 3-3 Udinese

Gols e assistências: Stryger Larsen (contra), Quagliarella (pênalti) e Candreva (Quagliarella); Pereyra (Deulofeu), Beto e Forestieri (Nuytinck)
Tops: Candreva (Sampdoria) e Pereyra (Udinese)
Flops: Bereszynski (Sampdoria) e Stryger Larsen (Udinese)

Sampdoria e Udinese precisavam interromper suas sequências de derrotas no campeonato e isso não fez com que o jogo entre elas fosse menos movimentado. Na verdade, aconteceu justamente o contrário: ambos os lados buscaram a vitória o tempo todo e os pontos terminaram divididos na partida da rodada em que as redes foram balançadas mais vezes. Os ataques, especialmente o da Samp, demonstraram criatividade enquanto as defesas tiveram suas notáveis fragilidades expostas. O time de D’Aversa chega a 10 gols sofridos nos últimos três jogos apesar, de os grandes nomes estarem rendendo lá na frente. A falta de organização defensiva é o entrave para a conquista de mais resultados positivos.

O primeiro ataque veio da equipe friulana, que quase balançou as redes. Aos 7 minutos, Yoshida tentou cortar um cruzamento de Beto e acabou carimbando a própria trave. A Udinese continuou em cima e foi recompensada: aos 14 minutos, Makengo foi lançado no fundo e achou Deulofeu. Com categoria, o camisa 10 tocou para Pereyra, que finalizou fraco, mas bateu Audero.

Não demorou muito para a Samp empatar. Se Yoshida quase marcou contra, Stryger Larsen não teve a mesma sorte. Com 23 minutos, Candreva aproveitou excelente trama de Quagliarella e passe de Caputo para carimbar a forquilha. No rebote, o defensor dinamarquês até tentou tirar o pé da bola, mas não conseguiu e colocou contra o próprio patrimônio. E ainda teve tempo para mais ação antes do intervalo: faltando cinco minutos para o fim da primeira etapa, a Udinese pressionou: Samir obrigou Audero a fazer grande defesa e também acertou a trave, proporcionando que o português Beto marcasse o seu primeiro com a camisa bianconera.

Em alta voltagem, a segunda etapa seguiu como a primeira. Logo no primeiro minuto, Walace recuou mal para Silvestri e Caputo interceptou o passe. O goleiro acabou cometendo pênalti, e na cobrança, Quagliarella converteu – em 2021-22, foi o primeiro do veterano, que anotou pela 17ª temporada consecutiva na Serie A. Mais tarde, a virada veio em grande estilo: Candreva recebeu, consideravelmente longe do gol, e mesmo assim resolveu arriscar. Com uma pancada, acertou bem onde a coruja dorme, marcando a pintura do dia no Luigi Ferraris. A vantagem durou, porém, não o suficiente.

Faltando menos de 10 minutos para o fim, Molina bateu escanteio e Nuytinck desviou de cabeça na primeira trave. Fechando do outro lado da baliza, Forestieri completou para o fundo das redes e deu números finais ao placar. Pela quinta vez na história da Serie A, Udinese e Sampdoria empatam em 3 a 3. A frustração, no entanto, ficou para os donos da casa.

Verona 4-0 Spezia

Gols e assistências: Simeone (Ilic), Faraoni (Caprari), Caprari (Simeone) e Bessa (Barák)
Tops: Caprari e Simeone (Verona)
Flops: Zoet e Manaj (Spezia)

O Spezia viajou para Verona em uma situação delicada. Sem meio-campistas de ofício, foi completamente dominada pela equipe de Tudor. O novo comandante do Hellas está mostrando um excelente cartão de visitas: ainda não perdeu em quatro partidas. Empatou duas e venceu mais duas, sendo uma delas nesta rodada e com autoridade.

Em 15 minutos, os butei marcaram dois gols. Primeiro, Simeone, voando alto em cruzamento de Ilic, foi até o quinto andar para cabecear e balançar as redes. Depois, Faraoni, em excelente virada de jogo do endiabrado Caprari, chegou chapando com estilo no canto – sem força, mas com muita precisão. A situação, que já não estava fácil para o Spezia, degringolou. O time de Thiago Motta até criou boas chances, porém, não conseguiu convertê-las. Na mais clara delas, Manaj, sem goleiro, mandou por cima da meta de Montipò. A oportunidade desperdiçada resultou em mais castigo para os spezzini.

Antes do intervalo, Caprari anotou uma pintura. Após boa jogada individual de Simeone, o ponta, cheio de confiança, bateu colocado quase no ângulo de Zoet. A goleada foi coroada com Bessa. Sem ser incomodado, o camisa 24 foi carregando a bola desde o meio-campo até a meia-lua da área. De lá, o ítalo-brasileiro bateu rasteiro e o goleiro aceitou. Vitória maiúscula do quarto melhor ataque da competição.

Com show de Barrow, o Bologna despachou a Lazio (Iguana Press/Getty)

Cagliari 1-1 Venezia

Gols e assistências: Keita (Cáceres); Busio (Heymans)
Tops: Nández (Cagliari) e Johnsen (Venezia)
Flops: Altare (Cagliari) e Kiyine (Venezia)

Desesperado por uma vitória, o Cagliari novamente viu três pontos escaparem entre seus dedos na reta final de jogo. Na estreia de Mazzarri, Cataldi fez para a Lazio faltando sete minutos para o fim. Agora, contra o Venezia, o vacilo veio com requintes de crueldade. Um bom desempenho no primeiro tempo não foi o suficiente para evitar o empate nos acréscimos do time de Vêneto.

Jogando com apoio da torcida, os rossoblù pressionaram e criaram as melhores chances até a abertura do placar. Aos 26 minutos, Busio perdeu a bola e Nández arrancou em velocidade após receber no meio-campo. Cáceres, na ponta direita, recebeu do compatriota, colocou na área e Keita tirou de Mäenpää com uma cabeçada precisa.

Até antes do intervalo, parecia que era só questão de tempo para os donos da casa chegarem ao segundo tento. Marin, que iniciou a jogada do primeiro gol, até carimbou a trave. No meio-campo, Nández dominava com sua potência física e fazia um duelo intrigante com Busio. O Venezia, por sua vez, assustava com a insistência de Johnsen. Mais tarde, a margem mais confortável que o Cagliari não conseguiu construir lhe fez falta. As alterações de Zanetti surtiram efeito e o time arancioneroverde chegou ao empate com sua grande promessa. Depois de dois minutos além do tempo regulamentar, Forte fez um bom giro e tocou para Heymans. Invadindo a área, o meio-campista passou e Busio bateu próximo a marca do pênalti. Cáceres até desviou a bola, mas não evitou que ela entrasse. Um belo balde de água fria e apenas três pontos em sete jogos para a equipe da Sardenha.

Salernitana 1-0 Genoa

Gol e assistência: Djuric (Kastanos)
Tops: Belec (Salernitana) e Rovella (Genoa)
Flops: Gondo (Salernitana) e Maksimovic (Genoa)

Pode ter faltado um pouco de futebol, mas Salernitana e Genoa se entregaram até o fim por um resultado positivo no Arechi. No detalhe, a equipe de Castori levou a melhor e faturou a primeira vitória do clube na Serie A, deixando assim o Cagliari na lanterna. Os craques Ribéry e Rovella tiveram boa prestação e foram os que mais trouxeram algo diferente para o confronto.

Sem fazer os goleiros trabalharem muito, ambos os lados tentavam criar mais com remates de longa distância. O gol só saiu na segunda etapa, na bola parada. Os grenás já ameaçavam mais quando, em escanteio cobrado por Kastanos aos 66 minutos, Djuric raspou de cabeça e contou com mais um desvio Maksimovic para a bola passar por Sirigu. Os visitantes até pressionaram, mas o goleiro Belec apareceu para garantir o triunfo com três defesas. O time rossoblù teve boas oportunidades perto do apito final e, na melhor delas, o arqueiro esloveno impediu que Rovella balançasse as redes numa cobrança de falta.

Seleção da rodada

Belec (Salernitana); Rrahmani (Napoli), Kjaer (Milan), Theate (Bologna); Mkhitaryan (Roma), Kessié (Milan), Tonali (Milan), Perisic (Inter); Caprari (Verona); Barrow (Bologna), Dzeko (Inter). Técnico: Stefano Pioli (Milan).

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