Depois da goleada sofrida na estreia da Euro Feminina, diante da França, a Itália entrou em campo para enfrentar a Islândia, com a necessidade de vitória para seguir viva no Grupo D da competição. No entanto, as italianas ficaram apenas no empate por 1 a 1 com as nórdicas e se encontram em situação difícil na chave: precisam de uma combinação de resultados para avançarem às oitavas de final do torneio.
A técnica Milena Bertolini efetuou muitas trocas na equipe titular, mandando jogadoras importantes, como Bonansea, Giugliano e Girelli, para o banco. Rosucci, Simonetti e Piemonte, que entraram bem na primeira partida, ajudando as azzurre a fazerem um segundo tempo digno, ganharam uma oportunidade. Não adiantou muita coisa.
O jogo mal começou em Manchester e a vida da Itália ficou ainda mais complicada do que estava antes do apito inicial. Antes mesmo dos cinco minutos, a defesa azzurra voltou a falhar: as islandesas cobraram lateral longo na grande área, Gama afastou mal e Vilhjálmsdóttir finalizou com enorme categoria, vencendo Giuliani e abrindo o placar.
Com a montanha dobrando de tamanho, a Itália reagiu bem em termos anímicos e de organização, mantendo sua ideia de trabalhar a bola em toques curtos, até chegar à linha de fundo em boas condições para cruzar na área. Com a vantagem no marcador, a Islândia viveu o cenário perfeito: recuou suas linhas e passou a explorar saídas esporádicas nos contra-ataques.
Apesar de manter uma boa organização e de ter desperdiçado uma ou duas boas oportunidades, faltou brilho individual para a Itália. Bertolini tentou mudar isso logo na volta do intervalo, levando a campo a meia ofensiva Bonansea. Depois de apenas cinco minutos, a goleadora Girelli também foi chamada para a guerra. Contudo, as trocas não surtiram muito efeito e a Nazionale passou a fazer um jogo ainda mais morno que no primeiro tempo.
Aos 60 minutos, outro lateral lançado na área gerou caos na defesa italiana. Vidarsdóttir recebeu a bola na pequena área, mas finalizou para fora. Apenas um minuto depois, Bonansea recebeu pelo corredor esquerdo, teve o mano a mano disponível e o seu brilho individual “resgatou” a Nazionale. A jogadora da Juventus efetuou o drible, buscou a linha de fundo e efetuou o cruzamento para Bergamaschi empatar a peleja.
O gol deu outro ânimo ao time de Bertolini, que passou a controlar completamente o jogo, empurrou ainda mais as linhas da Islândia e criou uma chance atrás da outra nos 15 minutos subsequentes ao tento. Só que, outra vez, o desleixo nas finalizações falou mais alto e a virada, que parecia inevitável, não aconteceu. Nos contra-ataques, a equipe nórdica levou certo perigo com Jónsdóttir, mas a partida estava destinada a ficar mesmo empatada em 1 a 1.
O resultado foi muito ruim para as pretensões das duas equipes. Obriga a Itália a ter foco total no confronto contra a Bélgica, o qual precisa vencer – e, se possível, de goleada, pensando no saldo. De qualquer forma, apenas as próprias forças não irão bastar para a Nazionale conquistar a vaga. Para que isso aconteça, a Squadra Azzurra precisa do triunfo e que a França, já classificada, após duas vitórias, tire pontos da Islândia.