Serie A

Parada de inverno: Palermo

Pastore à frente, Ilicic ao fundo e comemoração: a foto é metáfora do Palermo desta temporada (Getty Images)

Campanha
6ª posição. 17 jogos, 27 pontos. 8 vitórias, 3 empates, 6 derrotas. 29 gols marcados, 22 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 3, da 12ª à 14ª rodada.
Maior sequência de derrotas: 2, da 2ª à 3ª e da 8ª à 9ª rodada.
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 4ª à 7ª rodada.
Maior sequência sem vencer: 3, da 1ª à 3ª rodada.
Artilheiros: Javier Pastore e Josip Ilicic, 7 gols.
Fair play: 31 amarelos, nenhum vermelho.

Time-base
Sirigu; Cassani, Múñoz, Bovo, Balzaretti; Migliaccio, Bacinovic, Nocerino; Ilicic, Pastore; Miccoli (Pinilla).

Treinador
Delio Rossi. O treinador tem feito um trabalho excelente desde que chegou na Sicília. Se na Lazio sua postura não convencia – até porque nunca contou com um grande elenco à disposição -, dessa vez Rossi se consagra na maioria dos aspectos em que tocou. Ele não só se acostumou a lançar jovens, como também, desde que substituiu Zenga em novembro do ano passado, deu cara ao Palermo de forma a transformá-lo numa das equipes mais perigosas da Serie A. Boa parte dos méritos da campanha digna da última temporada, bem como o rendimento atual, passam pelas mãos de Delio Rossi. Nesta temporada, porém, tem sofrido severas críticas do presidente Maurizio Zamparini, que o acusa de ser pouco ousado. O mandatário rosanero não se conforma com a sexta colocação.

Destaque
Javier Pastore. Craque do time, Pastore se confirmou como uma das maiores revelações da Europa. Ao lado de Ilicic, outro jovem em grande fase, o argentino comanda um Palermo embalado e confiante em metas que há alguns anos seriam impossíveis. Habilidoso, técnico, explosivo e dotado de excelente visão de jogo: El Flaco possui muitas das características de um grande craque, além de ter mostrado notória evolução ao finalizar. A importância de Ilicic, que vale pelo menos dez vezes mais do que valia quando foi contratado, não deve ser subestimada: juntos os dois têm dado trabalho a qualquer defesa da Itália. É justo enaltecer a ótima temporada de estreia de Múñoz, bem como o surgimento de Bacinovic e a afirmação de Nocerino sob a batuta de Delio Rossi.

Decepções
Abel Hernández e Fabio Liverani. Assim como no Parma, as principais decepções não têm qualquer culpa de sua condição. Lesionados, Liverani e Hernández desfalcaram o Palermo em grande parte desse primeiro turno. O meia, estabilizado como regista do time, faz falta pela capacidade acima da média de realizar passes e lançamentos, além de manter um bom relacionamento com Delio Rossi, treinador que o havia comandado na Lazio. Sua lesão, porém, ajudou Bacinovic, jovem transferido junto ao Maribor que logo se confirmou titular da equipe. Abel Hernández, por sua vez, vê sua ascendente carreira ser freada em meses por lesão no joelho, perdendo um tempo importantíssimo de afirmação na Serie A. Ambos foram (e estão sendo) especulados por outras equipes, mas devem ficar ao menos até o fim da temporada. Não há duvidas que ainda tenham bastante a acrescentar ao Palermo. Outro que decepciona – mas deve sair – é Massimo Maccarone, que não conseguiu se firmar na equipe mesmo com a longa lesão do capitão Miccoli.

Perspectiva
Vaga em competição europeia. O Palermo tem totais condições de obter êxito: o elenco tem qualidade, está entrosado, confiante e raramente perde pontos em casa – só foi derrotado por Inter e Lazio. Com os retornos de Liverani e Hernández, ganha mais profundidade e opções de jogo. Vale lembrar que o time também não contou com Miccoli desde o início da temporada, e sua recuperação foi um fator primordial no anseio por objetivos maiores. Se Pastore e Ilicic seguirem como estão, vai ser difícil parar o ataque rosanero – o segundo melhor da competição, atrás do juventino. Ainda assim, é preciso se preocupar com a defesa, fator que há tempos preocupa o torcedor palermitano. Entre as mais vazadas da Serie A, requer uma nova organização, e pode tomar a própria contratação do jovem Muñoz como base para tal.

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