As cinco vagas da Serie A para a próxima Champions League estão preenchidas: Inter, Milan, Bologna, Juventus e, agora, Atalanta vão representar a Velha Bota na maior competição de clubes do planeta. No entanto, a Roma ainda pode sonhar com uma possível sexta passagem. Porém, vai ter que torcer para que a Dea ganhe a Liga Europa e não ultrapasse mais ninguém nos últimos jogos. É o único cenário que fará com que seis italianos disputem a Liga dos Campeões. Será que vai acontecer?
O fato é que a Atalanta ainda pode ser terceira colocada da Serie A. O empate eletrizante entre Bologna e Juventus fez com que a equipe de Gian Piero Gasperini, com um jogo a menos, só dependa de si mesmo para alcançar o posto e repetir as suas melhores campanhas na liga. Para os bianconeri, a igualdade no Renato Dall’Ara representou um ponto ganho, após ficar três gols atrás do placar e, pela primeira vez em sua história, buscar essa desvantagem nesse torneio. Por outro lado, a Velha Senhora segue em quarto e ainda pode terminar o campeonato em quinto. Algo muito frustrante para quem brigou pelo título ao menos até meados de fevereiro.
Logo atrás, a Roma conseguiu vencer o Genoa e pelo menos já se garantiu na Europa League – e também terminará o campeonato à frente da sua rival, Lazio, que ficou no empate com a campeã Inter num San Siro lotado para assistir a entrega da taça. Já a Fiorentina perdeu a chance de ouro de garantir a oitava posição ao empatar o confronto direto com o Napoli, e quem sorriu foi o Torino. Os granata ultrapassaram os partenopei e encostaram de vez na Viola, depois de ganharem com facilidade de um Milan já de férias.
Outra briga interessante será aquela contra o rebaixamento. Na penúltima rodada, Verona e Cagliari garantiram a permanência, e os homens de Claudio Ranieri sorriram graças a uma vitória fora de casa sobre o frágil Sassuolo, que amargou sua primeira queda da elite.
Agora só resta uma vaga e três times querem escapar da degola: Frosinone, Udinese e Empoli, sendo que o calendário reservou aos bianconeri confrontos diretos com os dois adversários nas duas últimas rodadas. No último respiro, aliás, o time friulano fez o gol mais tardio da história da Serie A para empatar com o terceiro dos citados e os manteve na zona de descenso. No próximo fim de semana, encara os canários, que podem escapar da queda mesmo com uma derrota.
Confira tudo isso e mais no resumo da jornada!
>>> Classificação e artilharia da Serie A
Lecce 0-2 Atalanta
Gols e assistências: De Ketelaere (Scamacca) e Scamacca (Miranchuk)
Tops: Scamacca e De Ketelaere (Atalanta)
Flops: Falcone e Baschirotto (Lecce)
Sem tempo para lamentar a derrota na final da Coppa Italia, a Atalanta se reergueu rapidamente para alcançar o seu feito mais importante da temporada até agora: a classificação para a Champions League. Poupando alguns titulares, em virtude da final da Liga Europa, contra o Bayer Leverkusen, a Dea precisou colocá-los na segunda etapa para conseguir tirar o zero do placar e levar os três pontos do Lecce, que garantiu sua permanência na elite no fim de semana anterior e não briga por mais nada no campeonato.
O primeiro tempo no Via del Mare não foi dos mais agradáveis. Tivemos algumas chances para os dois times, mas o chutaço de Zappacosta, que resvalou na trave, até destoou do lento andamento do jogo. Porém, com Éderson e De Ketelaere entrando depois do intervalo, a Atalanta foi rápida em matar o confronto.
Aos 48 minutos, Scamacca deu uma belíssima enfiada de bola para De Ketelaere, que saiu na do gol e tirou o suficiente do goleiro para marcar o primeiro. O segundo veio pouco depois, em uma estranha cobrança de escanteio: Falcone saiu mal da sua meta e Scamacca desviou para as redes, com pouca força. No finalzinho, Piccoli quase fez valer a lei do ex, mas sua cobrança de falta bateu na trave. Agora, a Atalanta concentra suas forças na Liga Europa e ganha o apoio da Roma – mas não tanto: para ganharem vaga na Champions League devido ao sexto lugar, os giallorossi precisam que a Dea ganhe o torneio continental e termine a Serie A em quinto.
Torino 3-1 Milan
Gols e assistências: Zapata (Rodríguez), Ilic (Bellanova) e Rodríguez (Pellegri); Bennacer (pênalti)
Tops: Rodríguez e Zapata (Torino)
Flops: Tomori e Thiaw (Milan)
Se tem um jogo que não prometia muitos gols, mas os entregou, foi este. O Torino, marcado por produzir duelos pouco movimentados e pelo seu ataque improdutivo, com média inferior a um tento por partida, contra um Milan já vice-campeão, que não disputa mais nada na Serie A. Pois bem: dessa vez, o time de Turim afiou a pontaria e mostrou porque ainda está na briga por uma vaga na Conference League.
O show dos donos da casa começou com o seu centroavante nato. Aos 26 minutos, Rodríguez colocou na cabeça de Zapata e o colombiano cabeceou como manda o manual, para baixo, longe do alcance de Sportiello – o atacante, que tem 13 bolas nas redes na Serie A, anotou 12 dos 36 gols do Torino na competição. E se o triunfo começou com jogada da esquerda para a direita, isso logo se inverteu. Na casa dos 40, Bellanova mandou na área também e, dessa vez, o meia Ilic chegou testando firme, marcando o segundo.
Logo após o intervalo, veio o último prego do caixão rossonero: a infalível lei do ex veio recheada de estilo com um chutaço de Rodríguez, de fora da área, que ainda bateu na trave antes de morrer no fundo das redes. Masina ainda fez um pênalti infantil em cima de Pulisic, convertido por Bennacer, mas isso não mudou o desfecho do duelo, apesar de Milinkovic-Savic ter precisado trabalhar. Com o triunfo, o Torino ultrapassou o Napoli e assumiu a nona posição, que pode dar vaga na Conference League a depender do eventual título da Fiorentina na própria competição.
Fiorentina 2-2 Napoli
Gols e assistências: Biraghi e Nzola; Rrahmani (Politano) e Kvaratskhelia
Tops: Biraghi (Fiorentina) e Kvaratskhelia (Napoli)
Flops: Martínez Quarta (Fiorentina) e Cajuste (Napoli)
Em confronto direto por vaga na Conference League, não faltaram belos gols entre Fiorentina e Napoli. Duas equipes com óbvias dificuldades defensivas proporcionaram um duelo bem interessante. Mas o retrospecto preocupa: são sete jogos consecutivos da Viola sendo vazada, enquanto os partenopei chegaram à incrível marca negativa de 18 partidas seguidas sofrendo gols. Pela Serie A são 16, uma a menos que o seu recorde negativo, registrado em 1997-98, temporada de rebaixamento à segundona.
Quem não estava torcendo para nenhum dos times, porém, viu um belo espetáculo. Rrahmani, em boa cobrança de escanteio de Politano, subiu com facilidade na primeira grande chance do Napoli e, aos 8 minutos, abriu o placar para os visitantes – nos últimos cinco anos, o kosovar só marcou menos gols de cabeça do que Bremer, considerando apenas os defensores do campeonato. Na casa dos 40, Biraghi empatou o confronto em sua especialidade: uma precisa cobrança de falta, que ainda tocou no travessão antes de entrar.
Ainda antes do intervalo, Politano deu mais uma assistência – dessa vez, para o lado errado. Errando na saída de jogo dos visitantes, o ponta entregou a bola nos pés de Nzola, que acertou o cantinho no Meret. Fechando a conta, já no segundo tempo, Kvaratskhelia mostrou também estar afiado nas bolas paradas e fez o segundo belo gol de falta da noite, tirando completamente de Terracciano. Desde 2018 a Serie A não registrava tentos em tiros livres diretos anotados pelos dois times de um mesmo confronto.
Nome do jogo, para o bem e para o mal, Politano ainda carimbou a trave em chute rasteiro já dentro da área. Por fim, Rrahmani quase marcou de cabeça de novo, com a finalização passando raspando o travessão. Do lado da Viola, Belotti quase cavou um pênalti para os donos da casa, porém, o VAR interveio e mudou a decisão do árbitro. No fim das contas, a Fiorentina segue em oitavo, mas mais ameaçada pelo Torino do que pelo Napoli, que caiu para décimo. Para disputar a Conference League, os azzurri não dependem mais só de si próprios.
Bologna 3-3 Juventus
Gols e assistências: Calafiori, Castro (Urbanski) e Calafiori; Chiesa, Milik e Yildiz
Tops: Calafiori (Bologna) e Chiesa (Juventus)
Flops: Lucumí (Bologna) e Danilo (Juventus)
Qualquer coisa poderia acontecer no confronto entre Bologna e Juventus, que valia a terceira posição da Serie A. Afinal de contas, ambos já estão garantidos na próxima Champions League e a equipe visitante iria ao Renato Dall’Ara com uma mudança no comando técnico, com a saída de Massimiliano Allegri e a chegada do interino Paolo Montero, enquanto os rossoblù – treinados por Thiago Motta, alvo bianconero – teriam peças importantes de fora. E, mesmo assim, a partida não deixou de impressionar, especialmente pelo desfecho improvável.
Como um rolo compressor, o time de Thiago Motta foi a campo com sede de gols e chegou a eles rapidamente. Em 10 minutos, além de chances perigosas e até um tento anulado, duas bolas na rede que valeram: primeiro, Calafiori aproveitou um vacilo da zaga bianconera para encher o pé em uma sobra de escanteio. Depois, foi a vez de Castro aparecer para completar cruzamento de Ndoye, resvalado por Urbanski, e cabecear firme para o fundo das redes.
O Bologna continuou superior e a segunda metade da partida deu a entender que “vira com dois, e com quatro acaba”. Aos 53 minutos, a zaga da Juventus deu outra bobeada e, após Vlahovic perder a bola no meio-campo e Castro dividir com Danilo, Calafiori apareceu de novo e encobriu Szczesny com uma bela cavadinha. Impressionou a frieza do defensor, que estava marcando seus primeiros dois gols pelos rossoblù.
Inclusive, as coisas desandaram para os mandantes logo após a saída de Calafiori – que deixou ótima impressão no técnico da seleção italiana, Luciano Spalletti, que observava, das tribunas, potenciais convocados para a Eurocopa. Juntamente, claro, às alterações do interino Montero. Mas vamos combinar que o Bologna acabou entregando três gols aos adversários. O cenário da partida começou a virar aos 76, quando Lucumí errou o passe na defesa e Chiesa, de esquerda, diminuiu a desvantagem. Em cobrança de falta caprichosa, Milik contou com a falha de Fabbian e Orsolini no salto e com um desvio na barreira para colocar de vez a Velha Senhora de volta no confronto. E, na sequência da saída de bola, Yildiz recebeu um presentão de um Beukema desorientado e empatou. Nos últimos momentos do duelo, Chiesa quase virou, em boa tabela com o turco, mas terminou travado. No fim das contas, os bolonheses seguiram em terceiro devido ao saldo.
Inter 1-1 Lazio
Gols e assistências: Dumfries (Sánchez); Kamada (Rovella)
Tops: Pavard (Inter) e Provedel (Lazio)
Flops: Acerbi (Inter) e Marusic (Lazio)
Em um dia de festa e homenagens, o torcedor da Inter certamente não ligou muito de ter empatado com a Lazio em casa – ainda que o resultado impeça a Beneamata de superar a sua melhor campanha na Serie A, de 97 pontos em 2006-07, e possa chegar “apenas” aos 96. Com um lindo mosaico proporcionado pela torcida presente no estádio, entrega da taça e a presença de jogadores nerazzurri remanescentes da conquista da primeira estrela, em 1966, a campeã italiana até que jogou bem, mas chegou na igualdade tarde demais para tentar a virada.
Oportunidades não faltaram em um confronto bem movimentado. Thuram perdeu uma logo aos dois minutos de bola rolando, chutando em cima de Provedel. Castellanos, pouco depois, colocou no cantinho de Sommer, mas estava em posição de impedimento. Mais para frente, Dimarco arriscou de direita e de esquerda, exigindo mais duas vezes o goleiro biancoceleste.
Mesmo em uma temporada irregular, Kamada apareceu em dois momentos importantes. Após marcar contra o Napoli, que defendia o título, o japonês também deixou o seu contra a Inter, que faturou a taça. De fora da área, emendou uma boa finalização de esquerda e Sommer não foi tão bem no lance.
Na segunda etapa, Barella quase empatou de cabeça e Provedel foi providencial mais uma vez com uma boa defesa. O capitão Lautaro carimbou o pé da trave. Pavard, com um pique de 50 metros e um carrinho providencial, impediu Castellanos de concluir um contragolpe. Foi como um gol. E, no fim das contas, o tento nerazzurro saiu pouco depois, com Dumfries, aos 86 minutos: aproveitando bola alçada por Sánchez, o holandês conseguiu colocar a igualdade no placar ao subir no último andar e acertar uma cabeçada de manual.
Roma 1-0 Genoa
Gol e assistência: Lukaku (El Shaarawy)
Tops: Lukaku e El Shaarawy (Roma)
Flops: De Winter e Spence (Genoa)
A vitória da Roma definiu o seu destino no Campeonato Italiano. Os giallorossi já sabem que vão terminar no sexto lugar e agora torcem para a Atalanta vencer a Europa League para abrir uma vaga a mais na Liga dos Campeões – desde que a Dea não ultrapasse Juventus e/ou Bologna e termine a competição nacional em quinto. A Lazio não pode mais passar os rivais devido ao resultado do confronto direto; o mesmo serve em relação à Dea para os romanos. Já o Genoa, que anunciou a renovação com o técnico Alberto Gilardino por duas temporadas, concluirão a Serie A em 11º ou 12º, numa situação bem confortável para um time que retornou da segundona.
Ambos os lados entraram em campo sem suas grandes mentes criativas do setor ofensivo. Apesar de o goleiro Martínez ter trabalhado bem ao longo dos 90 minutos, foi com a entrada de El Shaarawy e Gudmundsson que a partida esquentou. E o primeiro foi o responsável pelo único gol do jogo: um cruzamento na medida para Lukaku, que testou firme e marcou seu 13° gol nesta Serie A. Ainda antes do tento, Paredes foi expulso por reclamação, mas isso não fez tanta diferença nos 20 minutos finais.
Sassuolo 0-2 Cagliari
Gols e assistências: Prati (Dossena) e Lapadula (pênalti)
Tops: Dossena e Prati (Cagliari)
Flops: Kumbulla e Matheus Henrique (Sassuolo)
Para Sassuolo e Cagliari, desfechos de sabores bem diferentes. Para os neroverdi, o primeiro rebaixamento da elite foi confirmado depois de 11 anos causando problemas para as grandes equipes da Serie A – inclusive nesta mesma temporada, visto que superou a Inter duas vezes e também ganhou da Juventus. Desta vez, alguns talentos no elenco e o defensivismo de Davide Ballardini, especialista em salvações, não foram capazes de livrar a barra de um time que sofreu mais de 70 gols ao longo do certame. Sorte dos sardos, que voltaram da segundona em 2023 e permaneceram na elite, vendo o ídolo Claudio Ranieri escrever mais um capítulo feliz como seu treinador.
Os homens-gol, Pinamonti e Lapadula, foram os que tiveram as chances mais perigosas de abrir o placar na primeira etapa, porém, não conseguiram direcionar suas finalizações. Foi só após o intervalo, com muito sofrimento, que a bola entrou. Em uma jogada caótica dentro da área do Sassuolo, Dossena conseguiu ajeitar para Prati arrematar praticamente da marca do pênalti. Expostos nos últimos minutos, os donos da casa viram o último prego do caixão ser batido por Lapadula, em cobrança de pênalti. Nervoso, o brasileiro Matheus Henrique ainda foi expulso no finalzinho.
Salernitana 1-2 Verona
Gols e assistências: Maggiore; Suslov (Noslin) e Folorunsho (Lazovic)
Tops: Folorunsho e Suslov (Verona)
Flops: Pirola e Basic (Salernitana)
Tudo começou muito bem para o Verona em sua visita à rival Salernitana. Noslin desperdiçou uma boa chance dentro da área, chutando bisonhamente para fora. Na sequência, Suslov arriscou de fora da área e colocou no cantinho, para abrir a conta. No finalzinho do primeiro tempo, após muita facilidade para roubar a bola no ataque e trocar passes, Hellas viu Folorunsho ficar sem goleiro para fazer o segundo.
Apesar de ter facilidade para atacar a meta dos donos da casa, a formação gialloblù diminuiu muito o ritmo na segunda etapa, obedecendo à característica mais comedida dos times do técnico Marco Baroni. Noslin e Folorunsho chegaram perto de ampliar a vantagem, porém, que marcou mesmo foi a Salernitana, já no apagar das luzes no Arechi. Em cobrança de escanteio, a bola pipocou na área e Maggiore fez para os granata, na primeira finalização correta dos mandantes na partida. No momento, os campanos têm a pior campanha do certame desde que ele é disputado com 20 participantes e com três pontos por vitória – ou seja, de 2004 para cá. Para não terminar assim, terão que vencer o Milan em San Siro, na saideira da Serie A.
Monza 0-1 Frosinone
Gol e assistência: Cheddira (Harroui)
Tops: Harroui e Zortea (Frosinone)
Flops: Kyriakopoulos e Caprari (Monza)
Que tal conseguir sua primeira vitória fora de casa na penúltima rodada do campeonato? Assim foi para o Frosinone, que contou um pouco com a sorte ao poder visitar um Monza já sem nada a disputar na Serie A. A terceira pior defesa da liga surpreendeu com a solidez e garantiu um triunfo magro. Agora, os rapazes de Eusebio Di Francesco dependem apenas de si mesmos para ficarem na primeira divisão. E a permanência pode ser obtida até mesmo em caso de derrota, já que o Empoli precisaria vencer a Roma para ultrapassá-los.
O único gol do duelo saiu da cuca de um herói improvável, que vem fazendo sua parte no returno. O marroquino Cheddira não passou em branco e chegou a seu sexto gol na segunda metade do campeonato após bela jogada do compatriota Harroui, que deixou na medida para que só precisasse escorar de cabeça para estufar a rede.
De forma incrível, o autor da assistência perdeu a chance de ampliar cara a cara com o jovem Sorrentino, substituto de Di Gregorio nesta partida. Colpani, nos acréscimos da primeira etapa, desperdiçou a melhor oportunidade dos donos da casa, testando no pé da trave. No segundo tempo, Soulé partiu para cima da defesa, bateu bem cruzado e também parou no poste.
Udinese 1-1 Empoli
Gols: Samardzic (pênalti); Niang (pênalti)
Tops: Samardzic (Udinese) e Niang (Empoli)
Flops: Davis (Udinese) e Fazzini (Empoli)
O encontro mais tenso da rodada não poderia ter um desfecho mais próximo de um roteiro de cinema. Para o lado da Udinese, foi um desfecho heroico, e que mantém os bianconeri fora da zona de rebaixamento antes da última rodada. Para o Empoli, um final de filme de terror. A enorme frustração colocou os azzurri em uma situação complicada: só a vitória interessa contra a Roma e, de fato, lhe salvará de qualquer jeito, já que os friulanos encaram o Frosinone fora de casa. Um empate pode servir para forçar o jogo extra caso o adversário deste domingo perca na visita ao Benito Stirpe.
Os visitantes chegaram a balançar a rede ainda no primeiro tempo. Maleh emendou uma bomba da entrada da área, deixando Okoye imóvel. Porém, uma cotovelada de Niang anulou o tento por falta de ataque. No começo do segundo tempo, foi a vez dos bianconeri quase marcarem, com Davis cabeceando ao lado da meta.
Nos acréscimos, o incrível aconteceu duas vezes. Primeiro, Cambiaghi antecipou Samardzic, que derrubou o adversário dentro da área. Na cobrança, Niang bateu bem e quase garantiu os três pontos e a própria salvação para o Empoli, devido ao confronto direto supracitado. Quase. Aos 97 minutos, Payero teve uma chance de ouro de igualar o confronto, mas Fazzini a evitou, segurando o argentino pela camisa. Com a demora da revisão pelo VAR, o pênalti só foi marcado aos 102. E, aos 104, Samardzic se redimiu e converteu o gol mais tardio da história da Serie A. Para piorar a vida do Empoli, Grassi foi expulso depois do apito final e será desfalque contra a Roma.
Seleção da rodada
Provedel (Lazio); Pavard (Inter), Buongiorno (Torino), Dossena (Cagliari), Calafiori (Bologna); Bellanova (Torino), Ilic (Torino), Folorunsho (Verona), Rodríguez (Torino); Scamacca (Atalanta), Zapata (Torino). Técnico: Ivan Juric (Torino).