Rainha do mercado, Juventus adota tática “imperialista” e está mais forte que os rivais (AP)
No final de julho, a janela de transferências do verão chega à sua metade. Com um mês de mercado, trazemos uma análise sobre a atividade de cada clube nos bastidores e o que cada equipe ainda precisa fazer para se reforçar. Confira todas as negociações da Serie A na nossa página de mercado e o nosso balanço logo baixo.
Atalanta
Time provável (3-4-3): Sportiello; Rafael Toloi, Masiello, Zukanovic; Conti, Carmona, Kurtic, Dramé; D’Alessandro (Spinazzola), Paloschi (Pinilla), Gómez. Técnico: Gasperini.
Principais chegadas: Zukanovic (Roma), Spinazzola (Perugia) e Paloschi (Swansea).
Principais saídas: Paletta (Milan), De Roon (Middlesbrough) e Cigarini (Sampdoria).
Principais objetivos: Belec (Carpi), Gagliolo (Carpi), Lazaar (Palermo) e Suso (Milan).
A maior mudança na Atalanta acaba por ser a troca no comando. Com Gasperini, muita coisa se altera, especialmente no campo tático-técnico. Com isso, a diretoria busca adaptar a equipe ao estilo do ex-treinador do Genoa: um futebol físico e bastante lateral, que precisa de zagueiros técnicos e rápidos, além, é claro, de alas e pontas. Zukanovic e Spinazzola já foram contratados, enquanto Paloschi assume o ataque. Com as saídas de De Roon e Cigarini, urge a necessidade de meio-campistas. Ainda em saídas, será essencial para a equipe de Bérgamo manter Sportiello e Gómez, principais destaques nos últimos anos.
Bologna
Time provável (4-3-3): Mirante; Mbaye (Maietta), Rossettini, Gastaldello, Masina; Donsah, Nagy, Taïder; Mounier (Rizzo), Destro, Krejci. Técnico: Donadoni.
Principais chegadas: Nagy (Ferencváros), Verdi (Carpi) e Krejci (Sparta Praga).
Principais saídas: Zúñiga (Watford), Giaccherini (Napoli) e Brighi (Perugia).
Principais objetivos: González (Palermo), Gnoukouri (Inter), Dzemaili (Galatasaray), Diamanti (Guangzhou Evergrande) e Rossi (Fiorentina).
Em Bolonha, muito interessantes e promissoras as contratações de Nagy e Krejci. Talentos de Hungria e República Tcheca, combinam com o time, mostram ambição e bom olhar do clube e repõem saídas importantes: Diawara e Giaccherini. O primeiro ainda não foi negociado, mas será, pois interessa a grandes clubes e arranjou problema com a diretoria. Mantendo Rossettini e Masina, a defesa parece completa, enquanto meio-campo e ataque ainda precisam de reforços.
Cagliari
Time provável (4-3-1-2): Storari; Padoin, Bruno Alves, Salamon (Ceppitelli), Murru; Dessena, Di Gennaro, Ionita; João Pedro; Sau, Diego Farias. Técnico: Rastelli.
Principais chegadas: Bruno Alves (Fenerbahçe), Padoin (Juventus) e Ionita (Verona).
Principais saídas: Balzano (Cesena), Tello (Empoli) e Fossati (Verona).
Principais objetivos: Maicon (sem clube), Isla (Juventus), Viviani (Verona), Inler (Leicester) e Kapustka (Cracóvia).
Recém-promovido, o Cagliari retorna para a Serie A apostando na experiência. Storari segue no gol, Dessena e Di Gennaro são intocáveis no meio-campo e Padoin e Bruno Alves foram contratados, sendo que Maicon, Isla e Inler interessam. Interessante a contratação de Ionita, após boa passagem pelo rebaixado Verona. Pensamento ambicioso para se manter na elite.
Cagliari tenta permanecer na Serie A contratando nomes experientes, como Padoin (Cagliari Calcio)
Principais chegadas: Sorrentino (Palermo).
Principais saídas: Bizzarri (Pescara), Giampiero Pinzi (sem clube) e Pepe (sem clube).
Principais objetivos: Rodrigo Ely (Milan), El Kaddouri (Napoli), Barrientos (San Lorenzo) e Dionisi (Frosinone).
O mercado mais parado da Serie A, sem novidades, é o do Chievo. No final das contas, Maran segue no comando técnico e não deverá ter grandes mudanças na equipe. Na verdade, até aqui, a única diferença está no gol: saiu o veterano Bizzarri e entrou o veterano Sorrentino. Apesar da boa passagem em Verona, onde jogou por cinco temporadas, o retorno do ex-goleiro do Palermo não foi muito bem recebido pelos torcedores, especialmente por causa da saída do antecessor argentino. Enquanto isso, com baixíssimo investimento, a diretoria busca reforços para meio-campo e ataque.
Principais chegadas: Ceccherini (Livorno), Sampirisi (Vicenza) e Tonev (Frosinone).
Principais saídas: Balasa (Trapani), Ricci (Roma) e Budimir (Sampdoria).
Principais objetivos: Yao (Inter), Falletti (Ternana), Siligardi (Verona), D. Ciofani (Frosinone) e Selke (Leipzig).
O mais novo estreante da Serie A, o Crotone é um clube pequeno, de investimentos modestos, e que fez campanha fantástica na Serie B sob o comando do jovem Juric. Sua saída, porém, é um duro golpe para as intenções dos calabreses, que também perderam Ricci e Budimir, importantes jogadores na campanha de acesso. Os reforços não empolgam, mas cobrem necessidades do elenco, que deverá ter defesa a três ou cinco, dependendo dos adversários e das peças para o ataque, que precisa de reforços.
Principais chegadas: Bellusci (Leeds), Pasqual (Fiorentina) e Gilardino (Palermo).
Principais saídas: Tonelli (Napoli), Mário Rui (Roma), Zielinski (Udinese) e Paredes (Roma).
Principais objetivos: Skorupski (Roma), Brugman (Pescara), Crisetig (Bologna) e Falletti (Ternana).
Depois de Giampaolo, que preferiu rescindir o contrato por conta própria, o Empoli apresenta mais um treinador: Martusciello. Há dez anos no clube, era o principal assistente técnico desde 2010 – ou seja, trabalhou com Sarri e Giampaolo. Fica a dúvida de como será seu método, mas a expectativa é que mantenha a base da equipe nos últimos anos, mesmo com as saídas de Tonelli, Mário Rui, Zielinski e Paredes. Enquanto a diretoria repôs bem a defesa, o meio-campo vive indefinição, sem seus principais destaques e com Saponara provavelmente de saída. No ataque, fica a curiosidade de como funcionará a dupla entre Maccarone e Gilardino – se é que jogarão juntos, pois pode haver revezamento com Pucciarelli. O Empoli já conseguiu se reformular outras vezes depois de ter perdido titulares. Conseguirá outra vez?
Viola apresentou filho de craque como aposta para o futuro (ACF Fiorentina)
Fiorentina
Time provável (4-2-3-1): Tatarusanu (Dragowski); Tomovic (Diks), Rodríguez, Astori, Alonso; Vecino, Badelj; Bernardeschi, Ilicic, Valero; Kalinic. Técnico: Paulo Sousa.
Principais chegadas: Dragowski (Jagiellonia), Diks (Vitesse) e Hagi (Viitorul).
Principais saídas: Roncaglia (Celta Vigo), Blaszczykowski (Borussia Dortmund) e Tello (Barcelona).
Principais objetivos: Goldaniga (Palermo), Van Beek (Feyenoord), Juninho (Coritiba), Rekik (PSV) e Tello (Barcelona).
Mercado tímido da Fiorentina até aqui. Trouxe os jovens Dragowski, Diks e Hagi, promissores, mas que não devem assumir protagonismo na equipe. A viola ainda não conseguiu contratar Tello em definitivo e, além do ponta do Barcelona, o outro objetivo é reforçar a defesa: muitos zagueiros interessantes foram especulados, embora sem uma proposta real da diretoria. A ideia é manter a equipe do ano passado e buscar reforços providenciais para evitar a queda técnica e física que o elenco teve na segunda metade da temporada.
Principais chegadas: Gentiletti (Lazio), Renzetti (Cesena) e Ocampos (Marseille).
Principais saídas: De Maio (Anderlecht), Ansaldi (Inter) e Suso (Milan).
Principais objetivos: Letizia (Carpi), Rossettini (Bologna), Yao (Inter), Dzemaili (Galatasaray) e Suso (Milan).
Sem Gasperini, o Genoa apostou no seu aprendiz e ex-jogador: Juric. Com a mesma ideia de jogo e filosofia do antigo treinador, o croata não deverá fazer grandes mudanças e no máximo buscará uma variação do 3-4-3 para uma eventual defesa a quatro. A chegada de Ocampos gera expectativa, mas o argentino não vem em boa fase. Ainda no ataque, a dúvida fica sobre a permanência do artilheiro Pavoletti. Já a defesa está em bom nível, mas reforços podem chegar, especialmente para o lado direito, que perdeu Ansaldi, ótimo parceiro de Suso – os rossoblù ainda tentam repatriá-lo. Atenção para o jovem Ntcham, no seu último ano de empréstimo em Gênova, que teve bons momentos com Gasperini, mas eventualmente perdeu espaço e pode recuperá-lo com Juric.
Banega foi a grande contratação da Inter, mas Mancini não está satisfeito com os rumos da equipe (Olé)
Inter
Time provável (4-2-3-1): Handanovic; Ansaldi, Miranda, Murillo, Erkin (Nagatomo, D’Ambrosio); Medel, Kondogbia; Brozovic, Banega, Perisic; Icardi. Técnico: Mancini.
Principais chegadas: Ansaldi (Genoa), Erkin (Fenerbahçe) e Banega (Sevilla).
Principais saídas: Juan Jesus (Roma), Alex Telles (Porto) e Ljajic (Torino).
Principais objetivos: Garay e Witsel (Zenit), Alex Teixeira (Jiangsu Suning), Candreva (Lazio), Cuadrado (Chelsea) e Gabriel Jesus (Palmeiras).
Buscando manter e reforçar a base do ano passado, a Inter até aqui fez mercado simples e objetivo. A diretoria acertou com Erkin e Banega como agentes livres, além de Ansaldi, para justamente suprir grandes necessidades do elenco: laterais e criação. Assim, resta apenas a ponta direita, setor para o qual a diretoria pensou em João Mário, Candreva, Cuadrado, Berardi e outros, porém sem sucesso até aqui. Esperando o dinheiro chinês, talvez espere agosto para gastar um pouco mais. A questão agora é manter ou não Murillo, Brozovic e/ou Icardi, especialmente o argentino, principal jogador da equipe. Sua venda resolveria problemas financeiros, mas forçaria a diretoria procurar um novo centroavante. Tudo depende da permanência de Mancini, em rota de colisão com o clube por insatisfação com os rumos do mercado nerazzurro.
Principais chegadas: Dani Alves (Barcelona), Benatia (Bayern), Pjanic (Roma) e Pjaca (Dinamo Zagreb)
Principais saídas: Cáceres (sem clube), Cuadrado (Chelsea) e Morata (Real Madrid).
Principais objetivos: Witsel (Zenit), Keita (Lazio), Gabriel Barbosa (Santos), Cavani (PSG) e Higuaín (Napoli).
De olho na Liga dos Campeões para ir além do domínio nacional, a Juventus foi quem mais gastou até aqui. As chegadas de Dani Alves, Benatia e Pjanic são muito inteligentes e bem feitas, sem um investimento enorme, e mostram exatamente a ambição da Velha Senhora na temporada. Pagou um pouco mais para ter Pjaca, mas terá uma opção interessante para as pontas, a grande necessidade do elenco após a saída de Cuadrado. Mas é com Higuaín que o clube mostra suas reais intenções, enfraquecendo os dois principais adversários ao contratar seus dois melhores jogadores – se o Pipit realmente assinar, será a maior transferência da história do futebol italiano e a terceira do futebol mundial. De qualquer forma, perder Pogba seria um duro golpe para Allegri, mesmo que por um valor recorde e um lucro extraordinário, já que Marchisio deve ter sua volta adiada para o final do ano. De qualquer forma, é uma Juve ainda mais poderosa.
Lazio
Time provável (4-3-3): Marchetti; Basta, De Vrij, Hoedt (Maurício), Radu; Parolo, Biglia, Lulic; Felipe Anderson (Candreva), Djordjevic, Keita (Onazi). Técnico: S. Inzaghi.
Principais chegadas: Vargic (Rijeka) e Lukaku (Oostende).
Principais saídas: Konko (sem clube), Mauri (sem clube) e Klose (sem clube).
Principais objetivos: Jardel (Benfica), Rodrigo Caio (São Paulo), Thauvin (Marseille), Valencia (West Ham) e Immobile (Sevilla).
A Lazio também está tímida até agora. Talvez por incompetência, talvez pelo desacerto com Bielsa ou mesmo esperando uma venda grande: De Vrij, Biglia, Candreva, Felipe Anderson e Keita são os candidatos. As únicas contratações até o momento são a do goleiro Vargic e a do lateral-esquerdo Lukaku, que não cobrem grandes prioridades no elenco e nem serão titulares. Com Immobile praticamente certo, as necessidades permanecem na defesa, ao passo que Inzaghi espera não perder jogadores importantes.
Milan
Time provável (4-3-3): Donnarumma; Abate, Paletta (Zapata), Romagnoli, De Sciglio (Antonelli, Vangioni); Kucka, Montolivo, Bertolacci; Niang, Bacca, Bonaventura. Técnico: Montella.
Principais chegadas: Paletta (Atalanta), Vangioni (River Plate) e Lapadula (Pescara).
Principais saídas: Alex (sem clube), Philippe Mexès (sem clube) e Mario Balotelli (Liverpool).
Principais objetivos: Arbeloa (sem clube), Musacchio (Villarreal), Mustafi (Valencia) e Zielinski (Udinese).
À espera do dinheiro chinês, ainda incerto, o Milan deve seguir em frente para se recuperar de outra temporada medíocre. A aposta da vez é Montella, reforçando a ideia de renovar e nacionalizar o ambiente rossonero. Em relação ao mercado, não se sabe exatamente o caminho a seguir justamente pela dúvidas causadas pelas negociações com os asiáticos. Vangioni foi contratado como agente livre, mas pode ser emprestado pela vasta opção no setor, enquanto Lapadula foi a única contratação real, pensando na eventual saída de Bacca ou como alternativa para o ataque. Os principais objetivos para reforçar a equipe são para a defesa e meio-campo, já que Paletta, Zapata, Kucka e Bertolacci não convencem para o time titular.
Situação de Higuaín está praticamente insustentável e deixa mercado do Napoli em suspenso (Getty)
Napoli
Time provável (4-3-3): Reina; Hysaj, Albiol, Koulibaly, Ghoulam; Allan, Jorginho, Hamsík; Callejón, Higuaín (Gabbiadini), Insigne. Técnico: Sarri.
Principais chegadas: Tonelli (Empoli) e Giaccherini (Bologna).
Principais saídas: Gabriel (Milan).
Principais objetivos: Sportiello (Atalanta), Widmer e Zielinski (Udinese), Pereyra (Juventus), Candreva (Lazio), Bacca (Milan) e Icardi (Inter).
Tranquilo no mercado, buscando justamente manter a base da segunda melhor equipe do último campeonato, o Napoli entrou com objetivo apenas de reforçar o elenco, tendo em vista que alguns reservas deixaram a desejar quando foram utilizados. Tonelli chegou para a reserva de Albiol e Koulibaly, enquanto Giaccherini será um coringa para Sarri, podendo cobrir quase todas funções no meio-campo e no ataque, cumprindo tudo com qualidade e atitude pela esquerda. Para o meio-campo, tendo em vista a falta de reposição de Jorginho e Allan, fica a incógnita após tentativas fracassadas. Mas é a venda de Higuaín que prejudica o planejamento: mesmo com o valor recorde, a diretoria não estava preparada para sua provável saída, ainda mais para a maior rival (o que gerou uma onda de ódio dos torcedores). O time partenopeu agora tenta os artilheiros de Milão, Icardi e Bacca, que talvez não sejam opções à altura do maior goleador em uma temporada da Serie A.
Principais chegadas: Nestorovski (Inter Zapresic).
Principais saídas: Sorrentino (Chievo), Vázquez (Sevilla) e Gilardino (Empoli).
Principais objetivos: Gyömbér (Roma), El Kaddouri (Napoli), Angulo e Cabezas (Independiente del Valle), Borriello (sem clube).
Ballardini, no final das contas, segue em Palermo. De qualquer forma, é mais uma demonstração do caos que virou o clube presidido por Zamparini, que começa a temporada cheio de incertezas e como forte candidato ao rebaixamento. A única contratação é o atacante macedônio Nestorovski, que por si só não transmite confiança, ainda mais considerando as saídas de peças-chave para a salvezza da última temporada, como Vázquez e os veteranos Sorrentino e Gilardino. Hoje as principais necessidades são a contratação de um goleiro e de atacantes, enquanto o jovem Embalo poderia ser aproveitado após boa Serie B.
Principais chegadas: Bizzarri (Chievo), Biraghi (Granada), Cristante (Palermo) e Manaj (Inter).
Principais saídas: Mandragora (Juventus), Verde (Avellino) e Lapadula (Milan).
Principais objetivos: Stendardo (Atalanta), Regini (Sampdoria), Mauri (Milan) e Macheda (Cardiff).
De volta à Serie A, o Pescara tem uma equipe interessante, com bons prospectos, a exemplo de Fornasier, Biraghi, Verre, Cristante, Benali, Caprari e Manaj, sob o comando do também jovem Oddo. Mas talvez não seja o bastante para formar um time competitivo e que possa ir além dos 40 pontos. Por isso o time investiu na contratação de Bizzarri, que vem de boas temporadas salvando o Chievo, e vai atrás de outros jogadores mais experientes. Das necessidades do elenco, a lateral direita é um problema e o meio-campo não tem cobertura, por mais qualidade que tenham os titulares.
Alisson foi um dos principais reforços da Roma nesta janela (Getty)
Roma
Time provável (4-3-3): Alisson; Florenzi, Manolas,
Juan Jesus, Mário Rui; Nainggolan, De Rossi, Strootman (Paredes); Salah,
Perotti (Dzeko), El Shaarawy. Técnico: Spalletti.
Principais chegadas: Alisson (Internacional), Juan Jesus (Inter) e Mário Rui (Empoli).
Principais saídas: Szczesny (Arsenal), Digne (Barcelona) e Pjanic (Juventus).
Principais
objetivos: Szczesny (Arsenal), Zappacosta (Torino), Widmer (Udinese),
Cáceres (sem clube), Nacho (Real Madrid) e Diawara (Bologna).
Sem
Pjanic, a Roma perdeu seu melhor jogador há cinco temporada – sendo
para a rival Juventus, principal adversária nos últimos anos, o bósnio
se torna uma perda ainda mais significante. Sua substituição é difícil,
mas a diretoria parece confiar na recuperação de Strootman, na boa
temporada de Paredes pelo Empoli e na manutenção de Gerson, contratado
junto ao Fluminense. No mais, é a defesa que gera desconfiança: os
laterais Florenzi e Mário Rui são baixos e fracos fisicamente, enquanto
Juan Jesus não é uma opção muito confiável para jogar com Manolas, pois
os dois muito agressivos. Já o jovem Alisson precisa ganhar a confiança
de Spalletti, que quer Szczesny mais uma vez.
Principais chegadas: Leandro Castán (Roma), Djuricic (Benfica) e Cigarini (Atalanta).
Principais saídas: Ranocchia e Dodô (Inter), Fernando (Spartak Moscou) e Correa (Sevilla).
Principais objetivos: Dodô (Inter), Lazaar (Palermo) e Linetty (Lech Poznan).
Quem mais contratou no momento, a Sampdoria passa por novas mudanças. Montella saiu e Giampaolo foi escolhido como o substituto. O treinador vem de bom trabalho no Empoli, especialmente pelo jogo que o time apresentou, mas gera um pouco de desconfiança pela falta de experiência – afinal de contas, seu único trabalho relevante nos últimos anos foi à frente dos azzurri. De qualquer forma, o treinador terá uma equipe técnica e que pode seguir o que desenvolveu na Toscana. Com elenco praticamente fechado, a Samp não tem nenhuma grande necessidade e fazer contratações, especialmente se segurar o meia Soriano.
Sassuolo
Time provável (4-3-3): Consigli; Gazzola, Cannavaro, Acerbi, Peluso; Missiroli (Sensi), Magnanelli, Duncan; Berardi, Defrel, Sansone. Técnico: Di Francesco.
Principais chegadas: Sensi (Cesena) e Mazzitelli (Brescia).
Principais saídas: Vrsaljko (Atlético de Madrid).
Principais objetivos: Conti (Atalanta), De Silvestri (Sampdoria), Zappacosta (Torino), Goldaniga (Palermo), Babacar (Fiorentina) e Zapata (Udinese).
Pela primeira vez na Europa, o Sassuolo perdeu um grande jogador. Vrsaljko foi o melhor lateral-direito da Serie A no ano passado e até o momento não foi substituído – os bons Conti, De Silvestri e Zappacosta foram especulados. Os emilianos mantiveram a base dos últimos anos, em especial Berardi e Sansone, que devem recuperar a forma técnica para a equipe ter algum sucesso continental. Por sua vez, um dos poucos reforços é o talentoso Sensi, nome interessante para contrapor a força física do trio Missiroli, Magnanelli e Duncan no meio-campo. Ele pode dar qualidade técnica e assumir o papel de regista que falta ao time de Di Francesco.
Ljajic chegou ao Torino assumindo a titularidade e a camisa 10 (Torino Calcio)
Torino
Time provável (4-3-3): Padelli (Gomis); Bruno Peres (Zappacosta), Maksimovic, Moretti (Ajeti), Silva (Avelar, Molinaro); Acquah (Benassi), Vives, Baselli; Falqué, Belotti, Ljajic. Técnico: Mihajlovic.
Principais chegadas: Ajeti (Frosinone), Falqué (Roma) e Ljajic (Inter).
Principais saídas: Glik (Monaco), Immobile (Sevilla) e Farnerud (sem clube).
Principais objetivos: De Silvestri (Sampdoria), Tomovic (Fiorentina), Valdifiori (Napoli), Henriksen (AZ) e Grenier (Lyon).
Chegou ao fim a era Ventura: o Torino perdeu para a seleção italiana o treinador que ficou por mais tempo em uma equipe da Serie A, mas mostrou ambição ao anunciar Mihajlovic como seu substituto. Outras perdas importantes foram o artilheiro Immobile, que estava emprestado, e o capitão e líder da zaga Glik. A partir disso, Miha terá que mostrar sua habitual competência para renovar os ânimos dos grenás a partir dos talentosos Falqué e Ljajic. Mantendo Maksimovic, Bruno Peres e Belotti, a equipe tem uma boa base para incomodar os ricos e competir por vaga europeia. Falta ainda um meio-campista técnico, que organize o jogo, a exemplo do regista Valdifiori, encostado no Napoli. A ver se o bom Gomis finalmente terá a merecida oportunidade na Serie A, após consecutivas temporadas de destaque na segunda divisão – ainda mais considerando o mau momento de Padelli.
Udinese
Time provável (3-5-2): Karnezis; Heurtaux (Angella), Danilo, Felipe (Samir); Widmer (Edenílson), Badu (Fofana), Lodi, Fernandes, Adnan (Armero); Zapata, Théréau (Peñaranda, De Paul). Técnico: Iachini.
Principais chegadas: De Paul (Racing), Ewandro (São Paulo) e Peñaranda (Granada).
Principais saídas: Piris (Monterrey), Kuzmanovic (Málaga) e Di Natale (aposentado).
Principais objetivos: Valdifiori (Napoli).
Sai temporada, entra temporada e a Udinese sem Guidolin continua um caos. Na gerência dos Pozzo, centenas de jogadores rodam pelo clube sem a certeza de que serão aproveitados ou não. Iachini assumiu o comando da equipe e não se sabe se continuará adotando uma defesa com três homens e um ataque com duas peças: os friulanos contrataram vários meias-atacantes e atacantes de muita qualidade (como De Paul, Ewandro e Peñaranda), mas que talvez não encaixem no trabalho do ex-treinador do Palermo. Sem Domizzi e Di Natale, o time perde duas referências importantes, e por mais qualidade que tenha o elenco, justamente essa confusão deixa uma enorme incógnita sobre a temporada no Friuli. O clube espera mais apoio da torcida, que tem tido presença fraca nos jogos desde a reforma do estádio.