A campanha (até o fim de 2008)
15ª colocação. 17 jogos, 19 pontos. 5 vitórias, 4 empates, 8 derrotas. 13 gols marcados, 18 sofridos.
O time-base
Curci; Zúñiga, Rossetini (Ficagna), Portanova, Del Grosso; Vergassola, Codrea, Galloppa; Kharja; Maccarone, Ghezzal (Frick).
O comandante/O herói
Marco Giampaolo. Temporada de estréia em Siena, mas com experiência em tirar o máximo de times medianos, Giampaolo vai dando identidade ao Siena deixado por Mario Berretta (demitido em julho). O treinador apenas deixa de mandar a campo os jogadores que escolheu como titulares quase fixos, salvo algum imprevisto originado por lesões. Assim, como Edoardo Reja, do Napoli, consegue tirar o máximo de seu time graças ao entrosamento de seus comandados. A partir de uma defesa sólida, o mister monta seu esquema. Jogando no Artemio Franchi, o Siena sofreu apenas quatro gols nesta temporada, graças a ótimos desempenhos de Gianluca Curci (surpreendendo, depois de anos horrorosos na Roma), Juan Zúñiga (um dos melhores estreantes desta Serie A), Daniele Portanova (em sua melhor temporada, depois de quatro anos na squadra bianconera), Luca Rossettini (fazendo boa dupla com Portanova) e de Cristiano Del Grosso (bruxinho do treinador, desde os tempos de Cagliari). Daniele Gallopa e Houssine Kharja, ambos ex-jogadores da Roma, também estão em temporada acima da média, assumindo, a partir da efetivação de Giampaolo, funções diferentes das que antes assumiam. Galloppa marca mais e raramente perde jogadas pelo lado esquerdo. Kharja, como trequartista, tem se saído bem, embora o ataque não esteja correspondendo. Hoje o Siena deixou de ser uma equipe que pouco acrescenta a Serie A. Tudo isto por causa de Giampaolo.
O vilão
Massimo Maccarone. Nesta temporada, apenas dois gols em quinze partidas. Desempenho pífio, principalmente se comparado à última temporada, quando Maccarone tinha treze gols acumulados, ao término da competição. Dificilmente Big Mac alcançará esta marca na atual Serie A. Ghezzal, seu companheiro de ataque mais constante, até agora não conseguiu mostrar na elite do futebol italiano o potencial que demonstrava no Crotone, equipe em que disputou a Lega Pro. No entanto, não obstante à má fase dos principais atacantes da equipe, as opções de banco à disposição de Giampaolo também não têm se mostrado de confiança. Frick, às vésperas de pendurar as chuteiras, também está em má fase, assim como Calaiò. O treinador também não parece disposto a lançar mão de Fernando Forestieri. A promessa ítalo-argentina coleciona apenas onze minutos em campo, nesta edição da Serie A. Provavelmente o Siena investirá sobre o mercado.
A perspectiva
Salvezza. Uma boa defesa e um ataque problemático é uma equação que deve resultar em mais um turno difícil, em que a equipe poderia alcançar status mais seguro na competição. Resultados magros (vitórias, derrotas ou empates) devem continuar sendo a tônica da equipe. Embora Giampaolo tenha conseguido montar um ferrolho classicamente italiano, os problemas ofensivos podem fazer com que o Siena perca pontos preciosos, em jogos nos quais o treinador resolva optar por lançar a equipe ao ataque, se a defesa puder plenamente dar conta do recado. Dessa forma, os Robur podem correr mais perigo do que imaginavam.