Seleção italiana

De cara feia

Cassano não brilhou como nas últimas partidas e Itália não saiu do 0 a 0
com a Irlanda do Norte (Foto: Getty Images)

Pautada pelo campeonato nacional, a última convocação de Prandelli trouxe algumas novidades à seleção italiana. A mais surpreendente, talvez, tenha sido a volta de Zambrotta, após corte de Antonelli, lesionado. A situação evidencia a carência de bons laterais na atual geração de jogadores da bota. Criscito também retornou ao time. Para suprir a falta dos também machucados Montolivo e Gilardino, Prandelli deu chances a dois jogadores destaque deste início de Serie A: Mauri e Borriello.

Com esses ingredientes a mais, a expectativa para o jogo contra a Irlanda do Norte aumentou. Especulações sobre uma possível estreia de Mauri no time titular ocuparam os noticiários dos dias anteriores à partida. O jogador vem fazendo grande campeonato e é um dos principais responsáveis pelo bom momento da Lazio, que ocupa o topo da tabela. O meio-campista de fato entrou de titular, assim como Criscito e Borriello, mas a partida não saiu de um morno 0 a 0, em Belfast.

O time de Prandelli entrou em um 4-3-3 que se confundia com um 4-4-2, uma vez que Pepe não ocupava a mesma linha de Cassano e Borriello, centralizando os dois e abrindo espaço para Mauri subir mais pela ponta. Assim surgiram algumas das melhores oportunidades italianas no jogo, com o laziale indo ao fundo e cruzando na área. Se ele não jogou tão bem quanto vem fazendo pelo clube, pelo menos foi um dos melhores do time e um dos únicos pontos positivos da partida.

Nas problemáticas laterias, houve alguma melhora. Criscito fez um jogo consciente na marcação e até tentou algumas investidas ofensivas, enquanto Cassani, mais discreto, se limitou à marcação e o fez bem. Porém, ainda há muito o que progredir na posição. De Rossi e Pirlo formaram o meio de campo, junto com Mauri. O primeiro ainda não reencontrou seu melhor futebol e está em baixa, essa temporada. Já o milanista, mesmo que pouco inspirado na noite de ontem, alcançou um número de respeito: em 101 passes executados, errou apenas três.

O setor mais fraco do time foi o ataque. Borriello lembrou seus tempos de Milan, com pontaria fraca e habilidade zero. Pepe mostrou, mais uma vez, ser limitadíssimo para ocupar a titularidade da seleção (o time melhorou um pouco após sua saída, que deu lugar a Rossi). E Cassano, bem pouco inspirado ontem, mostrou como o time depende muito do seu talento, ofensivamente. O ataque é um quando ele joga bem, e outro quando não. Falta um jogador com mais habilidade e talento na posição, para dividir as responsabilidades com Fantantonio. O nome de Totti reapareceu, antes de Prandelli fazer sua convocação.

No fim das contas, o empate não foi ruim para a seleção. Com sete pontos, a Itália continua na primeira posição do grupo e recebe a Sérvia, em casa, na próxima terça-feira. Porém, recoloca os pés dos italianos no chão, que se elevaram após as boas vitórias contra Estônia e Ilhas Faroe, na última reunião do time, e dá boas noções de onde o time ainda deve melhorar.

Veja os melhores momentos aqui.

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