Seleção italiana

À espera de um milagre

Se a Azzurra pós-Copa fosse um filme, seria esse. Mais uma vez, um desesperado Donadoni recorreu a um esquema inédito para entrar em campo contra a Lituânia, na última quarta-feira – mas um não tão ultra-ofensivo (em tese) e inócuo (na prática). As inúmeras alterações na equipe titular também são reflexo da perdição de Donadoni no comando.

No jogo de Kaunas, Donadoni optou por um 4-1-4-1, módulo interessante no qual o técnico optou por escalar Pirlo atrás do meio de campo. Assim, o regista viu seus dois extremos aflorarem: a má marcação e os bons lançamentos. Se De Rossi, que mais uma vez foi a campo com a camisa 10, seria uma melhor opção para fazer a marcação na frente da zaga, é outra história que nem cabe discutir. Talvez outra opção arriscada tenha sido usar Quagliarella como esterno destro. E possivelmente o resultado teria sido outro caso o atacante da Sampdoria não tivesse em um dia prolífico logo em seu primeiro jogo como titular.

Marcando dois golaços, cada um com um pé diferente, e ambos de fora da área, Quagliarella provou que pode ser um dos milagreiros dos quais a Azzurra vai precisar bastante. Contra as Ilhas Feroe, Inzaghi estava soberbo. Contra a Lituânia, foi Quagliarella. E nas duas vezes, o adversário não estava no nível de algum dos rebaixados da Serie A. Mas no próximo jogo, contra a França, somente um jogador inspirado será suficiente?

Confira como a Itália entrou em campo nas duas últimas partidas:

Contra as Ilhas Feroe (2 de junho): Buffon; Oddo, Materazzi, Cannavaro, Tonetto; Gattuso, Pirlo; Diana, Rocchi, Del Piero; Inzaghi.

Contra a Lituânia (6 de junho): Buffon, Oddo, Materazzi, Cannavaro, Zambrotta; Pirlo; Quagliarella, De Rossi, Perrotta, Di Natale; Inzaghi.

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