Liga dos Campeões

Em dia sem vitórias, Napoli e Inter veem ‘copo meio cheio’ na Champions League

Se, nos jogos de ontem, Juventus e Roma conseguiram boas vitórias e ficaram em boas condições em seus grupos da Champions League, Napoli e Inter não tiveram melhor sorte hoje. Os adversários dos napolitanos e dos milaneses eram muito mais qualificados que os de piemonteses e romanos, o que justifica parte das razões para os triunfos não conquistados. Ainda assim, pelo “conjunto da obra”, a dupla vê o copo meio cheio após a terceira rodada da fase de grupos.

Embora seja uma potência hoje em dia, o Paris Saint-Germain não tem grande retrospecto contra times da Itália. Contra o Napoli, fez o seu décimo jogo e mais uma vez não conseguiu vencer – o único triunfo ocorreu em 1996, contra o Parma. Os azzurri fizeram uma belíssima partida no Parc des Princes e só não saíram com a vitória porque Di María empatou a peleja aos 93: 2 a 2, placar final.

Assim como contra o Liverpool, Ancelotti mostrou o seu toque de mestre. O experiente treinador italiano dominou o Paris com o seu 4-4-2 e fez o Napoli incomodar muito e sofrer pouco. É verdade que, nos primeiros segundos, Cavani e Neymar quase acabaram com a estratégia de Carletto – ambos se enrolaram, no entanto, e o brasileiro acabou levando a pior. O camisa 10 da Seleção continuou em campo, mas apareceu pouco depois dali. Quem ditou o jogo foram Ruiz e Hamsík, partícipes de quase todas as jogadas dos partenopei. Só no primeiro tempo, Mertens acertou o travessão após desviar de primeira, Callejón assustou Areola e, finalmente, Insigne abriu o placar. Lorenzinho recebeu lindo passe em profundidade do espanhol e só deu um toquinho para encobrir o goleiro francês.

Perto do fim da etapa inicial, Neymar deixou Mbappé na cara do gol, mas Ospina foi frio e interceptou a finalização do craque. Foi uma das únicas vezes que Kylian apareceu no jogo, já que Allan executou um primoroso trabalho de marcação – mesmo depois do intervalo, quando Tuchel mexeu no time e voltou com um 3-4-3 agressivo. A pressão violenta do PSG quase deu resultado com Cavani, mas o ex-jogador do Napoli (mal na partida) agraciou o antigo time e perdeu um gol feito, chutando para fora. O empate chegou graças a um gol contra. Meunier avançou em velocidade, cruzou para a área e contou com um fortuito desvio de Mário Rui para anotar.

Se o azar atrapalhou o Napoli aos 61, a sorte lhe sorriu 15 minutos depois. Quando a partida já estava mais igual, Ruiz arriscou de fora da área e, mal posicionado, Marquinhos acabou interceptando a trajetória da bola. A redonda sobrou para Mertens, que bateu de primeira e fez 2 a 1. Os italianos conseguiram isolar a grande área e o PSG só arriscava de longe – como numa cobrança de falta de Neymar, defendida por Ospina. O gol de empate saiu assim, de um belo arremate de fora da área de Di María: o argentino colocou muita curva na bola e tornou o chute indefensável para o colombiano.

Durante boa parte do jogo, o Napoli chegou a liderar o dificílimo Grupo C, mas acabou a rodada na segunda posição. O Liverpool está na ponta, com 6 pontos, seguido pelos partenopei, que têm 5. O Paris (adversário dos azzurri no San Paolo, na próxima partida) aparece com 4, e o Estrela Vermelha com 1.

Inter perdeu para o Barcelona, mas outros resultados do grupo mantêm a equipe em situação confortável (Getty)

A Inter, por sua vez, saiu derrotada pelo Barcelona no Camp Nou, pelo placar de 2 a 0. Perder na Catalunha não é novidade para os nerazzurri, afinal agora são cinco derrotas em seis jogos já realizados no estádio por competições europeias – nos quatro que contaram pela UCL, nem marcou gols. O único triunfo como visitante contra os blaugrana ocorreu em 1970, pela extinta Copa das Feiras, que antecedeu a Copa Uefa.

Apesar disso, a derrota não foi desastrosa para a equipe italiana. A Inter entrou em campo já satisfeita pelo empate por 2 a 2 entre PSV e Tottenham, na outra partida da chave, realizada pouco antes. Com duas partidas em casa pela frente, a Beneamata se encontra com 6 pontos do Grupo B – cinco a mais que holandeses e ingleses. O Barça lidera, com 9 pontos.

Os nerazzurri não fizeram uma má partida na Catalunha, mas pouco atacaram. Fora uma tentativa de longe de Perisic, uma tentativa de antecipação de Icardi, um petardo de Vecino e um cruzamento fortuito de Politano, faltaram mais ações ofensivas de relevo para a equipe visitante. No geral, a equipe se limitou a tentar resistir ao ímpeto ofensivo de um Barcelona sem Messi, mas acabou vencida pelo envolvente toque de bola culé.

A primeira oportunidade clara do Barça acabou se transformando em gol. Rafinha, um dos vários ex da peleja (eram quatro, no total), iniciou jogada e apareceu na área para, de chapa, concluir um bonito cruzamento de Suárez. Philippe Coutinho, o outro que tinha a Inter no passado, ficou perto de ampliar o placar perto do intervalo, com uma perigosa cobrança de falta que desviou em Miranda.

Depois do descanso, o ritmo caiu um pouco, justo quando a Inter tentou empatar – e o fazia sem velocidade. Ainda assim, as melhores chances da etapa final foram do Barcelona. Asamoah deu um presente para o zagueiro Lenglet, mas Handanovic respondeu com uma bela defesa. Poucos minutos depois, Suárez cabeceou, o esloveno rebateu e Coutinho acertou a trave no rebote. No final da partida, já aos 83, Jordi Alba iniciou jogada com Vidal e apareceu para receber belo passe de Rakitic e fechar a conta.

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