Seleção italiana

Só falta a matemática confirmar

Rossi e Cassano mostraram entrosamento impressionante e foram decisivos para a fundamental vitória da Nazionale, que já está quase classificada à Euro 2012 (Reuters)

Ainda invicta no Grupo C das Eliminatórias para a Euro 2012, a Itália aguarda apenas a confirmação matemática para comemorar a vaga na competição, que ocorrerá no ano que vem e será sediada por Ucrânia e Polônia. A Squadra Azzurra entrou em campo hoje, no acanhado Estádio Alberto Braglia, de Modena, contra a Estônia e justificou todo o apoio recebido das arquibancadas, que estavam lotadas. Esperava-se uma vitória com tranquilidade contra a Estônia – e ela veio.

Prandelli optou por um 4-3-1-2, com Aquillani jogando como trequartista e uma veloz dupla de ataque, composta por Cassano e Guiseppe Rossi. A escalação ofensiva ainda teve um meio-campo leve, com Pirlo, Montolivo e Marchisio, além dos ofensivos laterais Maggio e Balzaretti. Com exagero, a Gazzetta dello Sport chegou a chamar o time de “pequeno Barcelona”, em sua manchete desta sexta. No primeiro tempo, a Nazionale concentrou sua força ofensiva na direita, onde Maggio tinha muita liberdade e se aproveitava dela. A pressão italiana não se transformava em gols, porque o goleiro Pareiko fazia ótima partida, mas, aos 20 minutos, ele nada pode fazer: Cassano roubou bola quando os adversários saíam para o jogo e deu assistência para Rossi marcar.
O jogador do Villarreal, mais uma vez, mostrou estar mais maduro e pronto para defender a seleção, após a ótima temporada que fez e o deixa ligado a especulações de transferência para o Barcelona. Ao lado do milanista Cassano, deu trabalho constante à defesa adversária. Já no final do primeiro tempo, foi a vez do camisa dez marcar. Montolivo recebeu cobrança de lateral de Maggio e, de primeira, passou para Fantantonio fazer o 2 a 0. A Estônia saiu no lucro da primeira metade do jogo: apenas assistiu ao passeio italiano, regado a muito toque e posse de bola. A campanha horrorosa na Copa do Mundo de 2010 parece ter ocorrido há anos-luz.
O ritmo seguiu no segundo tempo: a Itália pressionando buscando mais gols e a equipe do Leste Europeu visando os contra-ataques, que não apareceram. Portanto, a boa dupla de zaga formada por Ranocchia e Chiellini, nem foi testada. Buffon fez uma única defesa, aos 43 do segundo tempo, em chute de longe. Do outro lado, Pareiko parou o time de Prandelli mais algumas vezes. Porém, aos 22, Pazzini que havia acabado de entrar no lugar do esgotado Cassano, recebeu bela cavadinha de Montolivo e, de frente para o goleiro, não perdeu. O terceiro gol italiano, com certeza, coloca uma dúvida na cabeça de Cesare Prandelli: qual será a minha dupla de ataque titular? Os três que atuaram hoje foram muito bem.

No meio-campo, Montolivo parece ter, afinal, aprendido a jogar pela seleção e continua a boa fase em azzurro. Desta vez, atuou a partida quase toda como trequartista, em substituição a Aquillani, que deixou o campo aos 24 minutos por uma pancada na cabeça e deu lugar a Nocerino, presente na seleção pelo bom campeonato que fez, que acabou responsável por fazer o (pouco) trabalho sujo na volância. Na terça, a Nazionale volta à campo, em amistoso, contra a Irlanda treinada por Giovanni Trapattoni. Pelas Eliminatórias, os próximos jogos serão no início de setembro, contra Ilhas Faroe e Eslovênia, e devem ser lugar de comemoração pela classificação à Euro, onde Prandelli poderá, enfim, espantar o fantasma deixado por Marcello Lippi ao longo de sua obscura gestão.

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