Jogadores da Juventus não querem nem saber: contam os dois scudetti retirados pela FIGC (AP)
Como se esperava, a Juventus garantiu seu bicampeonato nesta 35ª rodada. O campeonato também começa a definir os classificados para as competições europeias e até mesmo a luta contra o rebaixamento para a Serie B pode chegar a seu fim antes do esperado. Confira o resumo.
Juventus 1-0 Palermo
Não poderia ser mais justo: o gol que garantiu o bicampeonato italiano para a Juve foi marcado pelo melhor jogador do time na temporada e representante do setor mais forte da equipe, Arturo Vidal. De pênalti, o chileno tranquilizou um jogo que estava difícil e mostrou porque conquistou a confiança da torcida em tão pouco tempo. Volante de marcação quase impecável e chegadas à frente extremamente eficientes, ele é o artilheiro do time na temporada (15 gols, sendo 10 deles na Serie A), jogador com mais assistências (sete) e peça fundamental do meio de campo juventino, um dos mais fortes da Europa.
Prova dessa força é Pogba (outro volante). Maior revelação da Juventus (quiçá do campeonato), o francês começou como reserva, mas conquistou seu espaço ao longo da competição e, nos últimos jogos, virou titular no novo esquema de Conte, um 3-5-1-1 com Marchisio (mais um volante) mostrando sua versatilidade jogando logo atrás de um único atacante. Contra o Palermo, o jovem meio-campista fez ótima partida, inclusive dando passe para que Vucinic sofresse o pênalti, mas acabou expulso, manchando o bom trabalho.
Os mais de 40 mil bianconeri que lotaram o Juventus Stadium, porém, pouco se importaram com a expulsão. Depois de um primeiro tempo muito fraco tecnicamente, o Palermo voltou para a segunda etapa melhor e quase abriu o placar com Miccoli. A bola na trave do ex-juventino, no entanto, fez a Velha Senhora acordar para o jogo e passar a dominar as ações. O gol saiu logo em seguida e Vucinic, Chiellini e Pogba perderam chances para ampliar. Ao apito final, torcida e jogadores juntos no campo, comemorando o 29º (31º para os juventinos) scudetto da história do clube. De negativo, apenas o fato de Del Piero, maior ídolo da história do clube, não ter sido convidado para assistir o jogo no estádio, mesmo estando em Turim. Viu pela TV e a notícia tomou conta da mídia hoje. No blog do colega Gian Oddi, veja alguns momentos marcantes da campanha. (Rodrigo Antonelli)
Milan 1-0 Torino
No San Siro lotado com mais de 50 mil espectadores, o Milan passou pelo Torino por 1 a 0 para garantir a 3ª colocação na Serie A, com 65 pontos. Embora Montolivo, Bojan e Ambrosini permanecessem fora, Abbiati retornava ao gol. Pelo Toro, Glik não jogou (suspenso), porém, Vives e Darmian voltavam ao time. Com o sistema modificado para cinco zagueiros, Gian Piero Ventura quase surpreendeu o Milan no primeiro tempo. O lateral Darmian passou pelo meio de campo, com a bola dominada, e lançou Cerci atrás da defesa. O ex-Roma chutou no canto e Abbiati fez boa defesa. Barreto teve a chance de virar o período na frente do marcador após excelente passe de Cerci, de calcanhar, mas o brasileiro, cara a cara com o goleiro, não conseguiu fazer o gol. O Milan só levou perigo à meta de Gillet duas vezes: Muntari chutou do meio da rua e o arqueiro defendeu; na sobra, Boateng finalizou para nova intervenção do belga.
Na volta do intervalo, em contra-ataque rápido, Darmian tabelou com Cerci e avançou ao fundo. O lateral cruzou e Barreto, se antecipando a Abate, desviou para o gol. Abbiati defendeu e o lateral do Milan tirou para escanteio. Essa foi a única chance de perigo até os minutos finais: Robinho entrou faltando dez minutos para o fim da partida e fez Gillet trabalhar, com um chute potente junto à trave esquerda. Aos 39, Nocerino cruzou, Mexès cabeceou para o meio e Balotelli deu a vitória ao rossonero. A derrota da Fiorentina ajudou o Milan, após a vitória, a respirar na zona de classificação europeia. O Torino continua com 36 pontos, quatro na frente do Palermo, primeiro time na zona do descenso. (Murillo Moret)
Napoli 3-1 Inter
Napoli e Inter sempre fazem duelos de bastante rivalidade, já que sul e norte da Itália tem diferenças marcantes entre eles. Desta vez, porém, os napolitanos poderiam ter um dos jogos mais fáceis da história do confronto, já que iam com time completo, com moral, contra uma Inter cabisbaixa e, pior, improvisando Álvarez e Guarín no ataque, por falta de peças na posição. Não poderia dar outra: vitória azzurra, com show de Cavani, autor dos três gols do seu time.
Em campo, a Inter até fez um jogo digno, levando em conta as suas dificuldades e, sobretudo no primeiro tempo, ofereceu dificuldades aos donos da casa. Aos 3 minutos, Cavani aproveitou falha de Ranocchia e Chivu para abrir o placar, mas Álvarez, de pênalti, empatou. Em um jogo igual, o Napoli chegou ao gol graças a pênalti bobo cometido por Jonathan, que Cavani converteu. No segundo tempo, o Napoli melhorou e matou o jogo com o terceiro do Matador. Enquanto os partenopei praticamente garantiram sua vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões, a Inter pena: está em 8º e terá dificuldades para chegar às competições europeias – tem confrontos diretos, em casa, contra Lazio e Udinese, além de jogo contra o Genoa, que briga para permanecer na elite. Caso não chegue à Liga Europa, será a primeira vez que a Inter não participa de competições desde 1999-2000.
Fiorentina 0-1 Roma
No grande confronto direto da rodada, a Fiorentina jogou melhor do que a Roma, mas acabou sofrendo com a lei mais implacável do futebol: a do ex. Em um jogo em que se esperava espetáculo, as duas defesas se comportaram muito bem e evitaram que os atacantes brilhassem. Pelo lado viola, Jovetic, Ljajic, Cuadrado e Toni, além de Pizarro e Valero, até ameaçaram, mas o máximo que conseguiram foi colocar a bola duas vezes na trave romanista, com Ljajic e Pizarro.
A Roma, por sua vez, se contentava com o empate, mas num dos últimos lances do jogo, Osvaldo subiu mais alto que a zaga adversária e converteu, de cabeça. Pouco querido pela torcida romanista, que considera que ele pode render mais, o ítalo-argentino virou herói. Em um jogo complicado, já que a Roma tinha o importante desfalque de Stekelenburg e viu Lobont sair machucado e dar lugar ao inconstante Goicoechea, a Roma atrapalhou os planos da sua rival – que, é bom lembrar, tem Montella, ídolo giallorosso, no comando -, que dificilmente chegará à Liga dos Campeões. E, ao atrapalhar, ganhou terreno por uma vaga na próxima Liga Europa, com ou sem título da Coppa Italia.
Lazio 6-0 Bologna
Enquanto isso, o alemão Miroslav Klose fazia história na capital italiana. Com cinco gols contra o Bologna, o atacante se tornou o primeiro laziale a balançar as redes tantas vezes em um mesmo jogo. Desde 16 de fevereiro de 1986, ninguém alcançava a marca na Serie A, atingida naquela ocasião pelo romanista Roberto Pruzzo, contra o Avellino. O outro gol foi do brasileiro Hernanes, que também fez partida memorável e marcou um golaço.
A vitória elástica veio depois de uma mudança tática promovida por Petkovic, que escalou o time em um 4-4-2 pela primeira vez. O resultado deixa a torcida ainda com um fio de esperanças para alcançar a vaga para a Liga Europa, agora distante três pontos, faltando três rodadas para o fim. Do outro lado, o Bologna continua em sequência muito ruim: cinco empates e duas derrotas nos últimos sete jogos. A série só não é mais preocupante porque a equipe não corre risco real de rebaixamento. (RA)
Udinese 3-1 Sampdoria
Em casa, a Udinese confirmou a
boa fase e conseguiu mais três pontos na briga por uma vaga na próxima Liga
Europa. Apenas um ponto separa o time bianconero da Roma, quinta colocada – e
vale lembrar que, caso a Roma ganhe a Coppa Italia e termine na quinta posição,
a outra vaga vai para o sexto colocado. Sem ter mais o que disputar, a
Sampdoria chegou a oito jogos sem vitórias e ocupa a 15ª posição, com 38 pontos,
porém bastam três para garantir matematicamente a salvezza.
No ritmo de Di Natale, a equipe
de Guidolin não teve grande atuação, mas fez o bastante para assegurar os três pontos.
Somente 30 minutos depois da bola rolar no Friuli uma finalização foi efetuada,
resultando no primeiro gol do jogo. Após boa jogada de Domizzi, o zagueiro cruzou
para Di Natale ajeitar e mexer no marcador. Cinco minutos depois, foi a vez de
Éder receber de Icardi e igualar o placar. Num jogo muito morno, o desempate
saiu só na volta do intervalo, quando Danilo lançou Di Natale e o capitão
bianconero mostrou toda sua categoria ao encobrir Romero e chegar ao 20º gol na
Serie A 2012-13 – é a terceira temporada em que Totò supera os 20 gols/ano. Só a partir de então que a Sampdoria reagiu, mas Brkic, a
trave e a falta de pontaria impediram o empate. Nos minutos finais, ainda deu
tempo de Muriel sacramentar a vitória aproveitando a péssima saída de bola de
Romero, marcando seu nono gol na temporada – em doze jogos como titular.
(Arthur Barcelos)
Genoa 4-1 Pescara
Ainda em busca da salvezza, o
Genoa deu importante passo para se manter na elite do futebol italiano e ainda
por cima fechou o caixão do Pescara, decretando o rebaixamento dos golfinhos –
que em Gênova só foi representado pelo solitário torcedor de nome William nas arquibancadas do
Marassi. Com a vitória em casa, os grifone chegaram a 35 pontos, abrindo três
de distância para o Palermo e cinco para o Siena. Restando ainda três partidas,
bastam seis pontos contra Torino, Inter e Bologna para a permanência na Serie A
ser garantida.
Desesperado na busca pela
vitória, o time de Ballardini finalizou 21 vezes contra a meta de Perin e
conseguiu passar pelo jovem arqueiro quatro vezes. Floro Flores abriu o placar na
primeira etapa após passe de cabeça de Manfredini, Borriello ampliou a vantagem
em belo chute depois lançamento de Rigoni, e Sculli chegou a descontar contra o
time em que é ídolo da torcida – e não comemorou. No segundo tempo, Borriello
voltou a marcar em mais um bonito chute após assistência de Bertolacci – o ex-atacante
de Milan, Juventus e Roma chegou a 12 gols nesta Serie A -, e o próprio
Bertolacci definiu o resultado ao aproveitar a má saída de Perin do gol. (AB)
Catania 3-0 Siena
No Angelo Massimino, Bergessio garantiu uma tripletta para dar a vitória ao Catania contra o Siena. O primeiro gol do argentino saiu do passe de Castro; o chute rasteiro passou à esquerda de Pegolo. Os outros dois tentos sicilianos aconteceram na segunda etapa: Castro cruzou, a bola bateu na zaga, Bergessio dominou, girou e chutou com força; a tripletta veio após cruzamento da direita e em um lance duvidoso – o atacante estava em posição duvidosa.
O Catania, com a vitória, se estabeleceu na 9ª colocação, com 51 pontos, dois atrás da Inter. Na próxima rodada, os elefantini enfrentam a Sampdoria, fora de casa. O Siena ainda tenta a salvezza, mas vem de três derrotas consecutivas (depois da vitória no sufoco contra o Pescara) e continua com seus 30 pontos, na 19ª colocação. O Palermo, 18º, tem 32 e o Genoa, primeiro time fora da zona do rebaixamento, tem 35. Na próxima rodada, os bianconeri recebem a Fiorentina no Artemio Franchi. (MM)
Parma 2-0 Atalanta
No Ennio Tardini, o Parma encerrou o jejum de quatro jogos
sem vitórias e sem marcar gols. Venceu a Atalanta com propriedade e se garantiu
por mais uma temporada na elite do futebol italiano. Por outro lado, a Atalanta
segue sem vencer pela terceira rodada seguida e pouco tem a fazer na temporada, já que está a sete pontos do Palermo, primeira equipe na zona de rebaixamento.
O
Parma foi melhor desde o início, mas foi somente aos 31
minutos que a primeira chance apareceu. Belfodil invadiu a área pela
direita e
chutou forte para boa defesa de Consigli. Na sequência, Amauri obrigou o
arqueiro nerazzurro a mais uma grande defesa. O gol crociato saiu já no
final da
primeira etapa, quando Parolo recebeu na área e chutou forte, no ângulo,
sem chances para Consigli. Nem um minuto após o gol, uma bobeada de
Mirante, Bonaventura quase empatou. Na segunda etapa, a Atalanta
continuava inofensiva e
o Parma se aproveitou para ampliar a vantagem. Biabiany recebeu pela
direita,
invadiu a área e bateu cruzado, no canto baixo do goleiro bergamasco.
Além de
definir o jogo, coroou a centésima atuação do ex-interista com a camisa
do Parma. (Caio
Dellagiustina)
Chievo 0-0 Cagliari
Se ver jogo de qualquer uma das equipes já estava difícil,
quando as duas se enfrentaram, só poderia resultar em um dos jogos mais
tediosos da competição. Talvez a proximidade (ou garantia) da salvezza venha
influenciando o futebol apresentado não só pelas duas equipes, mas também
outras que não tem ambições maiores na Serie A. Assim, o empate em zero a zero,
na abertura da rodada, ficou de bom tamanho pelo que as equipes apresentaram.
Em campo, Corini manteve Paloschi no comando de ataque,
dessa vez com a companhia de Théréau. E foi com o camisa 77 que o Chievo teve a
melhor chance do primeiro tempo. Ao tentar cruzar, quase enganou o goleiro
Agazzi. No Cagliari, a maior surpresa foi a escalação de Nainggolan como trequartista, municiando Sau e Nenê. O
belga bem que tentou, mas as melhores chances vieram da grande promessa
rossoblù. Com o placar em branco, o Cagliari chegou aos 43 pontos, confirmando
a permanência e o Chievo chegou aos 40, meta dos treinadores para se manter na
elite, mas ainda sem nenhuma garantia, embora esteja muito próxima. (CD)
Relembre a 34ª rodada aqui.
Confira estatísticas, escalações, artilharia, além da classificação do campeonato, aqui.
O grande forte da Juventus é o conjunto. Mas se você olhar, Barzagli, Chiellini, Pogba, Pirlo, Vidal e Vucinic apareceram bastante – fora o Conte. No fim da temporada divulgamos todas as seleções.
queria entender essa seleção da rodada… pq a juventus, campeã com sobras, nunca tem mts jogadores nessas escolhas?
O grande forte da Juventus é o conjunto. Mas se você olhar, Barzagli, Chiellini, Pogba, Pirlo, Vidal e Vucinic apareceram bastante – fora o Conte. No fim da temporada divulgamos todas as seleções.