Serie A

Super Pirlo

Kaká e mais dez. Já virou lugar comum resumir a isto as seguidas vitórias do Milan – principalmente em âmbito continental. Esta visão simplista sugere que um dia ruim de Kaká derrubaria o time rossonero. Mas quem não tem Ricky, caça com Andrea. Um Andrea, aliás, em estado de graça. O regista humilhou o Benfica na estréia dos dois clubes pela Liga dos Campeões, no San Siro.

Na noite de seu quinto eurogol, outra atuação fenomenal de Pirlo

Milan 2-1 Benfica

O jogo marcou o retorno de Rui Costa a Milão, onde o maestro atuou por cinco temporadas. Ainda no Benfica, José Antonio Camacho precisou recorrer a Edcarlos e Miguel Vítor (22 e 18 anos, respectivamente) para formar a dupla de zaga. De uma só vez, os encarnados perderam Luisão, Zoro e David Luiz. Na ligação da equipe, mais juventude. Di María (18) e Cristian Rodríguez (21) estrearam no torneio europeu. Do lado do Milan, como tem sido praxe, o titular mais novo foi Kaká, no auge de seus 25 anos. Mas quem deu as caras desta vez foi o mais experiente Pirlo, que com a idade de Di María era apenas mais um atacantezinho do Brescia.

Jogando com volúpia, o Milan logo abriu o placar com uma belíssima cobrança de falta de Pirlo. Ainda na frente, os rossoneri quase foram surpreendidos com um cabeceio de Cardozo que foi parar na trave. Aproveitando-se do mau momento do Benfica, Kaká puxou contra-ataque e tocou para Pirlo na direita. Mesmo podendo concluir, o campanellino optou por cruzar para um tiro perfeito de Pippo Inzaghi, dentro da área. O Milan que abriu o 2-0 ainda no primeiro tempo foi praticamente o mesmo que alinhou num 4-3-2-1 na última final – apenas Maldini, lesionado, deu lugar a Kaladze. Já o Benfica ainda não acha seu rumo a pelo menos duas temporadas.

Mais um gol de Pippo: na Europa, Inzaghi è sempre lui.

Com menos movimento no segundo tempo, o destaque ficou para o gol de Nuno Gomes aproveitando lance de Katsouranis, nos minutos finais. Kaká e Emerson tiveram chances para construir um resultado mais elástico. O que fará Ancelotti quando Ronaldo estiver em condições é uma incógnita. Maior técnica, o brasileiro tem. O poder de decisão de Inzaghi, também. Sacar Seedorf e tentar um esquema mais ofensivo? Ou tirar o bomber decisivo nos momentos mais importantes?

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